O que esperar do futuro? imortalidade? descendências nulas?

A imortalidade, ambição inalcançável mas muito desejada, é tema que sempre suscitou o interesse da humanidade. Nunca até hoje vivemos tantos anos, com saúde e sem dependência. Existirá um limite para o futuro da esperança de vida à nascença? Ou o progresso da ciência e da tecnologia no domínio da biologia e da medicina poderão determinar nova transição demográfica que alterará num futuro próximo o atual limite? Qual a idade extrema da vida humana? Independentemente da longevidade que venhamos a atingir, não iremos deixar de ter filhos, apesar de o número de filhos que cada mulher deixa na população ter vindo a baixar continuamente. No entanto, descendências nulas só seriam possíveis se fossemos imortais. Pensar no presente a sociedade do futuro é fundamental para estarmos preparados e nos adaptarmos a uma nova realidade onde nascem cada vez menos bebés, adiamos cada vez mais o momento da morte e morremos quase todos mais próximo dessa idade limite

Portuguese Fertility: Southern or Eastern European Behaviour?

When we establish a comparison between period fertility rates in 2000-2005 and 2006- 2010, in the European context, Portugal is the only country presenting a negative evolution of period fertility. Furthermore, Portugal is, in Europe, one of the countries that is still not recovering at the cohort fertility level. The main objective of this work is to contextualize the Portuguese fertility and to understand if (and why) period fertility behaviour and its context are analogous to the countries of southern or eastern Europe. Additionally, the aim of this study is also to understand if the economic and labour market indicators reflect in the same direction for the two European regions in analysis

O contributo das diferentes causas de morte para a diferença na esperança de vida entre Portugal e Espanha

Em sentido oposto a algumas expectativas que teorizavam um limite para a esperança de vida, resultados recentes demonstram que estamos a quebrar barreiras no que corresponde a esta temática. Situação que apenas se torna possível devido às grandes reduções registadas nos níveis de mortalidade e que, consequentemente, contribuem para o acentuado envelhecimento populacional. Mas será que estas reduções seguem o mesmo padrão quando analisadas por causas de morte, idade e diferentes anos em observação? É isso que nos propomos a analisar para os casos de Portugal e Espanha entre os anos de 1994 e 2009, através da construção de tábuas de mortalidade e da aplicação de metodologias de decomposição distintas

Tendências e diferenças na mortalidade da população idosa em Portugal: uma abordagem sub-nacional

Existem indícios de que a população portuguesa está a envelhecer de forma desigual nas várias regiões do país. A partir dos dados disponíveis no Eurostat, estudámos as tendências de mortalidade e variações associadas no período de 1994 a 2006, entre a população idosa portuguesa, por sexo, grupo etário e por causa de morte, procurando estabelecer diferenças regionais. Estas ocorrem apenas, pontualmente, por sexo, mas, sobretudo, entre o grupo etário dos 65 aos 69 anos e o dos 85 ou mais anos, no que se refere às principais causas de morte. Das seis causas seleccionadas, três são dominantes entre a população idosa: doenças do sistema circulatório, neoplasias e doenças do sistema respiratório. Para além destas considerámos também as doenças endócrinas, as doenças do sistema digestivo e as causas indefinidas. Em termos de variação, os óbitos por doenças endócrinas sofreram, no período em análise, aumentos acentuados em todo o país, enquanto os relativos às doenças do sistema circulatório diminuíram. Globalmente, a região Centro apresentava as maiores diferenças, no que se refere ao afastamento entre as duas principais causas de morte e as restantes. Por sua vez, os Açores e a Madeira apresentavam, em certos aspectos, padrões, quer de tendência das taxas brutas de mortalidade, quer da sua variação, por sexo, grupo etário e causa, diferentes dos observáveis nas regiões do Continente, não podendo, no entanto, considerarem-­se regiões homogéneas entre si. Este trabalho ilustra as diferenças regionais entre as causas de morte dominantes entre  a população idosa portuguesa

Different cohorts and different periods mean different fertility?

Is fertility in Portugal different from the European context? Is this a particular situation, is only a transitory moment of postponement, or is a logical consequence from the socio and economical context? To understand the Portuguese (and European) context of fertility is important to comprehend the probable cause-effects that are now influencing fertility postponement and decline, both in period and in cohort, keeping in mind the deep impact of massive education and labour market participation of women. The overall objective of this study is to contribute to the fertility research by exploring in the last three decades the period and cohort dynamic of Southern European fertility, with special attention to the particular case of Portugal. Also the aim of this study is to investigate and explain the transitions to motherhood providing new insights between cohort fertility and educational attainment

The social side of fertility in Portugal and Spain: evidence from the European Social Survey (Round 2)

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Is the decrease of fertility a consequence of the postponement of the Entrance in the labour market?

As the postponement in the age of entrance into the labour market and the fertility decline in Portugal are a primary concern in Society it is important to understand the patterns associated with this issue. Data from the Portuguese Labour Force Survey (LFS) - data source: National Statistical Institute - from 1998 to 2004 was utilised in order to study the evolution of the entrance age into the labour market and the relationships between entrance age, sex and education level. The multinomial logit model evidenced that being a woman, being younger or having a higher qualification implied a later entrance age into the labour market, while being a man, being older or having lower qualifications were involved in an earlier entrance into the labour market.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

Cenários para 2030: Projecções 2030 e o futuro

A população não se fixa no tempo, tem movimento, está em permanente alteração, vai adquirindo novas configurações. Tentar prever a população possível no futuro permite às pessoas conhecerem-se melhor e compreenderem as implicações das suas decisões, pois o futuro também se constrói. E daí este exercício de elaboração de cenários demográficos prospectivos para Portugal até 2030. Através deles pretende-se não só antecipar o impacto de algumas alternativas possíveis e que dizem respeito aos comportamentos demográficos, como também trazer para o presente algumas certezas sobre o futuro, para uma mais consciente adaptação da sociedade ao curso dos factos. Pretende-se, assim, com estes resultados, dar elementos para uma mais sustentada reflexão e uma mais informada discussão sobre as tendências populacionais em curso. A partir da utilização de metodologias prospectivas sólidas (método das componentes por coortes), apresentam-se três cenários. As diversas características dos cenários previstos para 2030 são exclusivamente devidas às diferentes hipóteses em que se basearam e que apenas têm em conta a fecundidade e a esperança de vida à nascença

When economic uncertainty disturbs fertility levels.

The idea that fertility reacts positively to economic prosperity and falls in times of crises is present in the literature on the evolution of fertility (e.g. Lee, 1990; Sobotka et al., 2011; Comolli, 2017). Periods of economic recession or stagnations are frequently followed by turn down moments on the number of births. Fertility tends to be pro-cyclical and reacts on the ups and downs of economic uncertainty, boosting the postponement and decreasing the quantum. Since 2010, Portugal has been harshly affected by the (1) economic crisis, (2) high unemployment rates and (3) negative consumer confidence index (CCI). Simultaneously, the country presented the lowest birth rates and fertility levels in the European Union since 2012 (Eurostat, 2015). Through an empirical approach, we explore the relationship between the number of childbirth, consumer confidence index, and unemployment rate by sex and for the 25 – 34 age group, within the period 2007-2017 (INE)

Cohort reconstruction:relationship between fertility and education and its impact in the transition to motherhood

The relationship between educational attainment, and the transition to motherhood has been an important topic of discussion in the demographic context. Influenced by the social and economic contexts and transformations, the educational level and the motherhood timing play a central role in shaping the life courses trajectory. E.g. in countries, such as Italy, Portugal or Spain, the extensive access to educations since the 1960’s and the explosion of higher educated female seems to result in the significant postponement and decline of fertility and remarkable differences among cohorts. If is expected to observe different behaviours between different cohorts, the goals of the current research are, (1) reconstruct life courses events for five European selected countries (Austria, Greece, Hungary, Portugal and Spain) using for IPUMS samples; (2) elaborate cohort life fertility tables to analyse the transition to motherhood; and (3) observe the impact of educational levels in the cohort fertility patterns