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    Retrospective and prospective study of urolithiasis in dogs

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    A urolitíase ocorre com relativa freqüência dentre as afecções que acometem o trato urinário inferior de cães e gatos. Urólitos são agregados de material cristalino e matriz que se forma em um ou mais locais no trato urinário quando a urina torna-se supersaturada com substâncias cristalogênicas. A constituição dos urólitos pode ser decorrente de deposição de um único tipo mineral ou de minerais diferentes que se depositam em camadas (laminações) ou simplesmente agregam-se à pedra. Dependendo do tipo mineral e sua distribuição no urólito, este pode ser classificado em simples (apenas uma camada com predomínio - >70% - de um único tipo mineral), misto (também apenas uma camada identificável, porém sem predomínio de um único mineral) ou composto (presença de mais de uma camada de composição mineral diferente). Atualmente existem dois métodos de análise da composição mineral de cálculo: análise qualitativa e quantitativa, porém apenas a quantitativa permite a determinação do percentual das diferentes composições minerais, além de ser um método mais sensível e específico. Este estudo teve como objetivo analisar os casos de urolitíase canina que tiveram seus cálculos analisados quantitativamente, atendidos no Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP). Foram analisados 161 urólitos provenientes de 156 cães (5 animais apresentaram recidiva), durante o período de fevereiro de 1999 a janeiro de 2007. Todas as análises foram realizadas no Minnesota Urolith Center, baseada nos métodos de microscopia de luz polarizada, espectroscopia infravermelha e espectroscopia por raios-X com dispersão de energia. Apenas 30,2% (106) dos urólitos eram simples, 1,9% (3) mistos e 67,9% (47) eram compostos. Apesar desse predomínio de urólitos compostos, a avaliação individual desses revelou que 64 de 106 urólitos compostos continham em todas as suas camadas, predomínio (>70%) de um mesmo tipo mineral: 26 continham estruvita, 35 oxalato de cálcio (mono ou dihidratado) e três de urato (urato ácido de sódio e urato ácido de amônio). Tais urólitos, apesar de classificados como compostos poderiam ser manejados como urólitos simples. Por outro lado, 30 urólitos compostos tinham a região interna minerais passíveis de dissolução, mas que seria impedida por uma camada mineral externa não passível de dissolução. O inverso ocorreu em 3 amostras (apenas a camada mais externa seria passível de dissolução) e outras duas amostras apresentaram deposição sequencial de minerais passíveis de dissolução, porém, que exigiriam protocolos distintos. Assim, o conhecimento da composição de todas as camadas (núcleo, pedra, parede e superfície) que compõe o urólito é essencial para o entendimento da formação do cálculo e conseqüentemente para a indicação do tratamento adequado, assim como para a prevenção de recidivas.Urolithiasis is a relatively common urinary tract disorder of dogs and cats. Whenever urine becomes oversaturate with cristallogenic substances, uroliths may be formed from crystalline material and protein matrix. Uroliths may be composed from only one kind or from different types of minerals, which can be deposited in layers or aggregate forming a stone. They can be classified according to their mineral type and distribution in: simple (only one layer and more than 70% of a single mineral), mixed (one identifiable layer, without predominance of a mineral type) or coumpound (more than one layer of different mineral types). Currently, there are two methods of urolith analyses: quantitative and qualitative analysis. However, only quantitative analysis allows determination of the mineral composition with accuracy, and it is a more sensitive and specific test. One hundred and sixty one canine uroliths were obtained from the Hospital of the School of Veterinary Medicine and Zootechny of University of São Paulo (FMVZ-USP) and were submitted to Minnesota Uroliths Center for quantitative analysis from February 1999 to January 2007. All uroliths were analyzed using polarizing light microscopy, infrared spectroscopy and energy dispersive X-ray spectroscopy. One hundred and six (30,2%) were simple uroliths, 3 (1,9%) mixed, and 47 (67,9%) were compound. Despite the predominance of compound uroliths, individual urolithevaluation revealed that 64 of 106 compound uroliths had a predominant mineral type (>70%) in all layers: 26 were struvite, 35 calcium oxalate (mono or dihydrate) and 3 were urate (sodium acid urate and ammonium acid urate). These uroliths, despite being classified as compound uroliths, could be assumed as simple uroliths. However, 30 compound uroliths had dissoluble inner layers, but the outer layer would prevent them from being dissovable. Three samples had the opposite (outer layer could be dissoluted, but inner layer could not) and 2 other samples had required two different protocols for medical dissolution. Knowledge the composition of all layers (nidus, stone, shell and surface crystals) is essential to understand the urolith etiology and a key factor to successful therapy and prevent recurrence

    Cetoacidose diabética: Revisão

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    A cetoacidose diabética é definida como uma grave alteração metabólica, caracterizada pela tríade de hiperglicemia persistente, acidose metabólica e hipercetonemia associada a cetonúria. Ocorre frequentemente em pacientes com diabetes que possuem quantidade insuficiente de insulina, rotineiramente pacientes diabéticos não diagnosticados ou que sofreram omissão de terapia insulínica. O diagnóstico e tratamento da cetoacidose podem ser desafiadores. Diante da importância e aumento dos casos de cetoacidose diabética em cães e gatos, essa revisão tem como objetivo auxiliar o médico veterinário e estudantes na compreensão da fisiopatologia, diagnóstico e tratamento

    Characterization of ticks infecting dogs in a hospital population in North Paraná, Brazil

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    Muitas doenças podem ser transmitidas por carrapatos e acometer tanto o homem quanto o cão. Como a distribuição geográfica dos agentes infecciosos transmitidos por carrapatos acompanha a distribuição dos vetores, o presente estudo objetivou caracterizar morfologicamente as espécies de carrapatos que parasitam cães de uma população hospitalar na região norte do Paraná e estimar a taxa de ocorrência de cada espécie de carrapato nesta população. Para tanto foram selecionados 71 cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina que apresentaram alta infestação por carrapatos. Foram incluídos animais doentes, com qualquer sintomatologia e que, no momento da consulta apresentavam mais de 25 carrapatos. De cada cão foram retirados 10 carrapatos de diversas partes do corpo. Os carrapatos encontrados foram analisados morfologicamente e classificados de acordo com a espécie. Foi determinado o número de cães parasitados por cada espécie. Dos carrapatos coletados, 4% foram identificados como Amblyomma cajenense e 96% como Rhipicephalus sanguineus. A distribuição de carrapatos encontrada foi similar a observada em cães de origem urbanas no Rio Grande do Sul e em estados da Região sudeste e compatível com carrapatos encontrados em cães originários predominantemente de áreas urbanas.Many tick-borne disease can infect dogs and human beings. The distribution of the infectious agents transmitted by ticks parallels the geographic distribution of the vectors. Accordingly, we attempted to characterize ticks in dogs from a hospital population in North Paraná State, South Brazil, and to verify the frequency of each tick species in this population. We selected seventy one dogs presented to the Veterinary Hospital of the Universidade Estadual de Londrina with severe tick infestation. Animals with more than 25 ticks were included regardless of the chief complaint or presenting clinical signs. Ten ticks were collected from various parts of the body in each dog. All ticks were toxonomically classified. Four percent of the ticks removed were identified as Amblyomma cajennense, whereas 96% were Rhipicephalus sanguineus. The distribution of ticks was similar to the one observed in urban areas in South and South-east Brazil and compatible from a predominantly urban dog population

    Urolitíase em cães: avaliação quantitativa da composição mineral de 156 urólitos Canine urolithiasis: quantitative evaluation of mineral composition of 156 uroliths

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    O estudo teve como objetivo avaliar os casos de urolitíase canina em que a composição mineral dos urólitos foi analisada quantitativamente. Foi avaliada quantitativamente a composição mineral de 156 urólitos obtidos de cães (nefrólitos, ureterólitos, urocistólitos e uretrólitos). Desse total, 79,5% (n=124) eram simples, 18% (n=28) eram compostos e apenas 2,5% (n=4) eram mistos. A estruvita foi o tipo mineral mais frequente nos urólitos simples (47,6%; n=59), em todos os mistos (100%; n=4) e nas camadas núcleo e pedra de urólitos compostos (32,1 e 75%, respectivamente). O oxalato de cálcio foi o segundo mineral mais frequente dos urólitos simples (37,9%, n=47). Ao contrário do que é preconizado para os urólitos simples, as recomendações para o tratamento de urólitos compostos são mais complexas, tais como protocolos de tratamento de dissolução diferentes (se composto por minerais distintos e passíveis de dissolução como urato e estruvita). Além disso, a dissolução pode não ser viável, caso ocorra presença de material insolúvel envolvendo o urólito ou se este representar mais de 20% da camada. Vinte e dois urólitos compostos (78,7%) apresentaram uma camada externa não passível de dissolução (oxalato de cálcio ou fosfato de cálcio); dois (7,1%) apresentaram camadas externas passíveis de dissolução (estruvita ou urato), porém camadas mais internas não solúveis, o que permitiria apenas a dissolução parcial do urólito. Assim, o conhecimento da composição de todas as camadas que compõem o urólito é essencial para o entendimento da formação do cálculo e consequentemente para a indicação do tratamento adequado, assim como para prevenção de recidivas.<br>The aim of this study was to evaluate dogs with urolithiasis in which mineral composition of calculi was quantitatively analyzed. Quantitative mineral composition was performed in 156 canine uroliths. Simple uroliths represented 79.5% (n=124) of the cases, 18% were compound (n=28) and only 2.5% (n=4) of the calculi were mixed. Struvite was the most frequent mineral type of simple uroliths (47.6%; n=59) as well as in all mixed (100%; n=4) and in the core and stone uroliths (32.1% and 75%, respectively). Calcium oxalate was the second more frequent mineral composition of simple uroliths (37.9%; n=47). Unlike simple uroliths, recommendation for the treatment of compound uroliths is more complex, and diet protocols for calculi dissolution may be different when the calculus is composed by different minerals that are possible to be dissolved (e.g. urate and stuvite). Besides, dissolution may not be feasible if it occurs in presence of insoluble material involving urolith or if it represents more than 20% of the layer. Twenty two compound uroliths (78.7%) presented an external layer that was not possible to be dissolved (calcium oxalate or calcium phosphate); two calculi (7.1%) had superficial layers dissolvable (struvite or urate), but inner layers were not soluble, which allowed only partial dissolution of urolith. Knowledge of all urolith layers mineral composition is essential for the understanding of calculus formation and for the adequate treatment indication as well as for the procedures to prevent recurrence
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