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    Caracterização fitoquímica e citotóxica das folhas de Syzygium cumini (L.) Skeels e avaliação de suas capacidades antioxidantes e antiglicantes, bem como de seu potencial de inibição das enzimas digestivas relacionadas com o Diabetes mellitus tipo 2

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    Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)O Syzygium cumini (L.) Skeels, também conhecido como Jambolão, é uma planta arbórea nativa da região tropical da índia. A população que reside nas áreas de incidência desta planta faz amplo uso de diversas partes da mesma (casca, folhas, fruto, sementes) como fitoterápico, uma vez que é possível observar atividade antidiabética, antimicrobiana, anti-inflamatória e anti-hipertensiva. O alinhamento do conhecimento popular com os avanços das pesquisas permite a avaliação das propriedades de plantas com intuito de determinar seu potencial como fitoterápico. Sendo assim, o Jambolão se apresenta como candidato para o tratamento complementar de desordens de recorrência global como o Diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Desta forma foi performado o particionamento líquido-líquido para separação das frações e conseguinte realização de ensaios para determinação da capacidade antioxidante e antiglicante, bem como testes de elucidação do potencial inibitório das mesmas sobre as enzimas hidrolases glicolíticas e lipase pancreática. A determinação da citotoxicidade das frações da planta foi realizada pelo teste de hemólise e, por fim, a elucidação de seus compostos bioativos foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrômetro de massas (CLAE-ESI-EM/EM) e a quantificação de determinadas classes de compostos foi realizada via prospecção fitoquímica. Os ensaios foram realizados em triplicata com diferentes concentrações das frações orgânicas das folhas de S. cumini. As frações Acetato de etila e N-butanol demonstraram valores interessantes de IC50 (μg/mL) para grande parte dos testes, como exemplo têm-se a capacidade antioxidante pelo método DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazila) (IC50: Acetato de etila: 15,7±2,4; N-Butanol: 23,5±2,7), a inibição da α-amilase (IC50: Acetato de etila: 1,1±0,3; N-Butanol: 0,7±0,1) e a inibição da glicação proteica pelo método de albumina sérica bovina e frutose (BSA/FRUT) (IC50: Acetato de etila: 8,2±3,5; N-Butanol: 7,8±3,5). Desta forma a alta atividade antioxidante em conjunto com a inibição da formação de produtos de glicação avançada, a inibição das enzimas hidrolases glicolíticas e lipase pancreática e baixa taxa de hemólise potencializam a sugestão de que estas são as duas melhores frações para tratamento complementar do DM2. A análise de CLAE-ESI-EM/EM permitiu também a elucidação de compostos bioativos que podem ser responsáveis pelas ações observadas nas frações, tais como: Quercetina 3-O--D-glicosídeo, Quercetina-3-O-glicuronídeo, Cianidina-3-O-glicosídeo, Kaempferol 3-O--D-glicosídeo, Luteolina-3-O-glicuronídeo, Ácido Rosmarínico e (Epi) galocatequina-O-glicuronídeo. Portanto, os baixos valores de IC50 para os ensaios previstos, a possibilidade de isolar compostos bioativos de alta relevância e a eficácia do S. cumini em múltiplos quadros do DM2, corroboram para perspectivas futuras de formulação de fármacos e suplementos alimentares com base nesta planta
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