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    Matéria-Prima, vol.6, nº1 (Jan./Abr. 2018)

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    Risco: educação artística: A educação artística enfrenta o risco de desaparecimento gradual do seu habitat da educação formal ao mesmo tempo que a sociedade civil cada vez mais a reclama, no contexto das instituições que dependem do sucesso dos públicos e dos visitantes. Assiste-se a uma contradição de termos que parece ser originária de uma liberalização cognitiva: este parece ser um paradigma para ficar. O neo-liberalismo vigente contribui de modo contraditório. Por um lado, diminui as cargas horárias e extingue disciplinas, expulsa os profissionais artísticos da sala de aula: cada vez há menos horas de contacto de educação artística, do ensino do desenho. Por outro lado, a dependência das lógicas de sponsorização obriga os gestores culturais a urdirem estratégias educativas dirigidas a massas cada vez maiores, a convocarem e a reivindicarem posicionamentos formativos, a procurarem implicar e criar mais audiências. O sistema precisa dos alunos que quer reduzir, numa contradição de termos evidente. O professor de artes, o mediador entre o mundo da arte e a premência educativa vê-se com uma injunção que dele exige uma operatividade quer como pedagogo, quer como artista, integrando várias dimensões numa só, numa incarnação exigente. A educação artística parece depender da criatividade dos seus agentes, da sua mobilização, do seu entusiasmo, da sua competência mobilizadora: os tempos estão adversos ao conformismo e assim se anotam muitas ações desassossegadas e, cremos, implicadas.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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