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    Miltefosina no tratamento da Leishmaniose Tegumentar: eficácia e limitações da primeira terapia oral autorizada no Brasil

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    A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa negligenciada, endêmica em 13 países da América, tendo o Brasil como responsável por 96% das notificações. O tratamento de primeira linha é o antimoniato de N-metil-glucamina (Glucantime), droga parenteral e com várias contraindicações, o que dificulta seu uso em regiões isoladas do nosso país, justamente onde a maior incidência da doença ocorre. Em 2020 o Ministério da Saúde incorporou ao SUS a Miltefosina, uma droga oral para tratamento da Leishmaniose Cutânea. Este trabalho é uma revisão integrativa que reuniu 10 trabalhos que comparam a eficácia terapêutica da Miltefosina em relação ao Glucantime, além de descrever os seus efeitos adversos mais frequentes. As evidências científicas comprovam que a Miltefosina tem uma eficácia superior ao Glucantime no tratamento da Leishmaniose Cutânea, exceto quando causada pela espécie da , pois nestes casos a droga foi considerada como não inferior. Nos estudos realizados no Brasil em Leishmaniose Cutânea a Miltefosina se resultou superior ao Glucantime no tratamento da doença por todas as espécies de leishmania. Nos casos de Leishmaniose Mucosa ou mucocutânea, a escassez dos estudos desenvolvidos ainda não conseguiu demonstrar a eficácia da Miltefosina, sendo ainda o Glucantime considerado como tratamento de primeira linha. Os efeitos adversos mais comuns da Miltefosina foram as náuseas, vômitos e diarreia, que cederam ao uso de sintomáticos. Concluimos que a Miltefosina é uma opção via oral, com poucos efeitos adversos, eficaz e de baixo custo para o tratamento da Leishmaniose Cutânea, devendo ser amplamente utilizada em todo território nacional
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