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Balanço e análise da sustentabilidade energética na produção orgânica de hortaliças.
Os insumos e serviços utilizados na produção vegetal representam custo energĂ©tico. Dependendo desses fatores e das produtividades obtidas, a conversĂŁo da produção em energia determinará a eficiĂŞncia energĂ©tica do sistema. A agricultura orgânica somente atingirá a missĂŁo de preservação ambiental se tiver comprovada sustentabilidade energĂ©tica. Neste trabalho, objetivou-se caracterizar os balanços energĂ©ticos dos cultivos orgânicos e analisar sua sustentabilidade, em comparação aos sistemas convencionais. Monitoraram-se campos de produção de dez culturas, de 1991 a 2000 em Domingos Martins-ES. Os dados do sistema convencional foram obtidos pelas mĂ©dias dos coeficientes tĂ©cnicos da regiĂŁo. Quantificaram-se os coeficientes tĂ©cnicos, convertendo suas grandezas fĂsicas em equivalentes energĂ©ticos, expressos em kcal. O sistema orgânico gastou 4.571.159 kcal ha-1 e apresentou 12.696.712 kcal ha-1 de energia inserida na colheita, mostrando balanço mĂ©dio de 2,78. Esse valor foi similar ao obtido no sistema convencional (1,93). As participações dos componentes nos gastos do sistema orgânico foram embalagem (35,8%), composto orgânico (17,2%), irrigação (12,6%), sementes/mudas (12,4%) e mĂŁo-de-obra (11,0%), serviços mecânicos (5,0%) e frete (4,5%). Se os custos com embalagens fossem eliminados, os gastos do sistema orgânico seriam reduzidos para 2.930.113 kcal ha-1, aumentando sua eficiĂŞncia. A maioria dos cultivos orgânicos pode ser considerada sustentável em transformação de energia, com balanços superiores a 1,00 e produção mĂ©dia diária de 80.421 kcal ha-1 por dia, superior Ă necessidade mĂnima de 58.064 kcal ha-1