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    Hospitalizações por pneumoconioses no Sudeste Brasileiro, entre 2011 e 2020 / Hospitalization for pneumoconiosis in Southeast Brazil, between 2011 and 2020

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    As pneumoconioses são um grupo de pneumopatias irreversíveis causadas pela inalação de partículas tóxicas em ambiente de trabalho. Essas moléstias podem cursar com insuficiência respiratória crônica, tuberculose, taxas expressivas de hospitalização, uso prolongado de medicações, além do afastamento obrigatório da ocupação. O objetivo do presente trabalho consiste em analisar as internações hospitalares por pneumoconioses na Região Sudeste, entre os anos de 2011 e 2020. Trata-se de um estudo ecológico a partir de dados secundários de domínio público vinculados ao Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Totalizaram-se 1.953 internações, das quais o menor número foi registrado em 2011 (n=123; 6,2%), enquanto o maior foi em 2019 (n=284; 14,5%). Notou-se correlação entre o avance do tempo e o aumento no número de atendimentos (p=0,014; r2=0,7406), o que aponta para tendências futuras de novas hospitalizações. Houve destaque para o caráter de urgência (n=1.798; 92,1%); estados de São Paulo (n=708; 36,3%) e Minas Gerais (n=704; 36,0%); sexo masculino (n=1.260; 64,5%); e faixas etárias 50 a 59 anos (n=383; 19,6%) e 60 a 69 anos (n=379; 19,4%). Além disso, 242 casos evoluíram para óbito (letalidade hospitalar de 12,4%). O perfil de distribuição de óbitos concentrou-se no Rio de Janeiro (n=84; 34,7%) e São Paulo (n=81; 33,5%); homens (n=153; 63,2%); e idade 80 anos ou mais (n=65; 26,9%). Observaram-se 3 vezes mais chances de óbitos em  pessoas com idade 80 anos ou mais (95%IC=2,2-4,2; p<0,0001); além de 2 vezes mais chances de óbito entre casos residentes no Rio de Janeiro (95%IC=1,6-2,8; p<0,0001). Em contrapartida, houve menores chances de falecimento entre internados com faixa etária de 20 a 29 anos (OR=0,2; 95%IC=0,07-0,7; p=0,0033) e provenientes de Minas Gerais (OR=0,6; 95%IC=0,4-0,8; p=0,0015). No que concerne aos gastos, totalizaram-se R$2.688.871,22. Portanto, com a finalidade de reduzir internações, óbitos e custos é imperativa a implementação de intervenções. Ações de educação em saúde direcionadas à prevenção de agravos e ao esclarecimento da importância do uso de equipamentos de proteção individual são essenciais. Indica-se ainda a maior fiscalização das empresas; e a detecção e conduta precoces para melhor prognóstico do paciente por meio da realização anual de radiografias de tórax e bienal de testes de função pulmonar.

    A ciência latino-americana relacionada à hanseníase: um estudo bibliométrico/ Latin american science related to leprosy: a bibliometric study

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    A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae. A moléstia pode acarretar incapacidade física, incluindo complicações graves como: garras, úlceras tróficas, reabsorções ósseas ou lesões oftalmológicas. O Brasil é o segundo na relação de nações com maior número de casos, atrás somente da Índia. Ademais, outras nações latino-americanas registraram proporções importantes de casos com incapacidades expressivas nos últimos anos. Desse modo, o objetivo do presente trabalho consiste em caracterizar a produção científica latino-americana relacionada à hanseníase a partir da base Scopus. Trata-se de um estudo bibliométrico com o descritor de busca “leprosy” realizado em maio de 2021. Incluíram-se as variáveis: país de origem, ano, instituição, modalidade de publicação, área do conhecimento, periódico e autor. Para avaliar a progressão temporal das pesquisas, aplicou-se a regressão linear simples no programa estatístico Graphpad Prism 7, com valores de p<0,05 fixados como significativos. Totalizaram-se 1.978 publicações latino-americanas sobre hanseníase em todo o período estudado. Os países mais produtivos foram: Brasil (n=1.632; 82,51%), México (n=124; 6,27%), Colômbia (n=89; 4,50%), Argentina (n=58; 2,93%) e Cuba (n=29; 1,47%). Em se tratando de parceiros externos, os Estados Unidos da América auxiliaram em 245 (12,38%) trabalhos; e o Reino Unido em 89 (4,49%). No que concerne à progressão temporal das pesquisas, o ano com menor quantidade de estudos foi 2006 (n=71; 3,58%); enquanto o maior corresponde a 2018 (n=204; 10,31%), com conclusão da série histórica em 2020 com 167 (8,84%) estudos. Houve correlação entre o avanço do tempo e o aumento no número de manuscritos (p=0,0002). É interessante citar que o passar dos anos explica em 67,61% o incremento no número de trabalhos (r2=0,6761). Também houve destaque para: Instituição Fundação Oswaldo Cruz (n=331; 17,73%), modalidade artigo (n=1570; 79,37%), periódico Anais Brasileiros de Dermatologia (n=130; 6,57%), área médica (n=1623; 82,05%) e autor Sarno, E.N. (afiliado à Fundação Oswaldo Cruz) (n=131; 6,62%). Diante da relevância do tema, torna-se imperativo o maior investimento em estudos latino-americanos sobre hanseníase
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