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    GIZINHA: Romance da Belle Époque Potiguar

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    O objeto de pesquisa deste trabalho é o romance Gizinha de Polycarpo Feitosa, pseudônimo de Antônio José de Melo e Sousa. O autor nasceu dia 24 de dezembro de 1867, em Papari, hoje Nísia Floresta, e exerceu vários cargos públicos, tendo sido governador do Estado por dois mandatos. Participou da vida intelectual de Natal, assinando com vários pseudônimos como Polycarpo Feitosa, Lulu Capeta, Francisco Macambira. Publicou cincos romances, entre eles, Flor de Sertão, em 1928, Gizinha, em 1930, e Alma Bravia, em 1934. O autor era celibatário e discreto em suas atitudes, mas, no romance em estudo, revela conhecer bem a vida social de Natal, que serve como pano de fundo para o desenrolar das ações de Gizinha, protagonista do romance. Passado durante a Belle Époque, período marcado pela influência da cultura francesa, a narrativa conta como a jovem, filha de família burguesa de Natal, se move na sociedade natalense. Ela é uma melindrosa, veste-se seguindo os modelos das revistas francesas e suas roupas, curtas e transparentes, provocam escândalo na provinciana Natal. A jovem adora dançar nos bailes as músicas estrangeiras da moda e os mais velhos comentam essas ousadias. O objetivo deste trabalho é analisar os elementos estruturais do romance, narrador, personagem e tempo, e temáticos, educação e família, a fim de mostrar como o comportamento da protagonista, aparentemente transgressor, segue os padrões da sociedade patriarcal dos anos 1920
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