26 research outputs found

    Disfunção diastólica: sua importância para o anestesiologista Disfunción diastólica: su importancia para el anestesiologista Diastolic dysfunction: it’s importance to anesthesiologists

    No full text
    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Até recentemente, a insuficiência cardíaca foi vista como conseqüência primária da perda da capacidade contráctil do coração. Nos últimos anos, após a constatação de que pacientes com sinais e sintomas clássicos de insuficiência cardíaca tinham função sistólica ventricular preservada, grande importância à função diastólica do ventrículo esquerdo vem sendo dada. O aumento da perspectiva de vida da população, a melhoria das técnicas cirúrgicas e anestésicas e a grande incidência dos seus fatores predisponentes fazem com que, cada vez mais, pacientes com disfunção ou insuficiência diastólica apresentem-se para procedimentos anestésicos. Este artigo tem como objetivo rever a definição, causas, prevalência, diagnóstico, tratamento da disfunção diastólica, além da abordagem anestésica dos pacientes que a apresentam. CONTEÚDO: Revisão sobre a função diastólica do ventrículo esquerdo e implicações da disfunção diastólica para o anestesiologista. CONCLUSÕES: Não há benefício comprovado de uma técnica anestésica sobre outra. Os principais objetivos anestésicos visam à manutenção da volemia e do ritmo sinusal, além de evitar taquicardia, hipertensão arterial e isquemia miocárdica. As drogas mais freqüentemente usadas com esses objetivos são os beta-bloqueadores.<br>JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Hasta recientemente, la insuficiencia cardíaca fue vista como consecuencia primaria de la pérdida de la capacidad contráctil del corazón. En los últimos años, después de la constataci��n de que pacientes con señales y síntomas clásicos de insuficiencia cardíaca tenían función sistólica ventricular preservada, viene siendo dada grande importancia a la función diastólica del ventrículo izquierdo. El aumento de la perspectiva de vida de la población, la mejoría de las técnicas quirúrgicas y anestésicas y la grande incidencia de sus factores predisponentes hacen con que, cada vez más, pacientes con disfunción o insuficiencia diastólica se presenten para procedimientos anestésicos. Este articulo tiene como objetivo rever la definición, causas, prevalencia, diagnóstico, tratamiento de la disfunción diastólica, además del abordaje anestésico de los pacientes que la presentan. CONTENIDO: Revisión sobre la función diastólica del ventrículo izquierdo e implicaciones de la disfunción diastólica para el anestesiologista. CONCLUSIONES: No hay beneficio comprobado de una técnica anestésica sobre otra. Los principales objetivos anestésicos visan a la manutención de la volemia y del ritmo sinusal, junto con evitar taquicardia, hipertensión arterial e isquemia miocárdica. Las drogas más frecuentemente usadas con eses objetivos son los beta-bloqueadores.<br>BACKGROUND AND OBJECTIVES: Until recently, heart failure was primarily viewed as an event affecting heart contractility. However recently, after the recognition that several patients with classic signs and symptoms of heart failure had normal systolic function, left ventricular diastolic function is receiving major attention. The increase in population’s life expectancy, surgical and anesthetic techniques improvements of the high prevalence of risk factors are increasing the number of patients with diastolic failure or dysfunction being referred to surgery and anesthesia. This article aims at reviewing diastolic dysfunction definition, causes, prevalence, diagnosis, management and anesthetic implications. CONTENTS: Left ventricular diastolic function and its importance to anesthesiologists are described. CONCLUSIONS: There are no proven benefits of an anesthetic technique over the others. Primary anesthetic goals are to maintain normal volume status and sinusoidal rhythm, in addition to preventing tachycardia, arterial hypertension and ventricular ischemia. Beta-blockers are the drugs more frequently used to meet these goals

    Importance of preoperative guided ultrasound in patients with femoral fracture: case report

    No full text
    Objective: The aim of this report is to represent the role of the use of bedside ultrasound by the anesthesiologist, offering an individualized approach to the specific condition of the patient, without unnecessary postponement of femur fracture surgical repair in the elderly. Case report: Female patient, 86 years old, hypertensive, victim of trochanteric fracture of the femur, taken to the operating room after being released by cardiology service. A bedside ultrasound exam allowed the identification of aortic stenosis, left ventricular hypertrophy, carotid stenosis, and signs of hypovolemia. From these findings, it was decided to use an ultrasound-guided block of the nerves femoral and lateral cutaneous of the thigh as an anesthetic technique. Conclusions: The use of ultrasound guidance by the anesthesiologist can provide relevant information for individualizing the anesthetic technique, without postponing the surgical intervention, which usually occurs when the patient is referred for complete examination by the specialist. Resumo: Objetivo: Exemplificar o papel do emprego da ultrassonografia à beira do leito pelo anestesiologista e oferecer uma abordagem individualizada para a condição específica do paciente, sem que haja postergação desnecessária de correções cirúrgicas de fraturas de fêmur em idosos. Relato do caso: Paciente feminina, 86 anos, hipertensa, vítima de fratura trocantérica de fêmur, levada ao bloco cirúrgico após liberação cardiológica. O exame ultrassonográfico à beira do leito possibilitou a identificação de estenose aórtica, hipertrofia ventricular esquerda, estenose de carótida e indícios de hipovolemia. A partir desses achados, decidiu-se pelo bloqueio nos nervos femoral e cutâneo lateral da coxa guiado pela ultrassonografia como técnica anestésica. Conclusão: O uso da ultrassonografia direcionada à beira do leito pelo anestesiologista pode fornecer informações relevantes para a individualização da técnica anestésica, sem que haja postergação da intervenção cirúrgica, a qual comumente ocorre quando o paciente é referenciado para exame completo pelo especialista. Keywords: Perioperative medicine, Anesthesia, Femur fracture, Ultrasonography, Echocardiography, Palavras-chave: Medicina perioperatória, Anestesia, Fratura de fêmur, Ultrasonografia, Ecocardiografi

    O uso do analisador de anestésicos inalatórios como método de detecção de falha no aparelho de anestesia e prevenção de consciência no per-operatório: relato de caso

    No full text
    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A consciência per-operatória é uma rara, mas grave, complicação da anestesia geral. O mau funcionamento do aparelho de anestesia é uma das diversas causas das complicações anestésicas, dentre elas a consciência per-operatória. O objetivo deste relato é mostrar um caso em que o uso do analisador de anestésicos inalatórios proporcionou o diagnóstico de uma falha no aparelho de anestesia que poderia ter causado consciência no per-operatório. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 38 anos, 55 kg, estado físico ASA I, portadora de carcinoma na mama direita, admitida para mastectomia radical e reconstrução mamária com retalho miocutâneo. Foi realizada punção peridural em T8-T9 com agulha 17G com introdução de cateter e administração de ropivacaína a 0,2%. Seguiu-se indução de anestesia geral com início de vaporização de sevoflurano. Apesar dos outros parâmetros de monitorização não terem acusado achados de relevância, o analisador de anestésicos inalatórios não identificou a presença de sevoflurano, o que conduziu ao diagnóstico de um vazamento no vaporizador. CONCLUSÕES: A consciência per-operatória é uma complicação que, apesar de rara, é grave e deve ser prevenida. As falhas do equipamento de anestesia podem ser minimizadas por sua inspeção, com testes detalhados e rotineiros antes do seu uso. O analisador de anestésicos inalatórios é um monitor útil sempre que estes estejam sendo utilizados e um instrumento útil para detectar precocemente falhas no equipamento de anestesia, como exemplificado no caso relatado

    Anestesia em paciente portadora de doença de moyamoya: relato de caso Anestesia en paciente portadora de enfermedad de moyamoya: relato de caso Anesthesia in patient with moyamoya disease: case report

    No full text
    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A doença de moyamoya é uma vasculopatia cerebral progressiva rara, mais freqüentemente diagnosticada em populações asiáticas, mas que também vem sendo identificada no Brasil. Durante a sua vida, pacientes portadores desta doença podem ser submetidos aos mais variados tipos de procedimentos cirúrgicos. O anestesiologista deve entender a fisiopatologia da doença e instituir as medidas peri-operatórias mais adequadas, no intuito de melhorar o prognóstico destes pacientes. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 22 anos, com insuficiência renal crônica, portadora da doença de moyamoya, submetida à intervenção cirúrgica para instalação de fístula arteriovenosa. A anestesia foi induzida com fentanil, propofol e atracúrio e mantida com sevoflurano. Durante o procedimento, a paciente foi mantida em normocapnia e normotermia. A extubação foi realizada e a paciente transferida à sala de recuperação pós-anestésica sem complicações. CONCLUSÕES: Este artigo apresenta os cuidados anestésicos dispensados a uma paciente portadora da doença de moyamoya.<br>JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La enfermedad de moyamoya es una vasculopatia cerebral progresiva rara, más frecuentemente diagnosticada en individuos asiáticos, y que también viene siendo identificada en Brasil. Durante su vida, pacientes portadores de esta enfermedad pueden ser sometidos a los más variados tipos de procedimientos quirúrgicos. El anestesiologista debe entender la fisiopatología de la enfermedad e instituir las medidas peri-operatorias más adecuadas, en el designio de mejorar el pronóstico de estos enfermos. RELATO DEL CASO: Paciente del sexo femenino, 22 años, insuficiencia renal crónica, portadora de la enfermedad de moyamoya, sometida a intervención quirúrgica para la instalación de fístula arteriovenosa. La anestesia fue inducida con fentanil, propofol y atracúrio y mantenida con sevoflurano. Durante el procedimiento, la paciente fue mantenida en normocapnia y normotermia. La extubación fue realizada y la paciente transferida a la sala de recuperación pos-anestésica sin complicaciones. CONCLUSIONES: Este artículo presenta los cuidados anestésicos dados a una paciente portadora de la enfermedad de moyamoya.<br>BACKGROUND AND OBJECTIVES: Moyamoya disease is an uncommon progressive cerebral vasculopathy, more frequently diagnosed among Asian individuals, but which has also been described in Brazil. Moyamoya patients may be submitted to different surgical procedures throughout their lives. Anesthesiologists must understand the pathophysiology of the disease and institute adequate perioperative measures to improve patients' prognosis. CASE REPORT: Female patient, 22 yr-old, chronic renal failure, with moyamoya disease, scheduled for surgical arterial-venous fistula installation. Anesthesia was induced with fentanyl, propofol and atracurium and maintained with sevoflurane. Patient was maintained in normocapnia and normothermia throughout the procedure. Patient was extubated and transferred to the post-anesthetic care unit without complications. CONCLUSIONS: This article describes the anaesthetic care of a moyamoya disease patient

    Eficácia analgésica pós-operatória de diferentes volumes e massas de ropivacaína no bloqueio de plexo braquial pela via posterior

    No full text
    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O bloqueio do plexo braquial pela via posterior tem sua eficácia para cirurgias de ombro demonstrada por diferentes autores. Entretanto, não há um consenso sobre a massa e o volume ideal de anestésico local a ser empregado. O objetivo deste estudo é com parar diferentes volumes e massas de ropivacaína no bloqueio do plexo braquial pela via posterior em cirurgias artroscópicas de ombro. MÉTODO: Sessenta pacientes com idade > 18 anos, estado físico ASA I e II, escalados para cirurgias artroscópicas de ombro unilateral foram alocados aleatoriamente em três grupos: A (10 mL a 0,5%), B (20 mL a 0,5%), C (5 mL a 1%). O bloqueio foi realizado com agulha 22G de 100 mm conectada ao neuroestimulador, em um ponto 3 cm lateral ao ponto médio do interespaço de C6 e C7, sendo injetada a solução correspondente a cada grupo. A dor pós-operatória foi avaliada na SRPA e nas primeiras 24 horas do pós-operatório. Os grupos foram comparados quanto ao tempo para primeira queixa de dor, à pontuação na ENV e ao consumo de morfina nas primeiras 24 horas. RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significativa entre os três grupos em relação a idade, peso e altura. Não houve diferença no tempo até a primeira queixa de dor, ENV superior a três e consumo de morfina no pós-operatório entre os grupos. CONCLUSÕES: O presente estudo concluiu que 5 mL de ropivacaína 1% promoveu eficácia analgésica similar a 10 mL ou 20 mL de ropivacaína 0,5% no bloqueio do plexo braquial pela via posterior com o uso do neuroestimulado

    Volume gástrico residual e risco de aspiração pulmonar em crianças com refluxo gastroesofágico: estudo comparativo

    No full text
    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Freqüentemente, crianças com refluxo gastroesofágico têm que ser submetidas a anestesia para estudos diagnósticos e/ou procedimentos cirúrgicos. Considera-se que o esvaziamento gástrico seja retardado na doença do refluxo gastroesofágico pediátrico. Portanto, a anestesia nesses pacientes tem aspectos peculiares, especialmente no que se refere ao risco de aspiração pulmonar. O objetivo deste estudo é comparar o volume gástrico residual de crianças com ou sem refluxo gastroesofágico e determinar se as crianças com refluxo têm, de fato, risco aumentado para a aspiração pulmonar do conteúdo gástrico durante a anestesia. MÉTODO: Participaram do estudo 38 crianças, estado físico ASA I ou II, submetidas à endoscopia digestiva alta diagnóstica. As crianças foram divididas em dois grupos: grupo R, portadoras de refluxo gastroesofágico e grupo N, sem refluxo gastroesofágico com endoscopia digestiva alta normal. Durante o procedimento, todo o conteúdo gástrico foi aspirado e seu volume medido. RESULTADOS: Das 38 crianças estudadas, 18 (47%) foram incluídas no grupo R e 20 (53%) no grupo N. Não foram constatadas diferenças significativas entre os dois grupos no que se refere à idade, ao peso e tempo de jejum. Em todos os pacientes, o volume gástrico residual observado foi inferior a 0,4 ml.kg-1; e não houve diferenças significativas entre os grupos. CONCLUSÕES: Nas condições deste estudo, o volume gástrico residual não diferiu entre as crianças portadoras, ou não, de refluxo gastroesofágico. Portanto, as crianças com refluxo gastroesofágico não apresentaram risco aumentado de aspiração pulmonar, quando comparadas a crianças sem refluxo gastroesofágico, podendo-se dispensar sua profilaxia
    corecore