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CONHECIMENTO SOBRE REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTOS ENTRE GRADUANDOS DE FARMÁCIA E ENFERMAGEM / KNOWLEDGE ABOUT ADVERSE DRUG REACTION BETWEEN PHARMACY AND NURSING STUDENTS
ResumoIntrodução: Em função dos diversos eventos relacionados aos medicamentos, surgiu a farmacovigilância com o intuito de acompanhara ocorrência e o controle das reações adversas a medicamentos, além das interações medicamentosas, desvios de qualidadee perda de eficácia. Os principais profissionais de saúde que estão diretamente envolvidos no processo da farmacovigilânciasão os farmacêuticos, que são profissionais notificadores ativos, e os enfermeiros que trabalham com o preparo e administraçãodos medicamentos. Objetivo: Descrever o conhecimento e as atitudes dos graduandos de enfermagem e farmácia deuma universidade pública acerca das Reações Adversas a Medicamentos. Método: Trata-se de um estudo transversal-descritivo,realizado com formandos dos respectivos cursos. Para a coleta de dados aplicou-se um questionário estruturado. Resultados:A análise apontou predominância do gênero feminino entre os entrevistados. Os conhecimentos adquiridos sobre reação adversaa medicamentos foram considerados insuficientes ou atendendo parcialmente na opinião de 57,8% dos estudantes. Sobre adefinição de reações adversas a medicamentos, 21,05% responderam incorretamente. Todos informaram adotar alguma atitudeem presença de suspeita de RAM, como a notificação e suspensão do medicamento. Conclusão: Embora os entrevistadospossuíssem algum conhecimento sobre a identificação das RAM e atitudes a serem tomadas frente ao evento, como notificaçãoe suspensão do medicamento, eles apresentaram dificuldades como agir adequadamente, aumentando a probabilidade dehaver falha nesse processo.Palavras-chave: Farmacovigilância. Efeitos colaterais e reações adversas a medicamentos. Estudantes de ciências da saúde.AbstractIntroduction: Due to the different events related to medication, pharmacovigilance emerged with the purpose of accompanyingthe occurrence and control of adverse drug reactions (ADR), quality deviation and lack of efficacy. Most health professionalsdirectly involved in the pharmacovigilance process are pharmacists, adverse event reporting professionals, and nurses whowork in the preparation and administration of drugs. Objective: To describe the knowledge and attitudes of undergraduatenursing and pharmacy students of a public university in relation to adverse drug reactions. Method: A cross-sectional descriptivestudy performed with undergraduate students of the mentioned courses. A structured questionnaire was used for datacollection. Results: The analysis indicated the predominance of the female gender among the interviewed parties. The knowledgeacquired on adverse drug reactions was considered as insufficient or partially sufficient in the opinion of 57.8% of thestudents. In relation to the definition of ADR, 21.0% answered incorrectly. All informed that they adopt some attitude in thepresence of suspected ADR, such as notification and suspension of the drug. Conclusion: Although the interviewed parties hadsome knowledge on the identification of ADR and attitudes to be taken in the face of such event, such as notification of the eventand suspension of the drug, there were deficiencies on adequate action (where and how to proceed), increasing the probability offailure in the process.Keywords: Pharmacovigilance. Drug-Related side effects and adverse reactions. Students Health Occupations
A Importância do planejamento estratégico para a gestão da assistência farmacêutica sob a ótica do diagrama de Ishikawa.
Introdução: O profissional farmacêutico que atua na gestão de projetos na área da Assistência Farmacêutica assume grandes desafios no aperfeiçoamento e na busca de estratégias efetivas, que possam garantir bons Resultados: para a garantia do acesso aos medicamentos. Uma das principais ferramentas de gestão consiste no planejamento estratégico, que pode ser considerada como uma técnica que busca analisar o ambiente de forma estratégica, identificando as melhores práticas administrativas a serem adotadas, podendo ser aplicada na gestão da assistência farmacêutica.Entre os instrumentos para o planejamento estratégico, o Diagrama de Ishikawa destaca-se por identificar as possíveis causas e efeitos reais de um determinado problema, ampliando a análise dos fatores envolvidos no processo. Objetivo: Demonstrar a importância do Planejamento Estratégico para a gestão da Assistência Farmacêutica, através do Diagrama de Ishikawa. Métodos: A construção do Diagrama de Ishikawa foi realizada em uma disciplina de Gestão da Assistência Farmacêutica em uma Universidade particular em Salvador. Inicialmente foram levantados, através da técnica de Brainstorming, os principais problemas que podem ocorrer na área da Assistência Farmacêutica. Utilizando a Matriz GUT, chegou-se ao problema referente ao alto índice de desperdício de medicamentos. Dessa forma, o trabalho consistiu em identificar possíveis causas e efeitos do problema, através do Diagrama de Ishikawae, assim, facilitar a interpretação e análise crítica das causas. Resultados: Entre as principais causas levantadas para o alto índice de desperdício de medicamentos, destacam-se a aquisição de medicamentos sem critérios técnicos, armazenamento inadequado de medicamentos, erro no mapeamento epidemiológico e falhas no processo logístico de distribuição de medicamentos, cuja causa convergente consistiu no inefetivo controle dos processos de gestão do medicamento. Perdas por validade, descarte incorreto, geração de resíduos tóxicos e poluição ambiental foram as principais consequências levantadas, sendo o prejuízo aos cofres públicos apontado como a consequência convergente. Como imagem objetivo, ou seja, situação a que se quer chegar, foi definido o aperfeiçoamento do controle do processo de gestão do medicamento. A partir dessa análise, foi possível a discussão e elaboração de ações estratégicas para as causas levantadas do problema central. Conclusão: O uso do Diagrama de Ishikawa na área da Assistência Farmacêutica demonstra a importância do planejamento estratégico para o setor, pois contribui para a construção de ações de melhorias no desempenho dentro do sistema de saúde, a partir da identificação de possíveis causas e consequências para os problemas a serem enfrentados
Perfil de medicamentos anti-hipertensivos dispensados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do Distrito Sanitário Cabula – Beiru, no período de 2009 a 2017, em Salvador – BA.
Introdução: A Política Nacional de Medicamentos (PNM) tem por finalidade promover o acesso da população aos medicamentos considerados essenciais para o tratamento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como por exemplo, a hipertensão arterial sistêmica (HAS), considerada como um problema de saúde pública de alta prevalência no Brasil. Dados do Ministério da Saúde (2017) apontaram que 26% da população de Salvador/Bahia têm diagnóstico de HAS. Para o tratamento dessa doença, os serviços públicos de saúde disponibilizam um elenco de medicamentos de diferentes classes, além de estratégias preventivas que contemplam políticas públicas de saúde e medidas não-farmacológicas. Objetivo: Analisar o perfil de dispensação de medicamentos anti-hipertensivos em uma unidade básica de saúde (UBS), no período de 2009 a 2017, em Salvador/Ba. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo longitudinal com base, na coleta de dados, no sistema Sisfarma 2.0 (sistema de controle de Farmácias, da Prefeitura de Salvador/Ba). Foram coletados dados do consumo médio mensal de anti-hipertensivos de 2009 a 2017 e avaliado o perfil de dispensação de uma UBS do Distrito Sanitário Cabula – Beiru, na cidade de Salvador/Ba. Os medicamentos foram classificados em quatro grupos: diuréticos (G1), agonistas alfa – 2 centrais (G2), betabloqueadores (G3) e vasodilatadores (G4). A análise estatística foi realizada através do Programa Microsoft Office Excel. Resultados: Dentre os medicamentos diuréticos, a hidroclorotiazida (25 mg) teve o maior consumo médio mensal (CMM) durante todo o período estudado. No G2, a clonidina (0,1 mg) apresentou maior dispensação, mesmo não sendo distribuída nos anos de 2009 e 2012. Em relação ao G3, o cloridrato de propranolol (40 mg) apresentou maior CMM de 2009 a 2012, exceto em 2010, e foi o único beta bloqueador a ser dispensado em 2009. Já o atenolol (50 mg) mostrou maior CMM de 2013 a 2017, exceto em 2014. Para o G4, o captopril (25mg) foi o vasodilatador de maior CMM de 2009 a 2012 e não foi dispensado de 2015 a 2017. Por outro lado, a losartana (50 mg) teve seu maior CMM entre 2013 e 2017. Conclusão: Os diuréticos em baixa dose são o tratamento de primeira linha para HAS estágio 1, com risco cardiovascular (RCV) baixo a moderado. Porém, para HAS estágio 1 com alto RCV ou no estágio 2 e 3 são recomendadas combinações de fármacos de classes diferentes até adequação do tratamento. A partir dos dados analisados, foi possível observar que as classes mais dispensadas foram os vasodilatadores seguidos dos diuréticos e, com menor dispensação, os grupos dos antagonistas e betabloqueadores. Sugere-se, a partir dos medicamentos dispensados na unidade, um perfil de pacientes com estágio 1 com alto RCV e/ou estágio 2 e 3 de HAS, que fazem uso de politerapia
Medicamentos voltados a saúde da mulher: dispensação em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do Distrito Sanitário Cabula – Beiru, no período de 2009 a 2017, em Salvador – BA.
Introdução: As mulheres representam a maioria da população brasileira e as principais frequentadoras do Sistema Único de Saúde (SUS). A saúde da mulher foi incorporada às políticas de saúde no Brasil nas primeiras décadas do século XX e, desde 2004, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher foi integrada ao SUS, com importantes ações, entre elas, planejamento reprodutivo, incentivo a hábitos saudáveis, aos exames preventivos, cuidados da saúde da adolescente e da mulher idosa, e a disponibilização de um quantitativo cada vez maior de métodos contraceptivos. Objetivo: Analisar o perfil de dispensação de medicamentos voltados a saúde da mulher em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no período de 2009 a 2017, em Salvador/Ba. Métodos: No sistema Sisfarma 2.0® (sistema de controle de Farmácias da Prefeitura de Salvador/Ba) foram coletados dados do consumo médio mensal (CMM), de medicamentos voltados à saúde da mulher, durante o período de 2009 a 2017. A análise estatística foi realizada no Programa Microsoft Office Excel®. Resultados: De acordo com os dados levantados, os medicamentos dispensados foram, basicamente, para contracepção hormonal (comprimidos e injetáveis), infecções vaginais (cremes) e tratamentos pós-menopausa (comprimidos). Dentre os medicamentos mais distribuídos pela UBS para contracepção hormonal e infecções vaginais destacaram-se: levonorgestrel (0,15mg) + etinilestradiol (0,03mg), em comprimidos; acetato de medroxiprogesterona (150mg/mL),para uso trimestral em solução injetável e, metronidazol (100mg/g), creme vaginal, usado para infecções por tricomonas. Os contraceptivos noretisterona (0,35mg), valerato de estradiol (5mg/mL), enantato de noretisterona (50mg/mL), acetato de medroxiprogesterona (150mg/mL) e valerato de estradiol mostraram um reduzido CMM. O mesmo ocorreu com levonorgestrel (0,75mg) para contracepção de emergência. O estrogênio conjugado (0,25mg) foi o medicamento mais dispensado para as indicações pós-menopausa. A dispensação de cremes vaginais para tratamento de tricomonas, micoses, candidíases, fungos e, a distribuição de medicamentos para reposição hormonal, apresentaram CMM inferiores, quando comparados ao contraceptivo diário levonorgestrel (0,15mg) + etinilestradiol (0,03mg). Conclusão: Os dados apresentados indicaram um reduzido consumo dos medicamentos de uso feminino para contracepção hormonal (injetáveis), infecções vaginais (cremes) e tratamentos pós-menopausa (comprimidos). Alguns fatores podem ser considerados, como o perfil de consumo das mulheres no entorno da unidade, baixa efetividade nas ações educativas ou até mesmo a falta de alguns medicamentos na UBS. Um estudo sobre o perfil e conhecimento das pacientes quanto ao uso de medicamentos voltados para a saúde da mulher pode direcionar para estratégias mais efetivas na dispensação de medicamentos para o público feminino
Análise da administração de comprimidos de Metoprolol com liberação prolongada
Introdução: A administração de medicamentos por via oral pode ser impossibilitada em alguns pacientes hospitalizados, tornando a administração por outras vias ou a manipulação dos comprimidos, métodos alternativos para receber a terapia medicamentosa. Essa prática pode se tornar um problema frente ao perfil biofarmacêutico do fármaco e a via de administração escolhida. A administração de comprimidos via sonda enteral requer transformações das características físicas originais, através da trituração, podendo implicar na efetividade e segurança do mesmo. Objetivo: Analisar a forma de administração de comprimidos de Metoprolol de liberação prolongada. Metodologia: Estudo descritivo, realizado em um hospital geral de ensino no interior da Bahia, em maio e junho de 2019. Foram analisados dados secundários de prescrições contendo Metoprolol, succinato 50mg com liberação prolongada, considerando como incorretas a utilização via sonda enteral e a partição ou trituração dos comprimidos. Resultados: Dentre as 117 prescrições analisadas, foram identificadas 50 (42,73%) com indicação para administração via oral, destes não foram encontradas anotações se os comprimidos foram triturados, 25 (21,36%) não continham informações sobre a forma de administração ou utilização de sonda, 35 (29,91%) com utilização por sonda enteral e 7 (5,98%) com indicação para utilizar meio comprimido, de forma que foram identificados 42 (35,8%) erros de medicação. A técnica normalmente utilizada para administração de medicamentos orais através de sonda enteral consiste basicamente na trituração dos comprimidos e dissolução. Porém, para comprimidos com liberação modificada, a partição ou trituração pode tornar-se um problema pois sofrem perda desta propriedade resultando em níveis sanguíneos erráticos, ocasionando em riscos de absorção aumentada ou diminuída do fármaco. Outro fator de complicação é o risco de obstrução da sonda que pode interromper a terapia medicamentosa e requerer a repassagem de uma nova sonda, implicando em riscos adicionais para o paciente e maior custo para a instituição. Conclusão: Foram identificados erros de medicação com o uso do Metoprolol de liberação prolongada, como a partição e a utilização via sonda enteral, os quais evidenciaram a falta de conhecimento por parte dos profissionais sobre as propriedades físico-químicas dos fármacos e das formulações de liberação modificada. O farmacêutico deve ser solicitado a fim de interagir com a equipe multiprofissional, para discutir sobre a conduta farmacológica mais viável em pacientes submetidos à nutrição enteral