2 research outputs found

    Uso de subprodutos e resíduos na elaboração de ração artesanal para filhotes de tartarugas (Podocnemis expansa) e tracajás (Podocnemis unifilis) em sistemas de criação comunitária no médio Juruá

    Get PDF
    The breeding of turtles has been stimulated in the Amazon state as a conservation strategy and, in 2017, the State Enviromental Council regulated the community rearing of hatchlings of the Giant South American river turtle (Podocnemis expansa) and Yellow-spotted river turtle (P.unifilis). This study aimed to evaluate the natural feeding of hatchlings of these species in order to find local by-products and residues that could be used in artisanal feeds, assess their nutritional values, and  test them in the diet of hatchlings in community breeding in the Middle Juruá River. First,  samples of the stomach contents of animals in nature were collected using the flushing technique, the capture was made with nets (100mX3m) to identify the food items. Food and by-products usually provided in the creations were also collected and analyzed bromatologically. Sixty-one turtles were captured and 19 samples of stomach contents were collected. Twenty-three types of leaves, stems and fruits with 13.1 to 17% crude protein (CP) were identified, and pirarucu (Arapaima gigas) viscera byproducts / residues, 49-62% CP, muru-muru pie (Astrocaryum murumuru), 9 to 13% CP, cassava pulp (Manihot esculenta), 1.9% CP, which were later used as ingredients for making artisanal feed. Afterwards, an competition trial was carried out between turtle hatchlings fed on artisanal and commercial food (Nutripiscis TC-45©), and a control experiment with hatchlings fed on TC45 and with three different artisanal diets (varying the alternative ingredients and protein level 5.8% to 40.1% CP). It was found that, in 5 months, the largest and heaviest hatchlings were fed with TC45 (P.expansa=54.7 ± 4.6g; P.unifilis=45±2.3g) and artisanal food T2=35% pirarucu viscera+35 % murumuru pie (P.expansa =42.5 ± 3.1g; P.unifilis =26.7±1.4g) than those fed with artisanal diets of lower protein level (P.expansa=27.3 to 28.1g; P.unifilis =16, 1 to 16.5 g).Se ha estimulado la creación de tortugas en la Amazonía como estrategia de conservación, y en 2017, el Consejo Estatal de Medio Ambiente regulóla crianza comunitaria de tortugas (Podocnemis expansa) y taricayas (P.unifilis). Este estudio tuvo como objetivo evaluar la alimentación natural de los juveniles de estas especies, y buscar subproductos y residuos locales que pudieran ser utilizados en raciones artesanales, evaluar sus valores nutricionales y probarlos en la dieta de las crías en creaciones comunitarias en el Medio Río Juruá . En primer lugar, se recolectaron muestras del contenido estomacal de los animales en la naturaleza mediante la técnica de flushing, la captura se realizó con redes de enmalle (100mX3m) para identificar los alimentos. También se recolectaron y analizaron bromatológicamente los alimentos y subproductos, generalmente suministrados en las creaciones. Se capturaron 61 tortugas y se recolectaron 19 muestras de contenido estomacal. Identificamos 23 tipos de hojas y frutos con 13.1-17% de proteína cruda (PC) y analizamos los subproductos: pirarucu (Arapaima gigas) viscera, 49-62% PB, pastel de muru-muru (Astrocaryum murumuru), 9-13% PB, pulpa de yuca (Manihot esculenta), 1,9% de PB; que se utilizaron en la preparación de raciones artesanales. Posteriormente, se realizó un ensayo de competencia entre crías de tortuga y taricaya alimentadas con racione artesanal y comercial (Nutripiscis TC-45 ©), y un experimento de control con crías alimentadas con TC45 y con tres dietas artesanales diferentes (variando los ingredientes alternativos y el nivel de proteína 5.8% al 40,1% PC). Se encontró que, en 5 meses, las crías más grandes y pesadas fueron alimentadas con TC45 (tortugas = 54.7 ± 4.6g; taricayas = 45 ± 2.3g) y alimento artesanal T2 = 35% vísceras de pirarucu + 35% pastel de murumuru (tortugas = 42.5 ± 3.1g; taricayas = 26.7 ± 1.4g) que los alimentados con dietas artesanales de menor nivel proteico (tortugas = 27.3 a 28.1g; taricayaspel = 16, 1 a 16.5 g).A criação de quelônios tem sido estimulada no Amazonas como uma estratégia de conservação e em 2017, o Conselho Estadual de Meio Ambiente regulamentou a criação comunitária de filhotes de tartaruga (Podocnemis expansa) e tracajás (P.unifilis). Este estudo objetivou avaliar a alimentação natural de filhotes dessas espécies, buscar subprodutos e resíduos locais que pudessem ser utilizados em rações artesanais, avaliar seus valores nutricionais, e testá-los na dieta de filhotes em criações comunitárias no Médio rio Juruá. Primeiro, foram coletadas amostras do conteúdo estomacal dos animais na natureza pela técnica de flushing, sendo a captura feita com malhadeiras (100mX3m) para identificação dos itens alimentares. Também foram coletados os alimentos e subprodutos fornecidos nas criações, e analisados bromatologicamente. Foram capturados 61 quelônios e coletadas 19 amostras de conteúdo estomacal. Foram identificados 23 tipos de folhas e frutos com 13,1-17% de proteína bruta (PB) e analisados subprodutos: vísceras de pirarucu (Arapaima gigas), 49-62%PB, torta de muru-muru (Astrocaryum murumuru), 9-13%PB, polpa de macaxeira (Manihot esculenta), 1,9%PB; que foram, posteriormente, usados na elaboração de rações artesanais. Depois, realizou-se ensaio de competição entre filhotes de tracajá e tartarugas alimentados com ração artesanal e com a ração comercial (Nutripiscis TC-45©), e um experimento controle com filhotes alimentados com TC45 e com três diferentes de rações artesanais (variando os ingredientes alternativos e nível proteico 5,8% a 40,1%PB). Verificou-se que, em 5 meses, os filhotes maiores e mais pesados foram os alimentados com TC45 (tartarugas=54,7 ± 4,6g; tracajás=45±2,3g) e ração artesanal T2=35% vísceras pirarucu+35% torta murumuru (tartarugas=42,5 ± 3,1g; tracajás=26,7±1,4g) do que os alimentados  com  rações artesanais de menor nível proteico (tartarugas=27,3 a 28,1g; tracajás=16,1 a 16,5 g)

    ALIMENTACIÓN DE JUVENILES DE TRACAJÁS (Podocnemis unifilis) Y TORTUGAS (Podocnemis expansa) EN LA NATURALEZA Y EN SISTEMAS COMUNITARIOS DE CRÍA EN LA AMAZONÍA

    Get PDF
    O consumo de quelônios faz parte da culinária amazônica. O manejo de base comunitária do Programa Pé-de-pincha/UFAM tem recuperado populações de tracajás (Podocnemis unifilis) e tartarugas (P. expansa) em 123 comunidades do Amazonas e Pará. Em 2017, no Amazonas, foram criadas normas para o sistema de criação comunitária de quelônios. Este estudo objetivou buscar informações sobre os itens alimentares de filhotes de tartarugas e tracajás na natureza, avaliar seus valores nutricionais, e testá-los na dieta de filhotes em berçários de criações comunitárias em Barreirinha/AM. Foram realizadas 4 expedições (seca, enchente, cheia e vazante) quando foram coletados, identificados e feita análise bromatológica de frutos, folhas e sementes consumidos por quelônios que pudessem ser usados como ingredientes em rações alternativas. Foi feita a captura de tracajás e tartarugas com redes trammel-net, mergulho e viração nas praias, para coletar amostras do conteúdo estomacal pela técnica de flushing e identificação dos itens alimentares. Foram identificados 55 frutos (14 na seca; 41 na cheia) com 7,4±2,9% (4,3-14%) de proteína bruta (PB) na sua composição. Foram capturados 77 tracajás e 3 tartarugas, dos quais foram coletadas 58 amostras de conteúdo estomacal, com vestígios de sementes, frutos, folhas, conchas bivalves e gastrópodes. Foi realizado um ensaio de competição entre filhotes de tracajá e tartarugas alimentados com 50% ração+50% frutos versus filhotes alimentados com a ração TC-45, Nutrispiscis©, alevinagem. Não houve diferença entre o peso de filhotes de tracajás e tartarugas alimentados exclusivamente com ração TC45 e a ração alternativa/frutos locais, tornando viável seu uso na dieta dos filhotes.  The consumption of turtles is part of the Amazonian cuisine. With community-based management carried out by the Pé-de-pincha Program/UFAM, populations of yellow-spotted river turtle (Podocnemis unifilis) and Amazonian turtle (P. expansa) have been recovered in 123 areas from Amazonas and Pará. In 2017, in Amazonas, standards were created for the community breeding system of turtles, based on the rearing of a percentage of hatchlings. The objective of this study was to search for information on the food items of turtle hatchlings, evaluate their nutritional values, and test them on the diet of hatchlings in nurseries of community farms in Barreirinha/AM. Four expeditions were made during dry and flood, when they were collected, identified and bromatological analysis of fruits, leaves and seeds consumed by, and local by-products that could be used as ingredients in alternative feeds. Tracajás and turtles were also captured through trammel-net gillnets, diving and turning on the beaches, so that stomach contents could be collected by flushing technique to identify the items food. Fifty-five fruits (14 in the dry; 41 in the flood) were identified with 7,4±2,9% (4,3-14%) crude protein (CP) in its composition. Seventy-seven tracajás and 3 turtles were captured, from which 58 samples of stomach contents were collected, with traces of seeds, fruits, leaves, bivalve shells and gastropods. Competition trials were conducted on tracajá and turtle hatchlings fed with 50% handmade feed+50% fruits versus hatchlings fed with commercial feed, TC-45, Nutrispiscis. There was no significant difference between the final weight of tracajá and turtle hatchlings fed exclusively with TC45 and alternative/local fruits, making its use in hatchlings' diet feasible.  El consumo de tortugas es parte de la cocina amazónica. La gestión comunitaria del Programa Pé-de-pincha/UFAM ha recuperado poblaciones de terecay (Podocnemis unifilis) y tortuga charapa (P.expansa) en 123 comunidades del Amazonas y Pará. En 2017, en Amazonas, se crearon reglas para el sistema comunitario de cría de quelonios. Este estudio tuvo como objetivo buscar información sobre los alimentos de los juveniles de tortugas y terecays en la naturaleza, evaluar sus valores nutricionales y evaluarlos en la dieta de las tortuguitas en viveros de granjas comunitarias en Barreirinha / AM. Se realizaron cuatro expediciones (seco, inundación y reflujo) cuando se recolectaron, identificaron y analizaron bromatológicamente las frutas, hojas y semillas consumidas por las tortugas que podrían usarse como ingredientes en dietas alternativas. Los terecays y tortugas fueron capturadas con redes de red de trasmallo, buceando y girando en las playas para recolectar el contenido del estómago mediante la técnica de lavado e identificación de alimentos. Cincuenta y cinco frutas (14 en seco; 41 en la inundación) fueron identificadas con 7.4 ± 2.9% (4.3-14%) de proteína cruda (PC) en su composición. Se capturaron 77 terecays y 3 tortugas, de las cuales se recolectaron 58 muestras de contenido estomacal, con rastros de semillas, frutas, hojas, conchas bivalvas y gasterópodos. Se realizó una prueba de competencia entre crías de tortugas y terecays alimentadas con 50% de ración + 50% de frutas versus crías TC-45, Nutrispiscis ©. No hubo diferencias significativas entre el peso final de las tortugas y las crías de tortuga alimentadas exclusivamente con TC45 y frutas alternativas / locales, haciendo factible su uso en la dieta de las tortuguitas. 
    corecore