22 research outputs found
Efeitos do método pilates nos parâmetros de força e função pulmonar: uma revisão sistemática / Effects of the pilates method in forces and lung function parameters: a systematic review
O Método Pilates se popularizou nas últimas décadas, sendo necessária a investigação de seus benefÃcios para prática clÃnica. Este estudo teve por objetivo verificar os efeitos de programas de treinamento com método Pilates na força muscular respiratória e função pulmonar. Para tal, realizou-se uma revisão sistemática, nas bases de dados PubMed, LILACS, Cochrane-Library, PEDro e Science Direct, de acordo com as palavras do dicionário Medical Subject Heading Terms (MeSH) para PubMed e Cochrane-Library, adequadas para as demais bases. Foram incluÃdos: estudos de intervenção com Método Pilates; indivÃduos de qualquer faixa etária; ambos os sexos; saudáveis ou não; avaliados por meio do exame de espirometria, manovacuometria ou outros testes de função pulmonar considerados relevantes; follow-up mÃnimo de 4 semanas. Ao final 10 estudos foram considerados elegÃveis. Houve melhora significativa nos parâmetros de Força Muscular Inspiratória (PImáx) em 7 estudos, que contemplaram indivÃduos saudáveis, com Doença Renal Crônica (DRC) e Fibrose CÃstica (FC). Em relação a Força Muscular Expiratória (PEmáx), o Método Pilates realizado isoladamente, demonstrou melhora significativa nos parâmetros de PEmáx em 7 estudos, em indivÃduos saudáveis, de ambos os sexos e diferentes faixas etárias. As variáveis de função pulmonar Pico de fluxo Expiratório (PFE) e ventilação voluntária máxima (VVM), evidenciaram aumento significativo em 1 estudo e em 2 estudos, respectivamente, ambos em mulheres saudáveis jovens. Podemos concluir que o Método Pilates demonstrou influenciar positivamente os parâmetros de PImáx, PEmáx, PFE e VVM em indivÃduos saudáveis de ambos os sexos e diferentes faixas etárias. Adicionalmente, foi capaz de promover melhora na PImáx de pacientes com DRC e FC.Â
Método Pilates na força muscular respiratória e capacidade funcional de pacientes pós infarto agudo do miocárdio – relato de dois casos/ Pilates method on respiratory muscular strength and functional capacity of patients after acute myocardial infarction - report of two cases
Introdução: Pacientes após sofrerem Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) caracterizam-se por apresentar limitações, que podem contribuir para maior incapacidade fÃsica e piorar sua qualidade de vida (QV). Dentre estas, o comprometimento da função muscular respiratória pode ser um fator limitante de tolerância à s atividades da vida diária assim como para a realização de exercÃcio fÃsico. Neste cenário, o método Pilates mostra-se recentemente como atividade capaz de promover melhora nos parâmetros de força muscular respiratória em indivÃduos saudáveis e com doenças respiratórias. Objetivo: Verificar os efeitos de um protocolo do Método Pilates, associado ao exercÃcio aeróbio, na força muscular respiratória e capacidade funcional de dois casos após IAM. Descrição dos Casos: Participaram do estudo duas pacientes do sexo feminino, pós IAM à menos de 2 meses, com fraqueza muscular respiratória e sedentárias. Ambas foram submetidas a um protocolo de Reabilitação CardÃaca (RC) de fase II composto de exercÃcio aeróbio combinado a exercÃcios baseados no Método Pilates Solo e Acessórios por 8 semanas. Pré e pós intervenção, os casos foram submetidos as medidas de avaliação de QV,  força muscular respiratória e capacidade funcional. Resultados: Ambos os casos obtiveram melhora para os valores absolutos de PImáx (33,33% e 166,55%) e PEmáx (12,54% e 22,22%), respectivamente para o caso 1 e 2. Houve um aumento de 19m e 66m no TC6’. Na avaliação da QV houve melhora nos domÃnios capacidade funcional, aspectos fÃsicos, aspectos sociais e saúde mental. Conclusão: Os resultados deste estudo resultaram em informações inovadoras diante da aplicação de um protocolo do Método Pilates, associado ao exercÃcio aeróbio, em cardiopatas pós IAM participantes de um programa de RC e seus benefÃcios ao final de oito semanas de treinamento na força muscular respiratória, capacidade funcional e QV
Acute hydroeletrolitics alterations in triathlon Ironman Brazil
The Triathlon Ironman is characterized for a resistance activity consisting of 3,8 km of swimming, 180 km of cycling and 42,2 km of running, in which the athlete is exercised, in average, for about 13 hours. In this context, the athlete displayed to such load of effort and ambient adversities experiences acute organic alterations in his biological systems, including the hydroelectrolytic disturbs. The objective of this study is to describe the hydric and electrolytic alterations found in triathlon Ironman athletes in the years from 2002 to 2005. 109 voluntary athletes had been evaluated before and immediately after the events carried through in Florianópolis-SC Brazil, with blood analysis of sodium and potassium electrolytes, and measure of body mass. The data of the sodium serum of 89 athletes had been correlated with the degree of dehydration and percentile modifications of body weight. Data of 77 athletes, in relation to the serum potassium, had been evaluated separately in a descriptive form. Six athletes (6,7%) had presented euhydrated or superhydrated to the end of the test, 50 athletes had dehydrated from 0 to 3% (56,2%), 29 from 3 to 6 % (32,6%) and 4 athletes (4,5%) had dehydrated more than 6%. It had a trend to occur hyponatremia between those had dehydrated little or gained weight. The potassium had a behavior inside of the limits of normality in all sample. The conclusion is that the hydroelectrolytic disturbances (hyponatremia and dehydration) are incident in this sportive modality, being the superhydration the probable etiology of hyponatremia denoted by the gain or discrete losses of weight.O Ironman é uma das variações da modalidade de triatlo e caracteriza-se por uma atividade de longa duração, constituÃda por 3,8 Km de natação, 180 Km de ciclismo e 42,2 Km de corrida, na qual o atleta exercita-se em média por cerca de 13 horas. Neste contexto o atleta exposto a tal carga de esforço e adversidades ambientais experimenta alterações orgânicas agudas em seus sistemas biológicos, inclusive distúrbios hidroeletrolÃticos. O objetivo deste estudo é descrever as alterações hÃdricas e eletrolÃticas encontradas em atletas de triatlo Ironman nos anos de 2002 a 2005. Com este intuito 109 atletas voluntários foram avaliados antes e após a prova, sendo submetidos a análise sangüÃnea dos eletrólitos sódio e potássio e pesagem de massa corpórea. Os dados do sódio sérico de 89 atletas foram correlacionadas com o percentual de desidratação e alterações percentuais de peso corporal. Dados de 77 atletas, quanto ao potássio sérico, foram avaliados isoladamente de uma forma descritiva. A análise estatÃstica consistiu de uma parte descritiva, com a determinação das estatÃsticas descritivas básicas, e de uma parte inferencial, que estudou a significância estatÃstica da correlação entre os resultados dos exames. Seis atletas (6,7%) apresentaram-se euhidratados ou superhidratados ao final da prova, 50 atletas desidrataram de 0 a 3% (56,2%), 29 de 3 a 6 % (32,6%) e 4 atletas (4,5%) desidrataram mais que 6%. Houve uma tendência a ocorrer hiponatremia, uma das mais preocupantes alterações hidroeletrolÃticas, entre aqueles que desidrataram menos ou ganharam peso. O potássio teve um comportamento dentro dos limites da normalidade em toda amostra. Conclui-se que os distúrbios hidroelétrolÃticos são incidentes nesta modalidade esportiva, e a superhidratação, evidenciada pelo ganho ou perdas discretas de peso, é a etiologia provável da hiponatremia.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NÃvel Superio
High-intensity exercise and testosterone supplementation in heart failure patients
Fundamentação: A insuficiência cardÃaca (IC) cursa com disfunções em diversos sistemas, repercussões na qualidade de vida (QV) e função sexual. A hipotestosteronemia é relevante na IC e fator contribuinte para o desbalanço catabolismo/anabolismo que integra a sÃndrome. Há pouco conhecimento a respeito dos efeitos do exercÃcio de alta intensidade e terapia de suplementação de testosterona (TST) neste contexto. Hipótese: ExercÃcio fÃsico de alta intensidade e TST têm efeito sinérgico para um tratamento mais eficiente em pacientes com IC e baixos nÃveis de testosterona, inseridos em programa de reabilitação cardÃaca (RC). Objetivo: Investigar os efeitos do exercÃcio de alta intensidade e TST em pacientes com IC e baixos nÃveis de testosterona sérica participantes de programa de RC. Método: Dezenove pacientes portadores de IC (idade média de 58 anos; ± 10; fração de ejeção de 34 ±8%) foram randomizados para o grupo exercÃcio alta intensidade (EAI) ou controle, (n=9) e grupo exercÃcio de alta intensidade com suplementação de testosterona (EAIS) ou intervenção, (n=10). Pacientes exercitaram-se por 12 semanas e o grupo intervenção recebeu testosterona na primeira e sexta semanas. Antes e após o perÃodo de estudo foram obtidas medidas do teste cardiopulmonar, teste caminhada dos seis minutos (T6 ), ecocardiograma, função endotelial, erétil, perfil hormonal e da QV. Resultados: Houve aumento respectivamente intragrupos, do consumo máximo de oxigênio (12% e 15%; EAI e EAIS; p<0,05 e p<0,01), da distância percorrida no T6 (15% e 29%; EAI e EAIS; p<0,05 e p<0,01), da curva de eficiência de captação de oxigênio (22% e 14,2%; EAI e EAIS; p<0,05 em ambos os grupos), da velocidade máxima da onda E´ junto ao anel mitral septal (36%; EAI; p<0,05), da velocidade máxima da onda E´ junto ao anel mitral lateral (35%; EAI; p<0,05), do percentual de dilatação mediada pelo fluxo na artéria braquial (56% e 92%, EAI e EAIS, sem significância), dos escores da função erétil (150% e 59%, EAI e EAIS; p<0,01 e p<0,05), da testosterona total (78%, EAIS,p<0,01), da testosterona livre (89%; EAIS; p<0,01), da testosterona biodisponÃvel (89%. EAIS; p<0,01), do hematócrito (8%, EAIS; p<0,01), do antÃgeno prostático especÃfico (33%; EAIS; p<0,01). Houve diminuição da curva do equivalente ventilatório de dióxido de carbono (5%; EAIS; p<0,05), da relação da velocidade máxima da onda E com a velocidade máxima da onda E´ junto ao anel mitral septal (29%; EAI; P<0,05), do hormônio luteinizante (96%; EAIS; p<0,01), do hormônio folÃculo estimulante (84%; EAIS; p<0,01), do fator de necrose tumoral-α (42% e 47%, EAI e EAIS; p<0,05 em ambos os grupos), do escore global do Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (54% e 54%;EAI e EAIS; p<0,01 e p<0,05), do domÃnio fÃsico (52% e 54%; EAI e EAIS; p<0,01 e p<0,05), do domÃnio emocional (60%; EAIS; p<0,05), do domÃnio das questões remanescentes (58%; EAI; p<0,01). Entre grupos houve aumento a favor do EAIS nos nÃveis de testosterona total, testosterona livre e testosterona biodisponÃvel (54%, p<0,05; 48%, p<0,05 e 48%, p<0,05 respectivamente), e diminuição a favor do EAIS nos nÃveis do hormônio folÃculo estimulante e luteinizante (83%, p<0,01 e 97%, p<0,01 respectivamente). Conclusões: Pacientes com IC e baixos nÃveis de testosterona submetidos a programa de exercÃcios de alta intensidade e TST apresentam melhora da capacidade funcional, dos Ãndices de eficiência ventilatória, da função cardÃaca, da QV e função erétil, contudo o estudo não corroborou a hipótese que a TST tem efeito sinérgico associado ao exercÃcio fÃsico de alta intensidade no tratamento destes pacientes.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NÃvel Superio