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    Pois tudo é assim...: educação, política e trabalho em Minas Gerais (1889-1907)

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    Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-14T13:30:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 1000000145.pdf: 11144839 bytes, checksum: e646f6841b2e7586f2d903705ebccec4 (MD5) Previous issue date: 22Na dissertação que ora apresentamos, pretendemos estudar uma estapa da história mineira, sem ignorar o contexto brasileiro.Tentamos expor como os atos políticos dos primeiros quinze anos republicanos também tiveram como função uma prática pedagógica.De imediato esta manifestou-se na promessa de superar o conceito de súdito, próprio da monarquia, pelo de cidadão. Porém a epública criou uma cidadania restrita, limitando a poucos o direito elementar do voto e da participação política dentro do sistema representativo brasileiro. Ora, o pricincpal obstáculo ao exercício singelo do ato de votar e ser votdo era o prórpio dispositivo constitucional de 1891 que excluiu os analfabetos do exercício do voto, tornando-os cidadãos de segunda classe. Num país em que os índices de analfabetismo batiam pelos 70% da população, o artifício constitucional limitava, sensivelmente, a participação política, negando o princípio elementar da cidadania à maioria do povo brasileiro. Ao mesmo tempo em que retirava da maioria da população esse direito político básico, o governo, por seu discurso oficial, no nosso caso, através das mensagens dos presidentes estaduais, por exemplo, dizia da educação como promessa de resgate deste homem de segunda classe, cidadão do futuro, pois só pelas letras era possível chegar à cidadania plena.A promessa da educação primária, assim vista, resgataria a um só tempo o direito à vida política e, aliada ao ensino prático aperfeiçoaria o indivíduo para o trabalho. A cada instante em que isso fosse atingido se confirmaria o progresso do país como nação moderna, com cidadania plena, onde pátria e povo se encontrariam de modo harmonioso, regenerados ambos pelo trabalho
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