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A Profilaxia pré-exposição ao HIV em um serviço no oeste do Paraná : HIV pre-exposure Prophylaxis in a service in west Paraná
Introdução: A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é um método de prevenção ao HIV, teve sua eficácia comprovada e também está disponível, gratuitamente, pelo SUS, para alguns grupos em serviços de referência. Objetivo: Apresentar o fluxo de atendimento e os resultados em relação a PrEP em um serviço especializado localizado na região Oeste do Estado do Paraná. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo que utilizou como fonte de informações as bases de dados do Ministério da Saúde e também relatórios públicos do serviço em questão. Resultados: O serviço, buscando facilitar o acesso e garantir melhor decisão do paciente em relação ao uso da medicação, estabeleceu um fluxo em que os pacientes que procuram para testagem e aconselhamento são abordados pela equipe em relação ao início da profilaxia, são solicitados os exames iniciais e agendado para consulta médica. Verificou-se que nesse serviço no período de agosto 2020 a abril de 2021 atendeu 123 pacientes em uso de profilaxia, 104 ativos e 19 descontinuidades, percentual de 15%, abaixo dos 44% do Paraná e 41% do Brasil. Gays e HSH representam 65% dos usuários. A faixa etária com maior procura está entre 25 a 39 anos (60%) e 78% possui mais de 8 anos de estudo. Apenas 29% relatou efeitos adversos nos primeiros 30 dias e 70% referiu fazer uso de todos os comprimidos. Conclusão: O serviço apresentado tem conseguido resultados semelhantes aos nacionais na maioria dos dados analisados, porém um índice menor de abandono o que poderia estar relacionado à organização interna em relação a indicação e ao acompanhamento. A disseminação da profilaxia em indivíduos com menor escolaridade também foi maior neste serviço. Ainda é necessário ampliar a divulgação da profilaxia para a população em geral pois há muito mais pacientes dentro do público alvo e ainda existe uma concentração da procura por brancos e de alta escolaridade
Formação dos Médicos que Atuam como Líderes das Equipes de Atenção Primária em Saúde no Paraná
RESUMO Historicamente, os currículos das escolas médicas não procipiaram uma formação voltada à atuação no Sistema Único de Saúde (SUS) e na Atenção Básica e por isso têm sido apontados como um dos fatores que dificultam o trabalho do médico depois de formado. Várias transformações curriculares vêm ocorrendo, porém muitos profissionais não foram contemplados. Este estudo, parte integrante de uma dissertação de mestrado, realizou-se por meio de uma pesquisa de campo, descritiva, transversal, que teve como objetivo analisar a formação do profissional médico que respondeu ao Módulo II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) no Estado do Paraná, ciclo I e/ou II. Os dados foram obtidos por meio de formulário semiestruturado disponibilizado online pelo programa Qualtrics. De 183 médicos que compunham o universo, 32 (17,48%) participaram da pesquisa. Entre os profissionais respondentes, 16 (50%) são egressos de universidades públicas, 11 (34%) de privadas; 17 (53%) se formaram antes de 2006; 15 (46,9%) consideraram insuficientes ou pouco suficientes os conhecimentos teóricos sobre o SUS e os conhecimentos teóricos e práticos sobre Atenção Primária à Saúde (APS) obtidos na graduação; 13 (59,1%) realizaram até um ano de prática na graduação; 14 (43,75%) relataram que saíram preparados da graduação, mas precisaram de atualização para trabalhar nesse nível de atenção; 12 (37%) possuem residência e, desses, 6 (50%) em Medicina de Família e Comunidade; 21 (66%) possuem alguma especialização, sendo 2 (9%) em Saúde da Família, 3 (14%) em saúde coletiva, e 7 (32%) em Medicina de Família e Comunidade; 23 médicos (71,8%) escolheram atuar na APS para realização pessoal/profissional. Concluiu-se que os médicos participantes da pesquisa de campo consideram sua formação incompleta sobre o SUS e sobre o processo de trabalho em APS, necessitando de formação complementar para sua atuação profissional. Tal fato evidencia que há necessidade de mudanças no processo formativo
O médico no processo de avaliação externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, ciclos I e II
RESUMO Pesquisa avaliativa que analisou aspectos da gestão do trabalho e da formação dos médicos que participaram do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, ciclos I e II. Dados secundários, obtidos em bancos públicos, revelaram que nos ciclos I e II, respectivamente, a representação médica entre os respondentes do Módulo II foi de 5,77% e 5,66%; em sua maioria, atua há menos de dois anos (51% e 53%); possui administração direta como agente contratante (60,73% e 61,80%); é de servidores públicos estatutários (37,26% e 35,41%); ingressou por meio de concurso público (41,61% e 41,40%); e não possui plano de carreira (67,47% e 70,23%). Conclui-se que a formação médica deve contemplar, também, formação política para favorecer a participação mais ativa dos médicos nos processos decisórios e de trabalho das equipes de Atenção Primária à Saúde