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    Atenção integral à saúde da população trans: relato de um evento extensionista

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    A Liga Acadêmica de Ginecologia e Obstetrícia do Recôncavo da Bahia (LAGORB), do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, avançou nas concepções de atenção à saúde da mulher cisgênera exclusicamente, abordando a atenção integral à saúde das pessoas trans. Objetivou-se apresentar a experiência da realização do I Simpósio sobre Atenção Integral à Saúde da População Trans, para promover discussão ampla, romper a concepção cisnormativa sobre Ginecologia e Obstetrícia, aprofundar o tema da transgeneridade e entender as restrições que a comunidade lésbica, gay, bissexual, trans, queer, intersexo, assexual e outras (LGBTQIA+) encontra no acesso às Redes de Atenção à Saúde. O evento ocorreu de modo on-line, de 27 a 31 de Julho de 2020, transmitido via YouTube e plataforma contratada pelo evento. Contou com mais de quatro mil inscritos, audiência diária média superior a 50% e programação com profissionais de referência. Abordou-se temas centrais como gênero, sexualidade, ginecologia, saúde mental, acesso à saúde e direitos. Por fim, o evento reitera que a LAGORB cumpriu seu papel de liga acadêmica, fomentou um debate relevante e se alinhou aos princípios de Universalidade, Equidade e Integralidade do Sistema Único de Saúde (SUS)

    INVESTIGAÇÃO DE ATENDIMENTO À GESTANTES DIAGNOSTICADAS COM CISTITE/INFECÇÕES URINÁRIAS EM PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO NUMA CIDADE DO INTERIOR DA BAHIA

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    Introdução: O organismo gravídico, devido às suas diversas alterações, possui uma maior predisposição a ser acometido por cistites e infecções do trato urinário (ITU). Tais afecções são passíveis de encaminhamentos ao pré-natal de alto risco (PNAR), visto que podem afetar a saúde do binômio mãe-bebê, quando recorrentes. Objetivos: Investigar a frequência de atendimentos a pacientes gestantes com diagnóstico de cistite ou ITU no PNAR, bem como o rastreio e a associação dessa condição em diabéticas, no recôncavo baiano. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo de corte transversal realizado através da análise de 249 prontuários de pacientes atendidas no PNAR da Policlínica Regional de Saúde (RECONVALE), entre 2018 e 2020. A tabulação foi realizada no programa Microsoft Excel versão 2013 e a análise estatística posterior, pelo Statistical Package for Social Sciences versão 23.0. Resultados: O estudo demonstrou que 33/216 (15,3%) das gestantes foram diagnosticadas com cistite ou ITU, sendo a mediana das idades das pacientes de 27 anos (18,5-35), não apresentando diferença estatisticamente significante se comparadas às demais gestantes atendidas - com mediana de idade de 30 anos (24-37) e que não apresentaram esta condição, p = 0,292 (Mann-Whitney). Quanto à condição de Diabetes Mellitus, não foi possível realizar associação ao diagnóstico de Cistite/ITU, por meio da análise estatística da amostra p = 0,49 (qui quadrado). Percebeu-se também que, 207/224 (92,4%) pacientes realizaram sumário de urina ao longo da gestação, embora 56/192 (29,2%) não tenham realizado o exame de urocultura durante todo o pré-natal. Conclusão: Apesar de não ter sido possível associar o diagnóstico das patologias estudadas com a diabetes, nem com a idade das participantes, a prevalência de Cistite/ITU mostrou-se digna de nota. Revela-se a realização de rastreio para tais afecções na grande maioria das gestantes, embora seja importante ressaltar que a não realização de urocultura em toda a assistência pré-natal, verificada no presente estudo, foge ao que preconiza o Ministério da Saúde como rotina de exames e avaliação da qualidade do Pré-Natal

    INVESTIGAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE MORTES FETAIS RELACIONADAS A INFECÇÕES NO RECÔNCAVO BAIANO

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    Introdução: Durante a gestação, é crucial adotar cuidados e realizar rastreamentos criteriosos em relação a várias infecções que podem afetar tanto a mãe quanto o feto. Evitar as causas infecciosas que representam um risco para a gestação, torna-se de extrema importância devido à elevada possibilidade de resultados negativos. Objetivos: Investigar a ocorrência de óbitos fetais por causas infecciosas em gestações no interior da Bahia. Métodos: Estudo retrospectivo descritivo, realizado a partir da análise das fichas de investigação de óbitos fetais, registradas pelo Núcleo Regional de Saúde Leste - Regional Santo Antônio de Jesus-BA. Foram analisadas as causas mortis descritas nas 239 declarações de óbitos e fichas de investigação de 2010 a 2020. Os dados foram analisados no Statistical Package for Social Sciences (23.0). Resultados: Os dados revelaram que 11,7% (28/239) dos óbitos fetais analisados ocorreram por causas infecciosas, sendo a idade gestacional média dos defechos de 31 semanas (+6,56) variando de 20 a 41 semanas. Quanto às doenças diagnosticadas na gestação, notou-se que 21,4% (6/28) dessas gestantes receberam diagnóstico de sífilis, 64,3% (18/28) de infecções do trato urinário (ITU) e 3,6% (1/28) de infecção por citomegalovírus. Apenas 57,1% (16/28) pacientes realizaram antibioticoterapia durante a gestação, sendo que somente 50% (3/6) das diagnosticadas com sífilis e 77,7% (14/18)% das diagnosticadas com ITU foram tratadas. Na admissão para o trabalho de parto, todas as pacientes realizaram VDRL e 12,5% (3/28) foram submetidas à antibioticoterapia. Sobre os óbitos fetais, 25,0% (7/28) tiveram sífilis como causa registrada, 53,6% (15/28) tiveram ITU, 3,6% (1/28) citomegalovírus, 7,1% (2/28) corioamnionite e 14,3% (4/28) por infecção não especificada. No que diz respeito à investigação acerca da evitabilidade do óbito, 92,3% (24/26) foram classificados como evitáveis e 7,7% (2/26) tiveram investigação inconclusiva quanto à evitabilidade. Conclusão: É evidente uma preocupante prevalência de óbitos fetais evitáveis causados por infecções. Observa-se uma possível falta de conformidade na adoção dos tratamentos necessários para atender gestações diagnosticadas com doenças infectocontagiosas, o que justifica o significativo número de resultados negativos. Destaca-se, portanto, a importância de incentivar a realização de testes e o tratamento adequado, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, a fim de assegurar a segurança materno-fetal
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