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    Visual representation in the drawings of children from 6 to 9 years old : creating an animated project

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    Drawing has been one of humanity's most widely used forms of expression. It has been used for communication since the prehistoric period, long before written communication was developed, and for artistic purposes, both as final objects and as drafts for the development of other pieces. Although many abandon it in adulthood as a primary tool of expression and communication, everyone experiences it at some point in their life, especially during childhood. Children use it as part of their play, to create narratives from simple characters or actions, and to express their perceptions of the world around them. With this in mind, this research work’s aim was to study the aspects of cognitive and visual development that represent children from 6 to 9 years old, the impact of creativity and imagination on their artistic activity and the playful way in which children face the act of drawing and their own drawings. Furthermore, this research focused on the characteristics of children’s visual representation and how their drawings could be incorporated in an animated project. The research was developed in two distinct components, a theoretical and a practical one. After a continuous observation and monitoring of the drawing process of children between 6 and 9 years old, the research evolved through a literary review of the various theories of children’s drawing and art, as well as the role of artistic education and external influences for children’s artistic development. At a cognitive level, perception, symbolic thought, the concepts of imagination, creativity and play were studied, and a revision of the drawing and denotative systems and the canonical views was also addressed. Some of the main characteristics common to most of the drawings corresponding to this age group were compiled. Then, through the organisation of drawing sessions with a group of children between 6 and 9 years old, a careful observation was led, making it possible to verify some of the theoretical investigation in practice. These drawing sessions were organised reflecting the various authors previously reviewed, with the aim of presenting activities that were not limiting to the child or with some defined endpoint. Although only three sessions were organised specifically for the project, the monitoring of these children was continuous, taking place throughout the year, so practice and theory were constantly nurturing one another. Afterwards, the drawings and audio recordings resulting from the sessions presented the starting point for the making of animated experiments. In this way, considering that animation and drawing are closely related, we approached animation as a tool to reflect on the children’s drawing process, as well as to praise and value some of its characteristics. This research allowed us to achieve an understanding about the impact of drawing and artistic activities in children’s development: that drawing, combined with play, works as a means for children to investigate and get to know the world, to understand the relationships that are established around them, as well as exploring the possibilities of representation and meaning. In addition, it allowed us to understand the role of the environment and that external adult support should be guiding and assisting in artistic activities, without, however, limiting and restricting children to their adult vision. Moreover, the fact that the vocabulary and terms used to describe children’s art are generally comparable to adult art helps to propagate the theory that children’s drawings are fraught with errors and faults.O Desenho tem sido uma das formas de expressão mais utilizadas pela humanidade. É utilizado para comunicar desde a pré-história, muito antes do desenvolvimento da comunicação escrita, e para fins artísticos, tanto como objetos finais quanto como rascunhos para o desenvolvimento de outras peças. Embora muitos o abandonem na idade adulta como principal ferramenta de expressão e comunicação, todos o vivenciam em algum momento da sua vida, principalmente durante a infância. As crianças utilizam-no como parte das suas brincadeiras, para criar narrativas a partir de personagens ou ações simples e para expressar as suas perceções do mundo em seu redor. Com isso em mente, este trabalho de investigação teve como objetivo estudar os aspetos do desenvolvimento cognitivo e visual que representam as crianças dos 6 aos 9 anos, o impacto da criatividade e da imaginação na sua atividade artística e a forma lúdica com que as crianças encaram o ato de desenhar, bem como os seus próprios desenhos. Para além disso, este estudo concentrou-se nas características da representação visual infantil e no modo como os desenhos das crianças podem ser incorporados num projeto de animação. A pesquisa foi desenvolvida em duas componentes distintas, uma teórica e uma prática. Após uma contínua observação e acompanhamento do processo de desenho de crianças entre os 6 e os 9 anos, a investigação evoluiu através de uma revisão bibliográfica das várias teorias do desenho e da arte infantil, bem como do papel da educação artística e das influências externas para o desenvolvimento artístico das crianças. A nível cognitivo, estudou-se a perceção, o pensamento simbólico, os conceitos de imaginação e criatividade e a brincadeira, e foi também abordada uma revisão dos sistemas de desenho e denotativos e das vistas canónicas. Assim, foram compiladas algumas das principais características comuns à maioria dos desenhos correspondentes a esta faixa etária. De seguida, através da organização de sessões de desenho com um grupo de crianças entre os 6 e os 9 anos, pôde ser conduzida uma observação atenta, permitindo verificar na prática uma parte da investigação teórica. Estas sessões de desenho foram organizadas refletindo os vários autores revistos anteriormente, com o objetivo de apresentar atividades que não fossem limitantes para as crianças nem com um objetivo final definido. Ainda que apenas três sessões tenham sido especificamente organizadas para o projeto, o acompanhamento destas crianças foi contínuo, decorrendo ao longo do ano, de maneira que a prática e a teoria se foram alimentando constantemente. Posteriormente, os desenhos e áudios resultantes das sessões representaram o ponto de partida para a realização de experiências animadas. Desta forma, tendo em conta que a animação e o desenho estão intimamente relacionados, abordamos a animação como uma ferramenta para refletir sobre o processo de desenho infantil, bem como para enaltecer e valorizar algumas das suas características. Esta investigação permitiu a compreensão do impacto do desenho e das atividades artísticas no desenvolvimento das crianças: que o desenho, aliado ao brincar, funciona como um meio para a criança investigar e conhecer o mundo, compreender as relações que se estabelecem à sua volta, bem como explorar as possibilidades de representação e significação. Além disso, permitiu compreender o papel do meio envolvente e que o apoio externo adulto deve ser guiando e assistindo as atividades artísticas, sem, no entanto, limitar e restringir as crianças à sua visão adulta. Além disso, o facto de o vocabulário e termos utilizados para descrever a arte infantil serem geralmente comparativos à arte adulta ajuda a propagar a teoria de que os desenhos infantis são repletos de erros e falhas
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