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    Contaminaçao alimentar e seus efeitos na bionomia de Ceriodahnia cornuta (Cladocera, Daphnidae)

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    Orientadora: Ana Teresa LombardiCo-orientadora: Maria da Graça Gama MelaoMonografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias da Terra, Centro de Estudos do Mar, Curso de Graduaçao em OceanografiaResumo: Uma forma grave de poluição ambiental é o despejo de metais nos ambientes aquáticos, fato que tem sido comumente observado. O plâncton forma a base de cadeias alimentares em ambientes aquáticos e pode atuar como fonte de entrada de metais tóxicos nestas cadeias, vindo a atingir o Homem. A ingestão de quantidades excessivas de cobre pode causar ao ser humano a irritação e corrosão da mucosa, problemas hepáticos, renais, irritação do sistema nervoso e depressão. O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos do metal cobre em organismos do zooplâncton (Ceriodaphnia cornuta) fornecido através de alimento (microalga Selenastrum capricornutum) cronicamente contaminado. Para tanto, a S. capricornutum foi contaminada com cobre (CuCl2), nas concentrações nominais de 10-7M e 10-6M, e posteriormente foi fornecida como alimento para a espécie zooplanctônica C. cornuta. Foram investigadas a capacidade de acúmulo do metal tanto na microalga como também no zooplâncton e seus efeitos sobre a bionomia do animal, ao longo de toda sua história de vida. Resultados significativos foram encontrados, visto que estes organismos demonstraram uma alta plasticidade fenotípica em resposta ao estresse causado pelo metal. Duas estratégias de vida diferentes foram verificadas, uma focada na reprodução, ocorrida nos animais alimentados com microalgas contaminadas com cobre à concentração de 1x10-7 gCu/dia, e a outra em crescimento somático, manifestada pelos animais tratados com as algas contaminadas com a concentração de 5x10-8 gCu/dia do metal. Além disso, a presença do cobre afetou os organismos teste em termos de comprimento dos animais na primípara (idade em que o juvenil atinge a maturidade sexual) e quanto à longevidade. Observou-se também que vários ovos foram abortados, algumas fêmeas passaram seu ciclo de vida sem produzir descendentes e alguns neonatos nasceram mortos

    Toxidade de cobre em células de Selenastrum Capricornutum Printz (chlorococcales, chlorophyceae)

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    Resumo: Em ambientes aquáticos, a matéria orgânica dissolvida natural (MOD) apresenta propriedades quelantes de metais e, dessa maneira, pode atuar sobre a biodisponibilidade desses elementos para organismos do fitoplâncton. O emprego de espécies fitoplanctônicas para avaliar risco potencial de toxicidade é estratégico, pois estes organismos encontram-se na base das cadeias tróficas de ecossistemas aquáticos e, portanto, são importantes na transferência de metais nesses ambientes. O objetivo deste trabalho foi analisar as interações entre o metal cobre, a MOD natural e Selenastrum capricornutum. Meio de cultura enriquecido foi utilizado para os bioensaios de toxicidade, que tiveram 96 h de duração e foram realizados com duas réplicas em culturas estanques. Frascos de policarbonato de 1000 ml de capacidade com 500 ml de meio nutritivo foram utilizados. Culturas controle foram realizadas sem adição extra de cobre, mas com a concentração naturalmente presente no meio enriquecido WC. Diversas concentrações de cobre livre foram adicionadas, desde 4x10-10 M até 4x10-4. A fração livre do metal foi determinada no início e final dos experimentos utilizando-se eletrodo seletivo ao íon cobre. Substância húmica comercial foi utilizada como modelo de MOD em concentração final de 10 mg.L-1. Foram feitas amostragens diárias para determinação do número de células/mL e concentração de clorofila-a. S. capricornutum apresentou alta resistência às concentrações do metal, visto que apenas em concentrações maiores que 10-6 M do íon livre no caso dos experimentos sem MOD, e maiores que 10-8 M nos experimentos com MOD, houve um decréscimo na síntese de clorofila-a. Concentrações menores que 10-6 M de Cu iônico não afetaram significativamente a taxa de crescimento da microalga, cujo EC50 para cobre livre foi de cerca de 5x10-8 M. Considerando-se EC50 calculado com base na concentração de cobre nominal, o respectivo valor passa a 5x10-6 M. Foi detectada uma diferença significativa em relação à concentração de cobre nominal e cobre livre no meio de cultura. Tal diferença é resultante da complexação do cobre por substâncias presentes no meio e pelos fitoquelantes produzidos pelas próprias células algais. No entanto, a adição extra de MOD em concentração de 10 mg.L-1 não afetou tais concentrações, que foram similares para os experimentos com e sem MOD. Palavras-chave: cobre, matéria orgânica dissolvida, Selenastrum capricornutum, toxicidade, ISE

    Toxidade de cobre em células de Selenastrum Capricornutum Printz (chlorococcales, chlorophyceae)

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    Resumo: Em ambientes aquáticos, a matéria orgânica dissolvida natural (MOD) apresenta propriedades quelantes de metais e, dessa maneira, pode atuar sobre a biodisponibilidade desses elementos para organismos do fitoplâncton. O emprego de espécies fitoplanctônicas para avaliar risco potencial de toxicidade é estratégico, pois estes organismos encontram-se na base das cadeias tróficas de ecossistemas aquáticos e, portanto, são importantes na transferência de metais nesses ambientes. O objetivo deste trabalho foi analisar as interações entre o metal cobre, a MOD natural e Selenastrum capricornutum. Meio de cultura enriquecido foi utilizado para os bioensaios de toxicidade, que tiveram 96 h de duração e foram realizados com duas réplicas em culturas estanques. Frascos de policarbonato de 1000 ml de capacidade com 500 ml de meio nutritivo foram utilizados. Culturas controle foram realizadas sem adição extra de cobre, mas com a concentração naturalmente presente no meio enriquecido WC. Diversas concentrações de cobre livre foram adicionadas, desde 4x10-10 M até 4x10-4. A fração livre do metal foi determinada no início e final dos experimentos utilizando-se eletrodo seletivo ao íon cobre. Substância húmica comercial foi utilizada como modelo de MOD em concentração final de 10 mg.L-1. Foram feitas amostragens diárias para determinação do número de células/mL e concentração de clorofila-a. S. capricornutum apresentou alta resistência às concentrações do metal, visto que apenas em concentrações maiores que 10-6 M do íon livre no caso dos experimentos sem MOD, e maiores que 10-8 M nos experimentos com MOD, houve um decréscimo na síntese de clorofila-a. Concentrações menores que 10-6 M de Cu iônico não afetaram significativamente a taxa de crescimento da microalga, cujo EC50 para cobre livre foi de cerca de 5x10-8 M. Considerando-se EC50 calculado com base na concentração de cobre nominal, o respectivo valor passa a 5x10-6 M. Foi detectada uma diferença significativa em relação à concentração de cobre nominal e cobre livre no meio de cultura. Tal diferença é resultante da complexação do cobre por substâncias presentes no meio e pelos fitoquelantes produzidos pelas próprias células algais. No entanto, a adição extra de MOD em concentração de 10 mg.L-1 não afetou tais concentrações, que foram similares para os experimentos com e sem MOD. Palavras-chave: cobre, matéria orgânica dissolvida, Selenastrum capricornutum, toxicidade, ISE
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