34 research outputs found
from representation to the young audience's perception
This article presents the results of a news audience study with African migrant children and young people in Lisbon’s surroundings. Using qualitative and participatory methodologies in a nine-month study, we analyzed the role of the news in their lives, focusing specifically on their identity construction in light of the often stigmatizing media discourses. We have concluded that the experience of violence in their neighborhoods and the insistent news representation of this violence (perceived by them as the main cause of the community’s negative external image) significantly mark the socialization process of the study group. This contributes to identity constructions that we classify into the following three categories: mistrustful identity, anguished identity, and stigmatized identity.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
um desafio de inclusão para o jornalismo
Com base em entrevistas com 21 jornalistas portugueses e brasileiros e tomando
como referencial teórico as teorias do jornalismo e a sociologia da infância, este artigo
discute a escassez da voz das crianças nas notícias. O estatuto minoritário das
crianças na sociedade, as rotinas produtivas dos jornalismo e as prioridades comerciais
dos media são alguns dos obstáculos para promover o ponto de vista infantil no
discurso noticioso. Apontamos caminhos para promover esta participação com base
no depoimento dos próprios entrevistados, nas boas práticas de alguns veículos de
informação e nas sugestões de organizações de defesa dos direitos infantis.Based on interviews with 21 Portuguese and Brazilian journalists and taking theories
of journalism and childhood sociology as a theoretical framework, this article
discusses the lack of children’s voice in the news. The minority status of children in
society, the news making routines and the business priorities of the media are some
of the obstacles to promote children’s point of view in the news discourse. We pointed
out some ways to promote this participation based on journalists’ testimony, good
practices of some news media and suggestions from children’s rights organizations
privacidade, estigmatização, e participação de crianças e adolescentes nos jornais O Globo e Público
A partir da análise de conteúdo de notícias veiculadas nos jornais O Globo (Brasil) e Público
(Portugal), discutimos três questões centrais para o debate sobre jornalismo e direitos das
crianças: privacidade, estigmatização e participação destas no discurso noticioso. Concluímos
que a relação entre os jornais de referência analisados e os direitos da criança representa um
paradoxo. Por um lado, os periódicos contribuem para maior visibilidade pública de temáticas e
problemas que afetam diretamente as crianças mas, por outro, chamamos a atenção para a
necessidade de evitar que esses mesmos veículos desrespeitem os direitos infantis.From the content analysis of O Globo (Brazil) and Público (Portugal), we discuss three central
issues to the debate on journalism and child rights: privacy, stigmatization and participation. We
conclude that the relationship between the quality newspapers and children's rights is a paradox.
On the one hand, the two newspapers contribute to the public visibility of issues and problems
affecting children but, on the other, we call attention to prevent these same vehicles from
disrespecting the rights of the children
Movimentos sociais e a construção do discurso mediático sobre a infância no Brasil
As temáticas ligadas à infância e à adolescência têm conseguido um
espaço crescente nos media noticiosos brasileiros. A atenção da imprensa
a temas como trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes,
educação, entre outros, deve-se principalmente à mobilização
da sociedade civil organizada em torno destas questões.
Desde a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990,
os discursos sobre os direitos infanto-juvenis estão a ganhar contornos
de reivindicação política, amparados legalmente, ultrapassando o cariz
filantrópico. Os actores sociais que contribuíram para essa mudança
trabalham principalmente em organizações não-governamentais e têm
percebido que é preciso transformar a causa num tema claro e de
legitimidade socialmente reconhecida. Nesse sentido, os media são
considerados elementos fundamentais.
Reconhecemos a desigualdade de acesso aos media e seus interesses
políticos e económicos, mas também o poder dos movimentos sociais
organizados, que conseguem interferir na produção do discurso mediático
e consequentemente influenciar a construção da agenda política.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Um estudo empírico sobre a imprensa cearense
A proposta deste trabalho é analisar empiricamente de que forma movimentos sociais
conseguem influenciar os processos de agendamento e enquadramento da informação
jornalística. Como objeto de estudo, elegemos os dois maiores jornais cearenses – O Povo e
Diário do Nordeste – e os grupos organizados que defendem os direitos de crianças e
adolescentes. A partir da análise de conteúdo quantitativa e qualitativa, comparamos os
fatores que interferiram nas escolhas e disputas de noticiabilidade dos dois veículos sobre
educação pública, temática escolhida por aglutinar diversos setores da sociedade civil. O
corpus inclui 147 itens publicados durante três anos e o nosso foco central é a visibilidade e
influência da Comissão de Defesa do Direito à Educação como fonte de informação.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
"Acho que vão logo falar que fomos nós que fizemos": Crianças e jovens em contexto de vulnerabilidade em Portugal controem sentidos a partir do discurso noticioso sobre a sua comunidade
Como crianças e jovens em contextos de vulnerabilidade social negoceiam sentidos sobre si
mesmos e sobre a sua comunidade a partir do discurso noticioso? Partimos de diversas
metodologias qualitativas e participativas aplicadas em encontros semanais com cerca de 15
crianças e jovens (9 a 16 anos) no bairro Quinta do Mocho, em Loures (nos arredores de
Lisboa) para responder esta e outras questões. Como a representação noticiosa
frequentemente negativa do ambiente onde vivem estas crianças e jovens influencia a
maneira como constróem as suas identidades? Em que medida o estereótipo do bairro e dos
jovens “problemáticos” frequentemente divulgado pelos media interfere nos seus processos
de socialização? Que discursos constroem sobre as situações estigmatizantes que
potencialmente enfrentam e como veem o papel dos media nestes contextos?info:eu-repo/semantics/publishedVersio
constrangimentos e oportunidades para o agendamento dos direitos das crianças em Portugal e no Brasil
info:eu-repo/semantics/publishedVersio