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    O perfil da violência contra a mulher em 5 anos de notificação na cidade de Curitiba: uma análise epidemiológica / The profile of violence against women in 5 years of notification in the city of Curitiba: an epidemiological analysis

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    INTRODUÇÃO - A violência contra a mulher é um problema de saúde pública que vem adquirindo progressiva atenção nos últimos 20 anos, tanto do ponto de vista de sua magnitude como do impacto social dela decorrente. Ademais, acolher demandas e propiciar assistência é parte dos direitos em saúde, visto que a violência consiste em um obstáculo para a garantia dos direitos humanos e pode gerar sérias consequências físicas, psíquicas, sexuais e reprodutivas se não combatida. OBJETIVOS - Analisar a prevalência da violência contra a mulher sob diferentes variáveis. MÉTODOS - Foram fornecidas, pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba-PR, 35.888 Fichas de Notificação de Violência do período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017. As informações coletadas foram dados extraídos do banco de dados do SINAN e programa EPI INFO que abordavam informações sobre a violência ocorrida. Após a normatização da tabela, que contou com a exclusão das vítimas do sexo masculino, menores de 18 anos e porcentagens das variáveis menores que 1%, resultaram-se 21.389 registros. Foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em 23 de abril de 2020, com número de protocolo 3.987.560. RESULTADOS - Foi possível analisar que, na violência contra a mulher, o principal agressor é o parceiro íntimo, representado principalmente pelo cônjuge em 10,20% dos casos. Dentre os tipos de violência praticada pelo cônjuge, que permitem múltipla entrada, destacam-se a física (82,94%), força (78,85%) e psicológica (47,63%). Além disso, com relação a idade da vítima, 42,70% representam as vítimas de idade de 18 a 30 anos. CONCLUSÃO A prevalência das agressões concentra-se na perpetuada pelo companheiro íntimo da vítima, destacando-se a violência física, uso de força, e violência psicológica. Também ocorre uma prevalência entre mulheres de 18 a 30 anos de idade

    Endometriose: fisiopatologia e manejo terapêutico: Endometriosis: pathophysiology and therapeutic management

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    A endometriose é definida como a presença anormal de tecido endometrial fora da cavidade uterina, manifestando-se como uma condição inflamatória crônica, benigna, estrogênio-dependente e grande causadora de dor e infertilidade. Essa afecção atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva e afeta mais de 170 milhões de mulheres no mundo, apresentando seu pico de incidência entre 25 e 45 anos de idade e a sua prevalência aumenta em mulheres com dismenorreia, infertilidade e/ou dor pélvica. Os mecanismos dessa condição não são completamente conhecidos, mas entre eles, coexistem fatores etiológicos, congênitos, ambientais, genéticos, autoimunes, imunológicos e endócrinos. A sintomatologia da endometriose é diversa, porém, destaca-se dor pélvica crônica, dismenorreia e infertilidade. A anamnese e o exame físico dessa patologia revelam queixa principal de dor, em suas mais variadas durações, formas e localidades, sendo primariamente citadas dor pélvica cíclica, dismenorreia, dor periovulatória, dor pélvica crônica não cíclica, dispareunia posicional ou permanente, disquezia e disúria. Os fatores genéticos mais comuns relacionados ao risco de endometriose estão localizados em sequências reguladoras de DNA, que acabam por alterar a regulação da transcrição gênica. A ultrassonografia transvaginal é um exame básico no diagnóstico da endometriose, sendo uma ferramenta investigativa e técnica de imagem de primeira linha em pacientes com suspeita de tal afecção. A tomografia computadorizada não detém papel na avaliação de rotina da endometriose, exceto em poucos e particulares cenários. A laparoscopia com confirmação simultânea no exame histopatológico é o padrão ouro para o diagnóstico. As terapêuticas possíveis são o controle de sintomas, melhora da qualidade de vida das pacientes, manutenção da fertilidade, redução da recorrência e das abordagens cirúrgicas. A abordagem cirúrgica, ainda que não seja a indicação primária, tem extrema valia e o método usado varia conforme a clínica do paciente, sendo a videolaparoscopia o método preferencial de tratamento
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