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    Análise dos casos de HIV registrados no cenário brasileiro / Analysis of HIV cases registered in the brazilian scenario

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    INTRODUÇÃO: A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) persiste sendo um grave problema de Saúde Pública em todo o mundo. De acordo com dados do Programa Conjunto das Nações Unidas (UNAIDS), em 2018, havia quase 38 milhões de pessoas vivendo com o HIV no mundo, resultando em 770 mil mortes. Nesse contexto, a caracterização da população mais afetada é fundamental para o direcionamento de políticas públicas de controle, bem como para o conhecimento do panorama nacional. OBJETIVO: Analisar os dados dos casos de HIV notificados segundo sexo, faixa etária, escolaridade, raça/cor e tipo de exposição no Brasil e comparar as taxas de detecção de infecção e coeficiente de mortalidade entre as regiões brasileiras. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de caráter transversal retrospectivo e de levantamento estatístico com abordagem quantitativa. A pesquisa analisou os dados de HIV obtidos nos boletins epidemiológicos disponibilizados pelo Ministério da Saúde no período de 2015 a 2018. RESULTADOS: Durante os anos de 2015 a 2018 foram registrados 168.195 casos de HIV, sendo 120.034 (71,36%) no sexo masculino, 48.129 (28,61%) no sexo feminino, sendo a faixa etária de 20 a 29 anos (37,76%) a mais acometida. Quanto a escolaridade a maior prevalência foi registrada para o ensino médio completo (14,6%) seguido de ensino médio incompleto (14,23%). Em relação a raça/cor, 42,22% se autodeclararam pardos e 37,91% brancos. O tipo de exposição mais prevalente em homens com 13 anos de idade ou mais foi a sexual, sendo a orientação sexual de maior registro a homossexual com 45,30%, seguida da heterossexual com 30,43%. Entre as mulheres, a exposição sexual destaca-se como mais prevalente, sendo a heterossexual com 86,35% dos casos. As taxas de detecção nas regiões Sul e Sudeste apresentam tendência de queda, enquanto a região Norte apresentou tendência de crescimento. O coeficiente de mortalidade por causa básica HIV em âmbito nacional diminuiu de 5,3 para 4,4 mortes por 100 mil habitantes entre 2015 e 2018, respectivamente. As regiões brasileiras ganham destaque por registro abaixo do índice, com exceção da região norte e sul que, apesar de diminuir o coeficiente em relação a 2015, continuam acima do coeficiente nacional. CONCLUSÃO: O aumento da taxa de detecção nas regiões Norte e Nordeste pode estar correlacionado com a melhora das políticas públicas de combate ao HIV nas áreas mais remotas do país. No entanto, o crescimento da taxa de mortalidade por causa básica HIV nesses lugares pode significar uma carência no que tange o acompanhamento destes pacientes, para evitar a não adesão ao tratamento e consequentemente o aumento no número de mortes, em contrapartida esta razão pode ser justificada pela notificação dos óbitos ocorridos de forma mais eficaz e monitorada, assim, vale destacar a importância da vigilância epidemiológica dos casos de HIV destacado neste e em estudos futuros voltado para esta temática
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