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    Impacto do uso de cigarros eletrônicos na evolução clínica de pacientes infectados pela Covid-19 / Impact of electronic cigarette use on the clinical evolution of patients infected by Covid-19

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    A pandemia da COVID-19 demonstrou ser um evento de alta morbimortalidade que afetou o mundo drasticamente. Verifica-se que os indivíduos de maior susceptibilidade aos maiores danos relacionados a doença são pessoas com comorbidades e hábitos de vida nocivos. Os cigarros eletrônicos na última década tiveram maciça popularização, de modo importante, entre a população mais jovem. Nesse contexto, o uso dos cigarros eletrônicos se mostrou como importante promotor de resposta inflamatória sistêmica no organismo que gera importantes danos, tanto isoladamente quanto em associação com a infecção pelo SARS-CoV-2. O presente estudo objetivou realizar uma revisão de literatura sobre os impactos do uso de cigarros eletrônicos e o quadro clínico de pacientes contaminados pela COVID-19. Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada por meio de buscas nos bancos de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Electronic Library Online (Scielo). As palavras-chave utilizadas foram “covid-19”, “vape” e “sintomas” e seus correspondentes em inglês associados ao operador booleano AND. Na literatura pesquisada foram encontradas evidências que relacionam o uso de cigarros eletrônicos ao pior prognóstico em caso de infecção pela COVID-19. Usuários dos referidos dispositivos apresentaram maior probabilidade de contaminação pelo vírus e frequência maior de sintomas tais como dor ou aperto no peito (16% vs 10%, usuários vs não usuários, P  = 0,005), calafrios (25% vs 19%, usuários vs não usuários, P  = 0,0016), mialgia (39% vs 32%, usuários vs não usuários, P  = 0,004), dores de cabeça (49% vs 41% usuários vs não usuários, P  = 0,026), anosmia/disgeusia (37% vs 30 %, usuários vs não usuários, P  = 0,009), náusea/vômito/dor abdominal (16% vs 10%, usuários vs não usuários, P = 0,003), diarreia (16% vs 10%, usuários vs não usuários, P  = 0,004) e tontura não grave (16% vs 9%, usuários vs não usuários, P  < 0,001). Os cigarros eletrônicos se tornaram um real problema de saúde pública, que no atual momento de pandemia deve ser encarado com seriedade para a redução da morbimortalidade da doença
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