6 research outputs found

    Being in the neonatal ICU: perceptions of the parents about the experience of hospitalization and psychological care received in the unit

    Get PDF
    Este trabalho objetivou investigar a percepção de pais (mãe e pai) de bebês prematuros internados em uma Unidade de Terapia Intensiva neonatal acerca da hospitalização e assistência psicológica recebida na unidade. A amostra foi composta por 12 pais de bebês internados e os dados foram coletados entre os meses de janeiro e maio de 2021 através de entrevista semiestruturada e analisados por meio da técnica da análise de conteúdo. Enquanto o sofrimento que marca a hospitalização do bebê ficou evidenciado através dos relatos de medo e angústia, sobretudo nos momentos iniciais de internação, também foram descritas sensações de alívio e felicidade emergentes da consciência de que o paciente estava recebendo os cuidados necessários disponibilizados pelo serviço. A melhora clínica do bebê e a percepção positiva acerca do cuidado ofertado pela equipe de saúde contribuíram para a estabilidade emocional dos pais ao longo da internação. Por fim, a assistência psicológica recebida foi descrita como promotora de apoio e acolhimento e mostrou-se relevante no auxílio ao enfrentamento da situação vivenciada.This study aimed to investigate the perception of parents (mother and father) of premature babies admitted to a neonatal intensive care unit about the hospitalization and psychological assistance received in the unit. The sample consisted of 12 parents, data were collected through semi-structured interviews, and analyzed through the content analysis technique. The data collection period comprised the months of January to May 2021. While the suffering that marks hospitalization of the baby was evidenced through reports of fear and anguish, especially in the initial moments of hospitalization, were also described feelings of relief and happiness emerged from the awareness that the patient was receiving the necessary care available in the unit. The clinical improvement of the patient and the positive perception about the care offered by the health team contributed to the emotional stability of the parents during the hospitalization. The psychological assistance received was described as a promoter of support and reception and proved relevant in helping to cope with the situation experienced

    Repercussões sociossanitárias da pandemia por Covid-19 para imigrantes e refugiados no Brasil: uma revisão narrativa da literatura

    Get PDF
    Resumo: Trata-se de revisão narrativa de literatura que objetiva apresentar o estado da arte da produção científica sobre as repercussões sociossanitárias da pandemia por Covid-19 para populações de migrantes internacionais no Brasil. A busca foi realizada nas bases de dados Web of Science™, PubMed e Scielo no período de 21 de abril de 2022 a 12 de janeiro de 2023 e foram selecionados 12 artigos. A análise abarcou as temáticas de vulnerabilidade e desigualdade estrutural; discriminação e preconceito; acesso aos serviços sociais e de saúde e respostas governamentais; e sofrimento psíquico. Há necessidade de enfrentamento das desigualdades estruturais, negligência e exclusão sofridas por grupos de migrantes internacionais e intensificadas durante a pandemia. Ademais, é urgente a defesa de estratégias interculturais no Sistema Único de Saúde (SUS) e do estabelecimento de agenda política que englobe marcadores interseccionais e esteja comprometida com a garantia de direitos e cidadania destes grupos

    SAÚDE MENTAL DE IMIGRANTES NA COVID-19: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

    No full text
    Introdução: A pandemia de COVID-19 tem afetado a saúde mental das diferentes populações. No entanto, devido a fatores socidemográficos, econômicos e culturais, alguns grupos tornam-se mais vulneráveis. No caso de imigrantes, a situação de ameaça da própria da pandemia e as vulnerabilidades relacionadas ao processo migratório, são fatores que podem influenciar negativamente a vivência da pandemia e, consequentemente, na saúde mental desta população. Objetivo: Identificar os impactos da pandemia da COVID-19 na saúde mental dos imigrantes. Método: Trata-se de uma Revisão sistemática rápida com busca e seleção de dados, por dois revisores independentes, nas bases de dados: BVS Regional, Scopus, Science Direct e Embase, com o uso dos descritores Covid-19, Saúde mental, Imigrantes e suas combinações em inglês e português. Adotou-se como critério de inclusão artigos que abordassem a saúde mental de imigrantes na pandemia de Covid-19, publicados entre março de 2020 e novembro de 2021 no idioma inglês, espanhol e/ou português. Foram excluídos editorias, cartas ao editor e artigos indisponíveis para acesso gratuito na íntegra. Inicialmente foram recuperadas 74 publicações, procedendo a exclusão de duplicados (1), e de estudos que não atenderam aos critérios de elegibilidade a partir da leitura de título/resumo (53), leitura na íntegra (9). Restaram 11 estudos que foram arquivados e sistematizados em uma planilha do Microsoft Excell contendo informações relevantes para sua categorização. Resultados: Os estudos contemplam delineamentos transversais, de coorte, revisões de literatura e relato de experiência. Trazem informações sobre a saúde mental de imigrantes oriundos de diferentes países, sendo 45,5% asiáticos, 18,18% latinos, 9,09% africanos e 27,23% sem especificação de origem. A maioria dos estudos foram desenvolvidos na América do Norte e Europa. Dentre os medos e preocupações mais comuns, encontravam-se as dificuldades econômicas, falta de suprimentos essenciais, medo de se infectar e/ou infectar outras pessoas e temor com relação à solicitação de vistos. Os imigrantes têm apresentado maior propensão de contraírem o COVID-19 e agravos à saúde mental devido à fragilidade socioeconômica vivenciada. Como repercussões psicológicas destacam-se o aumento dos sintomas de ansiedade, depressão e Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Essas repercussões tendem a acentuar-se devido à redução na procura por serviços de saúde e de saúde mental. Embora a pandemia possa acarretar danos psicológicos à população em geral, estudos comparativos mostram uma deterioração maior da saúde mental de imigrantes. Para os asiáticos, somam-se a isso os danos provocamos o aumento no nível de discriminação e xenofobia. Conclusão: O reconhecimento acerca das especificidades socioculturais, políticas e subjetivas desta população no contexto da pandemia por COVID-19, se faz imprescindível para promoção de políticas de saúde e ações de cuidado que coadunem com as reais necessidades evidenciadas. O Brasil é um país com crescente número de imigrantes. A escassez de pesquisas voltadas para saúde mental desta população no país aponta para uma lacuna que demanda a produção se estudos que possam contribuir para subsidiar estratégias de atenção à saúde mental desta população no Sistema Único de Saúde

    NA LINHA DE FRENTE HOSPITALAR: DESAFIOS PARA O TRABALHO E A SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DURANTE A PANDEMIA

    No full text
    Introdução: A pandemia da Covid-19 reverberou transformações nos processos de trabalho e das estratégias para enfrentamento dos desafios vivenciados pelos profissionais de saúde nos hospitais. Objetivo: sistematizar, a partir de evidências científicas, mudanças e desafios presentes no processo do trabalho em saúde e as possíveis implicações para a saúde mental dos profissionais da linha de frente durante a pandemia da covid-19. Método: Trata-se de revisão integrativa da literatura com busca e seleção de artigos nas bases de dados, por dois revisores independentes: BVS Regional, PubMed, Scopus e Science Direct, com uso dos descritores ‘challenges’, ‘health work process’, ‘health mental’’, hospital’ e ‘covid-19 pandemic’. Adotou-se como critérios de inclusão artigos completos que abordavam a temática e publicados entre dezembro de 2019 e agosto de 2021. As 180 publicações recuperadas foram arquivadas e após as exclusões (leitura do título/resumo, duplicatas e analise quanto aos critérios de elegibilidade), os 24 artigos (20 estudos transversais e 04 revisões sistemáticas) selecionados foram sistematizadas em uma planilha do Microsoft Excell®, contendo informações relevantes para a categorização, conforme mudanças, desafios ou implicações para a saúde mental. Resultados: O corpus contemplou majoritariamente publicações de natureza quantitativa (79,2%) relacionados a enfermeiros e médicos. Entre os desafios destacaram-se o medo de se contaminar ou contaminar colegas e familiares, preconceito e até mesmo, violência aos trabalhadores hospitalares pela população com medo de se contaminar, necessidade de desenvolver novas habilidades, especialmente nas unidades de internamento hospitalar destinadas ao cuidado específico e escassez de equipamentos de proteção individual (EPI). As principais mudanças relacionaram-se às reorganizações de tarefas, serviços e espaços de trabalho, adaptação dos trabalhadores às contínuas regulamentações (devido à falta de compreensão, tempo, desejo e interpretações divergentes) e às mudanças contínuas dos protocolos assistenciais, devido a atualizações das medidas sanitárias ou de manejo, tratamento ou reabilitação dos usuários. As evidências demonstraram ainda, sentimento de fracasso dado a alta virulência do vírus e ao grande poder de contaminação comunitária, tensões relacionais e dos mecanismos de cooperação em equipe, queda de produção e absenteísmo e níveis elevados de sofrimento psíquico, ansiedade, depressão, aumento de uso de substâncias psicoativas, alteração no sono, Síndrome de Burnout e Transtorno Pós-Traumático. Conclusão: Aponta-se para necessidade de ampliar a atenção à saúde integral dos profissionais de saúde no âmbito hospitalar, em especial, modelos de intervenção com foco na saúde mental dos profissionais de saúde envolvidos na assistência a pacientes com COVID-19 são imprescindíveis para o preparo antecipado a outras crises dessa natureza. Aspectos relacionados à saúde mental e resiliência psicológica dos trabalhadores devem compor políticas de gestão do trabalho em saúde como estratégia central do enfrentamento das adversidades e crises sanitárias e sociais. A síntese de evidências pode contribuir com informações claras que servirão de base para tomada de decisão por gestores e para direcionar o planejamento e implementação de estratégias de atenção psicossocial contínuas e acessíveis para os trabalhadores da saúde, em especial no contexto hospitalar, considerando que os desafios impostos pela pandemia da COVID-19, podem se estender por um período pós-pandemia, denominado como Long Covid

    VISITA ESTENDIDA EM UMA UTI GERAL NO CONTEXTO PANDÊMICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

    No full text
    Introdução: O expressivo aumento de internações hospitalares e a necessidade de distanciamento social decorrentes da pandemia por COVID-19 provocaram mudanças na lógica organizativa dos hospitais. A restrição de visitas e acompanhamentos em todos os setores da instituição foi uma das medidas adotadas para mitigar o contágio pelo vírus. Em que pese a importância das medidas, a nova realidade promoveu impactos negativos à saúde mental de pacientes internados nas UTIs e de seus familiares. Apesar da ampla utilização de Tecnologias da Comunicação e Informação (TICs) para aproximação de pacientes e familiares, alguns casos demandam flexibilização do acesso de familiares ao ambiente hospitalar e, até mesmo, extensão do tempo de permanência nas UTIs para reduzir os danos à saúde mental. Objetivo: Descrever a experiência de visita estendida implementada em uma UTI geral no contexto de pandemia de Covid-19. Método: trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de caso, desenvolvido através da experiência de psicólogas que atuam em uma UTI de um hospital do sudoeste baiano. A UTI em questão é composta por 20 leitos, dividido em dois lados (A e B). O hospital atende aproximadamente 72 municípios pactuados na micro e macrorregião, sendo referência na região. Resultados: O estabelecimento de visitas estendidas ocorre a partir da avaliação de múltiplos elementos por parte da equipe de psicologia e multiprofissional da unidade. Inicialmente realiza-se a avaliação psicológica dos pacientes e familiares por parte da psicóloga da unidade e a articulação em equipe multiprofissional com vistas a avaliar aspectos como diagnóstico, condição sociodemografica, bem como necessidades e benefícios da visita. Posteriormente, avalia-se o desejo dos atores envolvidos e o grau de vinculação e disponibilidade dos visitantes. A partir das observações empíricas associadas aos dados da literatura, estabeleceu-se prioridade aos pacientes com quadro de delirium, além de ansiedade, agitação e depressão intensa, visto que demandam maior presença dos familiares. A partir da observação acerca dos impactos de cada visita, é traçada uma programação singularizada que leve em conta a complexidade e múltiplas demandas emergentes para definição de tempo, turno e necessidades específicas, como por exemplo a liberação de familiares no horário do almoço para pacientes com recusa alimentar, etc. Como medida protetiva, são disponibilizados todos equipamentos de proteção individual utilizados pela equipe de saúde e os familiares são treinados e acompanhados por um profissional da equipe para paramentação e desparamentação. Como impactos desta modalidade de visita foram observados redução dos quadros de sofrimento mental, melhora da adesão ao tratamento, aumento da confiança na equipe e melhorias na compreensão do quadro clínico. Conclusão: A modalidade de visita estendida tem se estabelecido como importante estratégia para promover melhorias na experiência de pacientes e familiares, contribuindo assim para humanização do cuidado. Aponta-se para necessidade desta discussão ser sistematizada e compor as políticas internas da instituição

    TERMINALIDADE NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

    No full text
    Introdução: A pandemia por Covid-19 promoveu alterações na rotina dos hospitais demandando a restrição no acompanhamento e visitas de familiares e pessoas próximas. Apesar destas estratégias serem imprescindíveis para conter a propagação do vírus, promoveram impactos no processo de terminalidade e morte no contexto hospitalar, visto que os rituais de despedida, fúnebres a as expressões de afeto foram dificultadas. Objetivo: apresentar as estratégias de atenção em saúde mental, prestado pela psicologia hospitalar, aos pacientes em processo de terminalidade e aos seus familiares durante a pandemia por Covid-19 em um hospital geral. Método: trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvida através da experiência de psicólogas que atuam em um hospital do sudoeste baiano. O hospital é referência para a região e atende aproximadamente 72 municípios pactuados na micro e macrorregião. A unidade hospitalar em questão conta atualmente com uma equipe de cuidados paliativos, composta por médico, enfermeira, nutricionista, assistente social, psicólogo e fisioterapeuta, que tem dado suporte às equipes na assistência aos cuidados paliativos e terminalidade. Resultados: Com o prolongamento de período pandêmico foi necessário adaptar algumas práticas de assistência e flexibilizar o isolamento físico, adequando-o a cada pessoa e contexto. Desse modo, o serviço de psicologia passou a implementar uma rotina de cuidado que utiliza-se de meios eletrônicos para a preservação de vínculos afetivos e promoção do processo despedida e a flexibilização quanto a inserção da rede socioafetiva no ambiente hospitalar. As psicólogas têm apoiado a realização e fortalecimento dos rituais religiosos e espirituais à distância e a efetivação de intervenções que favoreceram a comunicação entre-paciente-equipe-familiares e participação nas discussões acerca das diretrizes e vontades antecipadas. As programações de visitas passaram a ser mais flexíveis, sendo considerada sua realização tanto na modalidade virtual quanto presencial. Tem sido priorizado, ainda, o trabalho em equipe com vistas a transcender a visão biologicista, reconhecendo a multiplicidade e complexidade das demandas e a discussão e articulação com os serviços da rede para oferta de um cuidado integral. No entanto, apesar de importantes para uma vivência de fim da vida digna, estas medidas enfrentam dificuldades organizacionais para a sua efetivação, tais como: sobrecarga de trabalho, adoecimento dos profissionais e restrições de acesso à internet. Conclusão: A singularidade das experiências dos processos de terminalidade, morte e luto apontam para impossibilidade de se estabelecer compreensões ou estratégias rígidas e normatizadoras para estas vivências no contexto hospitalar. Aponta-se para a necessidade de fortalecimento das ações de gestão do trabalho com vistas a promover condições laborais dignas, ações de educação continuada e promoção de saúde dos profissionais. Para além, é urgente a defesa irrevogável do SUS e o posicionamento contrário ao subfinanciamento e desmonte das políticas de saúde e saúde mental para ampliar as possibilidades de investimento na atenção psicossocial no contexto da pandemia
    corecore