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Efeito da composição genética e turno sobre as temperaturas retal e vaginal de vacas Girolando no Nordeste do Brasil
O objetivo foi<b> </b>investigar
o efeito da composição genética e turno sobre as temperaturas retal e vaginal
de fêmeas bovinas criadas no semiárido nordestino, no período seco, através das análises das temperaturas retais e
vaginais. O
estudo foi realizado em propriedade rural no município de Barbalha – CE, com clima
tropical semiárido. Foram utilizadas 40 fêmeas bovinas em lactação da raça
Girolando (20 fêmeas ¾ Holandês ¼ Gir e 20 fêmeas 7/8 Holandês 1/8 Gir). Foram
obtidos parâmetros climáticos de temperatura e umidade relativa do ar e
parâmetros fisiológicos, temperatura retal e vaginal. As coletas foram no
estábulo, a sombra, após as ordenhas da manhã (2 h) e da tarde (14 h), durante
quatro meses da estação seca. As análises estatísticas foram realizadas pela
ANOVA a 5% de probabilidade usando o “general linear model” (Proc GLM) do
programa estatístico SAS, considerando efeitos genéticos de ambos os grupos de
composição genética em dois turnos. O
delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x2, utilizando-se
o teste F de Fischer para mensurar as diferenças em relação aos parâmetros de
temperatura retal e vaginal a 5% de probabilidade. As temperaturas médias do ar
nos turnos manhã e tarde, no período seco, se mantiveram em torno de 23,8 e
38,2°C, respectivamente. As umidades relativas do ar médias do período seco no
turno da manhã foram de 55,6% e, no turno da tarde, foram de 28,6%. A partir
destas, obtivemos um Índice de temperatura e umidade médio para o turno da
manhã no valor de 71,9 e, para o turno da tarde, de 81,5. Ambos os grupos de
composição genética apresentam suas temperatura retais e vaginais dentro da
normalidade, em ambos os turnos. Os animais dos dois grupos de composição
genética evidenciaram baseados nos parâmetros fisiológicos de temperatura retal
e vaginal, estarem bem adaptados às condições climáticas do clima semiárido ao
qual estão submetidos, em ambos os turnos do período seco. A máxima temperatura
vaginal, da mesma forma que a máxima temperatura retal para a composição
genética 7/8 Holandês 1/8 Gir, no período da tarde, atingiram níveis acima da
normalidade. Isto evidencia correlação moderada com 59,98% pelo coeficiente de
correlação de Pearson, entre temperatura retal e vaginal. Pesquisas semelhantes
devem ser continuadas, utilizando mais parâmetros fisiológicos, métodos menos
invasivos, além de dados produtivos e reprodutivos para melhor embasar os
resultados deste estudo
Índice de tolerância ao calor e respostas fisiológicas de vacas cruzadas no Semiárido Cearense
<p>O objetivo do presente trabalho foi
avaliar o conforto térmico e as respostas fisiológicas de vacas mestiças
Holandês X Gir criadas no semiárido Cearense. O estudo foi realizado em propriedade rural
no munícipio de Barbalha – CE, em clima tropical semiárido. No estudo foram
utilizadas 40 fêmeas bovinas em inicio de lactação da raça Girolando (20 fêmeas
¾ Holandês ¼ Gir e 20 fêmeas ⅞ Holandês ⅛ Gir), durante a estação chuvosa
(Janeiro a Abril de 2016) e seca (setembro a dezembro /2016). Os animais foram
mantidos em sistema de manejo rotacionado irrigado, com a água e a
suplementação mineral à vontade, além de suplementação concentrada durante as
ordenhas. Foram obtidos parâmetros
climáticos, temperatura do ar (TA) e umidade relativa do ar (UR), e parâmetros
fisiológicos, temperatura retal (TR), semanalmente, oito coletas por mês. As
coletas foram executadas no estábulo, a sombra, no turno da manhã (11h) e da
tarde (14h) durante os quatro meses da estação chuvosa e os quatro meses da
estação seca sem interferir nas atividades de rotina da propriedade. As TA e UR
foram obtidas com o auxílio de termohigrômetro digital. O índice de temperatura
e umidade - ITU foi calculado através da formula: ITU = (0.8 x TA + (UR % /
100) x (TA – 14.4) + 46.4). As TR foram obtidas com auxílio de termômetro
digital veterinário, com escala até 44 °C, diretamente da parede do reto e
expressas em graus Celsius. Para
o calculo do índice de tolerância ao calor – ITC, foram consideradas as coletas
das temperaturas retais, na sombra, no turno da manhã (11h) e no sol, a tarde
(14h). O outro índice usado foi o de Ibéria, que utiliza somente valores de
temperatura retal, com duas aferições. As análises estatísticas foram realizadas pela ANOVA
a 5% de probabilidade. O delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x2x2,
utilizando-se o t-teste de Student para mensurar as diferenças em relação aos
parâmetros de TR a 5% de probabilidade.
Os índices de tolerância ao calor são importantes ferramentas que auxiliam na
identificação de animais bem adaptados às condições de clima semiárido. A raça
Girolando, nos grupos raciais aqui estudados, mostrou-se bem adaptada às
condições severas do clima semiárido. Outros estudos utilizando mais parâmetros
fisiológicos, climáticos, de produção e reprodução devem ser executados para
consolidar os resultados aqui relatados.</p