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First polar body morphology and fertilization rate, cleavage rate, and embryo quality
OBJETIVO: determinar a relação entre a morfologia do primeiro corpúsculo polar (CP) de oócitos humanos e as taxas de fertilização e clivagem e a qualidade embrionária em procedimentos de Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide (ICSI). MÉTODOS: estudo retrospectivo de 582 ciclos consecutivos de ICSI no período de julho de 2003 a julho de 2005. A morfologia do primeiro CP foi avaliada com revisão de 3.177 oócitos em metáfase II, imediatamente antes da realização da ICSI, sempre pelo mesmo observador. O CP foi classificado nas seguintes categorias: CP intacto e de tamanho normal, CP fragmentado ou CP de tamanho aumentado. Avaliamos as taxas de fertilização e de clivagem, o número e a proporção de embriões de boa qualidade em cada um dos três grupos avaliados 48 horas após a ICSI (D2). Foram considerados de boa qualidade os embriões com quatro células, sem fragmentação e com blastômeros simétricos em D2. RESULTADOS: as taxas de fertilização, clivagem e de formação de embriões de boa qualidade resultantes da inseminação de oócitos com o CP aumentado (20,7, 18,7 e 5%, respectivamente) foram significativamente menores que as de oócitos com o CP intacto e de tamanho normal (70,8, 62,5 e 19%, respectivamente) ou CP fragmentado (69,7, 60,5 e 17,1%, respectivamente). CONCLUSÕES: observamos que a presença do primeiro CP aumentado relaciona-se com piores taxas de fertilização, clivagem e de formação de embriões de má qualidade. Entretanto, a fragmentação no primeiro CP parece não interferir nos resultados da ICSI.PURPOSE: to determine the relationship between the morphology of the first spindle pole of human oocytes and rates of fertilization, fragmentation and embryo quality in procedures of Intracytoplasmic Sperm Injection (ICSI). METHODS: retrospective study of 582 consecutive ICSI cycles, from July 2003 to July 2005. The morphology of the first spindle pole (SP) was assessed through the analysis of 3,177 oocytes in metaphase II, immediately before the ICSI procedure, always by the same observer. SP has been classified in the following categories: normal size intact, fragmented or augmented SP. Fertilization rate and fragmentation, and the number and rate of good quality embryos in each one of the three groups studied have been evaluated, 48 hours after ICSI (D2). Embryos with four cells, without fragmentation and with symmetric blastomeres in D2 were considered as of good quality. RESULTS: rates of fertilization, fragmentation and of good quality embryo formation, resulting from oocyte insemination, with augmented SP (20.7, 16.7 and 5% respectively) were significantly lower than the ones from intact and normal size SP (70.8, 62.5 and 19%, respectively) or from fragmented SP oocytes (69.7, 60.5 and 17.1%, respectively). CONCLUSIONS: it has been observed that the presence of augmented first spindle pole is related to worse rates of fertilization, fragmentation and bad quality embryo formation. Nevertheless, fragmentation in the first spindle pole of the oocyte does not seem to affect ICSI results
Evaluation of meiotic abnormalities of oocytes from polycystic ovary syndrome patients submitted to ovarian stimulation
OBJETIVO: avaliar o fuso meiótico e a distribuição cromossômica de oócitos maturados in vitro, obtidos de ciclos estimulados de mulheres inférteis com síndrome dos ovários policísticos (SOP) e fatores masculino e/ou tubário de infertilidade (Grupo Controle) e comparar as taxas de maturação in vitro (MIV) entre os dois grupos avaliados. MÉTODOS: cinco pacientes inférteis com SOP e oito pacientes controles, submetidas à estimulação ovariana para injeção intracitoplasmática de espermatozóide, foram selecionadas prospectiva e consecutivamente, e constituíram os grupos de estudo e Controle, respectivamente. Oócitos imaturos captados após estimulação ovariana para a realização de injeção intracitoplasmática de espermatozóide (21 e 29, respectivamente, nos Grupos SOP e Controle) foram submetidos à MIV. Apenas os oócitos que apresentaram a extrusão do primeiro corpúsculo polar após a MIV foram fixados e submetidos à imunocoloração e análise por microscopia de fluorescência para avaliação morfológica do fuso e da distribuição cromossômica. A análise estatística foi realizada utilizando o teste exato de Fisher, com significância estatística quando p<0,05. RESULTADOS: as taxas de MIV foram similares entre os dois grupos (47,6 e 44,8%, respectivamente, nos Grupos SOP e Controle). Seis dos dez oócitos (60%) analisados do grupo de estudo e quatro dos 12 oócitos (33,3%) analisados do Grupo Controle apresentaram anomalias meióticas, caracterizadas por anomalias do fuso e/ou distribuição cromossômica oocitária, sem diferença significativa entre os grupos. CONCLUSÕES: os dados do presente estudo não demonstraram diferença significativa nas taxas de MIV e nas proporções de anomalias meióticas entre os oócitos maturados in vitro, provenientes de ciclos estimulados de pacientes com SOP, quando comparados aos controles.PURPOSE: to evaluate the meiotic spindle and the chromosome distribution of in vitro matured oocytes obtained from stimulated cycles of infertile women with polycystic ovary syndrome (PCOS) and with male factor and/or tubal infertility (Control Group) and compare in vitro maturation (IVM) rates between the groups analyzed. METHODS: five infertile patients with PCOS and eight controls, submitted to stimulated cycles for intracytoplasmic sperm injection, were selected prospectively and consecutively, and respectively assigned to the study group and the Control Group. Immature oocytes (21 and 29, respectively, from PCOS and Control Group) were submitted to IVM. After IVM, oocytes with first polar body extruded were fixed and submitted to immunostaining and fluorescence microscopy for morphological evaluation of the spindle and of chromosome distribution. Statistical analysis was performed by the Fisher test with significance, when p<0.05. RESULTS: IVM rates were similar between groups (47.6 e 44.8%, respectively, for PCOS and Control Group). Six of the ten oocytes (60%) from the study group and four of the 12 oocytes (33.3%) from the Control Group presented meiotic anomalies of the spindle and/or anomalous chromosome distribution, without statistical difference between groups. CONCLUSIONS: data from the present study did not demonstrate significant difference neither in IVM rates nor in the proportions of meiotic anomalies between in vitro matured oocytes obtained from stimulated cycles from PCOS patients and control ones
Invasive and noninvasive analysis of the meiotic spindle of human oocytes obtained from stimulate cycles: preliminary results
OBJETIVOS: Avaliar a concordância entre as técnicas de microscopia de polarização e microscopia confocal na avaliação do fuso meiótico de oócitos humanos maturados in vivo. MÉTODOS: Estudo prospectivo que avaliou oócitos com o primeiro corpúsculo polar extruído obtidos de mulheres inférteis submetidas à estimulação ovariana para realização de injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Os oócitos com o primeiro corpúsculo polar extruído foram avaliados por meio da microscopia de polarização e, imediatamente após, foram fixados e corados para avaliação dos microtúbulos e cromatina pela microscopia confocal de alto desempenho. Foram comparadas as técnicas de microscopia de polarização e confocal, de acordo com a visualização ou não do fuso meiótico pela microscopia de polarização e a presença ou não de anomalias meióticas à análise pela microscopia confocal. Foram calculados os intervalos de confiança, o índice de Kappa e a concordância entre as metodologias, considerando a análise da microscopia de imunofluorescência como padrão-ouro para avaliação de normalidade do fuso e distribuição cromossômica oocitária. RESULTADOS: Observou-se que 72,7% dos oócitos em metáfase II com fuso celular não visível à polarização apresentaram anormalidades meióticas à análise confocal e que 55,6% dos oócitos em metáfase II com fuso celular visível à polarização apresentaram-se como oócitos anormais à análise confocal. Somente 44,4% dos oócitos com fuso celular visível à polarização apresentaram-se como normais à análise confocal. A concordância entre os métodos foi de 51,1% (Kappa: 0,11; IC95% -0,0958 - 0,319). CONCLUSÕES: A baixa concordância entre a microscopia de polarização e a confocal na avaliação do fuso meiótico oocitário sugere que a visualização do fuso meiótico de oócitos humanos em metáfase II pela microscopia de polarização tem limitado o valor preditivo de normalidade meiótica oocitária
Apparently matured oocytes injected in telophase I have worse outcomes from assisted reproduction
OBJETIVO: Avaliar o estágio de maturação nuclear de oócitos com o primeiro corpúsculo polar (CP) visível de pacientes inférteis submetidas à estimulação ovariana para injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) e comparar os resultados da injeção intracitoplasmática de espermatozoide entre os oócitos em telófase I (TI) e metáfase II (MII), e entre aqueles em metáfase II com e sem fuso celular visível. MÉTODOS: Estudo prospectivo que incluiu 106 pacientes inférteis submetidas à injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Foram incluídas pacientes com idade menor ou igual a 38 anos, hormônio folículo estimulante (FSH) basal menor que 10 mIU/mL e índice de massa corpórea (IMC) menor que 30 kg/m². Foram excluídas pacientes com doenças sistêmicas, com qualquer infecção ativa, tabagistas ou que fizeram uso de medicações hormonais e anti-inflamatórias hormonais e não hormonais nos últimos dois meses, previamente à programação para o procedimento de reprodução assistida. Os oócitos com extrusão do primeiro corpúsculo polar foram avaliados pela microscopia de polarização, imediatamente antes da realização da injeção intracitoplasmática de espermatozoide, e caracterizados quanto ao estágio de maturação nuclear (telófase I ou metáfase II). Os oócitos em metáfase II foram avaliados de acordo com a presença ou não do fuso meiótico. Foram analisadas as taxas de fertilização, clivagem e o número de embriões de boa qualidade no segundo dia (D2) de desenvolvimento. Os dados foram analisados comparativamente através do teste exato de Fisher. Em todas as análises foi considerado o nível de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS: O fuso meiótico de 516 oócitos foi visualizado através da microscopia de polarização. Dezessete dos 516 oócitos avaliados estavam em telófase I (3,3%) e 499 (96,7%) em metáfase II. Os oócitos injetados em telófase I apresentaram taxas de fertilização significativamente menores do que os injetados em metáfase II (53 e 78%, respectivamente) e não produziram nenhum embrião de boa qualidade no segundo dia. Comparando-se os oócitos com e sem fuso celular visível, não foi observada diferença significativa nos resultados de injeção intracitoplasmática de espermatozoide. CONCLUSÕES: Oócitos injetados em telófase I apresentaram menores taxas de fertilização quando comparados aos em metáfase II. É possível que a análise do estágio de maturação nuclear oocitária, por meio da microscopia de polarização, possa ser utilizada como fator de predição das taxas de fertilização pós-injeção intracitoplasmática de espermatozoide
Anomalias meióticas de oócitos de pacientes com endometriose submetidas à estimulação ovariana Meiotic abnormalities of oocytes from patients with endometriosis submitted to ovarian stimulation
OBJETIVO: avaliar o fuso meiótico e a distribuição cromossômica de oócitos maturados in vitro, obtidos de ciclos estimulados de mulheres inférteis com endometriose e fatores masculino e/ou tubário de infertilidade (Grupo Controle), comparando as taxas de maturação in vitro (MIV) entre os dois grupos avaliados. MÉTODOS: quatorze pacientes com endometriose e oito com fator tubário ou masculino, submetidas à estimulação ovariana para injeção intracitoplasmática de espermatozóide, foram selecionadas, prospectiva e consecutivamente, e constituíram os Grupos de Estudo e Controle, respectivamente. Oócitos imaturos (46 e 22, respectivamente, dos Grupos Endometriose e Controle) foram submetidos à MIV. Oócitos que apresentaram a extrusão do primeiro corpúsculo polar foram fixados e corados para avaliação dos microtúbulos e cromatina por técnica de imunofluorescência. A análise estatística foi realizada utilizando o teste exato de Fisher, com significância estatística quando p<0,05. RESULTADOS: não se observou diferença significativa nas taxas de MIV entre os dois grupos avaliados (45,6 e 54,5%, respectivamente, nos Grupos Endometriose e Controle). A organização cromossômica e do fuso meiótico foi observada em 18 e 11 oócitos dos Grupos Endometriose e Controle, respectivamente. No Grupo Endometriose, oito oócitos (44,4%) se apresentavam como metáfase II (MII) normais, três (16,7%) MII anormais, cinco (27,8%) estavam em estágio de telófase I e dois (11,1%) sofreram ativação partenogenética. No Grupo Controle, cinco oócitos (45,4%) se apresentavam como MII normais, três (27,3%) MII anormais, um (9,1%) estava em estágio de telófase I e dois (18,2%) sofreram ativação partenogenética. Não se observou diferença significativa na porcentagem de anomalias meióticas entre os oócitos em MII dos dois grupos avaliados. CONCLUSÕES: os dados do presente estudo não demonstraram diferença significativa nas taxas de MIV e nas proporções de anomalias meióticas entre os oócitos MIV, provenientes de ciclos estimulados de pacientes com endometriose, quando comparados aos controles. Todavia, sugerem um retardo na conclusão da meiose I nos oócitos provenientes de portadoras de endometriose, pela maior proporção de oócitos em telófase I observada neste grupo.<br>PURPOSE: to evaluate the meiotic spindle and the chromosome distribution of in vitro mature oocytes from stimulated cycles of infertile women with endometriosis, and with male and/or tubal infertility factors (Control Group), comparing the rates of in vitro maturation (IVM) between the two groups evaluated. METHODS: fourteen patients with endometriosis and eight with male and/or tubal infertility factors, submitted to ovarian stimulation for intracytoplasmatic sperm injection have been prospectively and consecutively selected, and formed a Study and Control Group, respectively. Immature oocytes (46 and 22, respectively, from the Endometriosis and Control Groups) were submitted to IVM. Oocytes presenting extrusion of the first polar corpuscle were fixed and stained for microtubules and chromatin evaluation through immunofluorescence technique. Statistical analysis has been done by the Fisher's exact test, with statistical significance at p<0.05. RESULTS: there was no significant difference in the IVM rates between the two groups evaluated (45.6 and 54.5% for the Endometriosis and Control Groups, respectively). The chromosome and meiotic spindle organization was observed in 18 and 11 oocytes from the Endometriosis and Control Groups, respectively. In the Endometriosis Group, eight oocytes (44.4%) presented themselves as normal metaphase II (MII), three (16.7%) as abnormal MII, five (27.8%) were in telophase stage I and two (11.1%) underwent parthenogenetic activation. In the Control Group, five oocytes (45.4%) presented themselves as normal MII, three (27.3%) as abnormal MII, one (9.1%) was in telophase stage I and two (18.2%) underwent parthenogenetic activation. There was no significant difference in meiotic anomaly rate between the oocytes in MII from both groups. CONCLUSIONS: the present study data did not show significant differences in the IVM or in the meiotic anomalies rate between the IVM oocytes from stimulated cycles of patients with endometriosis, as compared with controls. Nevertheless, they have suggested a delay in the outcome of oocyte meiosis I from patients with endometriosis, shown by the higher proportion of oocytes in telophase I observed in this group