10 research outputs found

    Endovascular treatment of blunt traumatic injuries of the subclavian and axillary arteries

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    AbstractIntroductionBlunt trauma of the axillary and subclavian arteries is uncommon. Conventional surgery presents significant morbidity associated to the need of extensive exposure and challenging dissection through traumatized tissues. Endovascular treatment is an alternative that has increasingly been used in traumatic arterial injuries. This report presents three cases that were managed by endovascular techniques.MethodsWe report the cases of three patients with blunt traumatic injuries of the subclavian and axillary arteries who were treated at our Institution in 2013 with endovascular techniques. Each case presented distinctly, resulting from different traumatic mechanisms and the therapeutical approach was adapted accordingly.ResultsCase 1: A 68-year-old man was admitted with an acute limb ischemia of the left upper limb after a fall from his own walking height. A computerized tomography angiography demonstrated a dissection of the left subclavian artery. Resource to a proximal angioplasty with stent allowed the recovery of the limb perfusion fixating the flap. Case 2: A 34-year-old male who fell from a height of 8m, with multiple costal arch fractures and the complete transection of the subclavian artery. In this case, a covered stent excluded the rupture. Case 3: A 45-year-old woman presented to our department with an acutely ischemic left upper limb with 3 days of progression after a distension of the scapuloh-umeral articulation. Although a digital amputation was ultimately necessary, hand-salvage was accomplished through thrombectomy and catheter-directed thrombolysis.ConclusionBlunt trauma of the axillosubclavian arteries is rare and its diagnosis may be challenging. Endovascular treatment of blunt traumatic injuries of the subclavian and axillary arteries is an alternative to traditional surgical treatment, which may be used solely or in combination with the latter to reduce invasiveness and improve outcome of arterial injuries

    Correção endovascular de aneurismas da aorta abdominal em doentes com anatomia desfavorável: resultados institucionais a curto e médio prazo

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    ResumoObjetivoDeterminar a influência da anatomia do aneurisma da aorta abdominal (AAA) nos resultados a curto e médio prazo após Endovascular Aneurysm Repair (EVAR).MétodosEstudo retrospetivo de todos os doentes com AAA infrarrenal sem menção de rotura submetidos a EVAR aorto‐biilíaco programado na nossa instituição entre 2011‐2013 (n=112). Todos os exames de follow‐up imagiológico foram analisados numa plataforma com Osirix® e foram realizadas medições anatómicas com center lumen line. Apenas foram incluídos os doentes com um follow‐up imagiológico superior a 12 meses, o que resultou na exclusão de 33 (29%) casos. Os doentes foram divididos em 2 grupos: grupo com «anatomia favorável para EVAR» (f‐IFU); grupo com «anatomia desfavorável para EVAR» (df‐IFU).ResultadosDos 79 doentes elegíveis para o estudo, 35,5% (n=28) foram realizados em doentes do grupo df‐IFU. Estes doentes apresentaram AAA com maiores dimensões (64,4± 10,1mm vs. 60,6±10,8mm, p=0,046) e colos mais curtos (19,8±11,8mm vs. 30,4±14,4mm, p=0,001).A endoprótese mais utilizada foi a Endurant® (54,5%). Constatou‐se que o grupo df‐IFU é tratado mais frequentemente com endopróteses com sistema de fixação suprarrenal (85,7% df‐IFU vs. 69% f‐IFU, p=0,048).O tempo médio de follow‐up foi de 21,9±9,8 meses (12‐46 meses).A taxa de mortalidade perioperatória (0% df‐IFU vs. 2% f‐IFU) e a taxa de mortalidade global por todas as causas (12% df‐IFU vs. 11,9% f‐IFU) foi semelhante nos 2 grupos (p >0,05). Não se verificaram diferenças significativas nas taxas de endoleak (curto prazo 25% df‐IFU vs. 22% f‐IFU; médio prazo 12% df‐IFU vs. 23,8% f‐IFU) nem nas taxas de reintervenção (curto prazo 7,2% df‐IFU vs. 8% f‐IFU; médio prazo 4% df‐IFU vs. 4,8% f‐IFU) (p >0,05).ConclusãoA realização de EVAR em doentes com anatomia desfavorável produziu resultados que são comparáveis aos dos doentes com anatomia favorável, quer a curto quer a médio prazo. São necessários estudos a longo prazo para confirmar estes achados.AbstractBackgroundThe goal of this study is to determine the influence of abdominal aortic aneurysm (AAA) anatomy in endovascular aneurysm repair (EVAR) short and mid‐term outcomes.MethodsA total of 112 patients underwent programed aorto‐biiliac EVAR at a single center between January 2011 and December 2013. Pre and postoperative imaging follow‐up were retrospectively reviewed and anatomical measures were calculated on Osirix® with center lumen line. Only patients with a postoperative imaging follow‐up of more than 12 months were included, resulting in the exclusion of thirty three (29%) cases. Patients were divided into 2 groups: the “EVAR suitable anatomy” group (f‐IFU) and the “EVAR challenging anatomy” group (df‐IFU).ResultsA total of 35.5% (n=28) patients were in the df‐IFU group. These patients had larger AAA diameter (64.4±10.1mm vs 60.6±10.8mm) and shorter proximal neck (19.8±11.8mm vs 30.4±14.4mm) (p<0.05).The device preferentially used was Endurant® (54,5%). The df‐IFU group was more likely to be treated with suprarenal fixation devices (85.7% df‐IFU vs 69% f‐IFU, p=.048).Mean follow‐up was 21,9±9,8 months (12‐46).Perioperative mortality (0% df‐IFU vs 2% f‐IFU) and all‐cause mortality rates (12% df‐IFU vs 11,9% f‐IFU) were similar between the two groups (p>0.05). There was no significant difference in endoleak rate (short‐term 25% df‐IFU vs 22% f‐IFU; mid‐term 12% df‐IFU vs 23.8% f‐IFU) and in re‐intervention rates (short‐term 7.2% df‐IFU vs 8% f‐IFU; mid‐term 4% df‐IFU vs 4.8% f‐IFU)(p>0.05).ConclusionEndovascular treatment of AAA patients with challenging anatomy for EVAR provided acceptable short and mid‐term results that are comparable to those in patients with suitable anatomy. Long‐term follow‐up is unreliable necessary to confirm these results

    PLANEAMENTO, EVAR E FOLLOW UP SEM UTILIZAÇÃO DE CONTRASTE NA DOENÇA RENAL CRÓNICA

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    Introdução: Até 30% dos doentes submetidos a EVAR electivamente têm Doença Renal Crónica (DRC). A nefropatia induzida por contraste é uma complicação do EVAR. É possível realizar EVAR sem contraste ou minimizar a quantidade ultilizada, recorrendo à angiografia com CO2 e/ou IVUS (Intravascular ultrasound), em vez da angiografia convencional. Contudo, estes meios não estão disponíveis na maioria dos Hospitais, ao contrário do eco-Doppler que, em doentes com biótipo favorável e realizado por um profissional experiente, permite excluir endoleaks e confirmar a permeabilidade das artérias renais e hipogástricas. Objectivos: mostrar a exequibilidade do planeamento, EVAR e follow-up sem contraste, através da apresentação da técnica utilizada num caso clínico. Material e Métodos /Resultados: Doente do sexo masculino de 70 anos, com DRC por nefropatia por IgA, foi admitido no nosso hospital por AAA assintomático com 57 mm de maior diâmetro, após achado num TC sem contraste. Como o doente apresentava factores de risco para nefropatia induzida por contraste, uma anatomia favorável para EVAR e um bom biótipo para eco-Doppler abdominal, foi proposto para EVAR guiado por eco-Doppler e fluoroscopia, sem utilizaçção de contraste. O planeamento foi realizado por reconstrução no centre-lumen line e as medições realizadas foram outer-to-outer no TC sem contraste. O trombo no colo proximal, o diâmetro da bifurcação, bem como a permeabilidade das renais e ilíacas foram avaliados por eco-Doppler. Intraoperatoriamente, procedeu-se à cateterização da artéria renal mais distal, confirmada por eco-Doppler, ficando um fio guia hidrofílico como referência. O corpo principal da endoprótese (Gore Excluder®) foi introduzido e libertado em posição infrarenal, tendo como referencia o guia na renal, sob monitorização por eco-Doppler. De seguida, procedeu-se à cateterização de ambas as hipogástricas e um guia hidrofílico foi deixado como referência para a extensão bilateral. Um eco-Doppler final exclui a existência de endoleak tipo 1 e 3 e confirmou a permeabilidade das artérias renais e hipogástricas. Antes da alta, o doente foi submetido a eco-Doppler e TC que demonstraram a posição infrarenal adequada da endoprótese e a permeabilidade das renais e hipogástricas. Não houve alteração da função renal no internamento. Conclusões: O planeamento, o EVAR e o Follow-up são exequíveis sem recorrer ao contraste. Esta técnica justifica-se em casos com elevado risco para nefropatia induzida por contraste e doentes com um biótipo favorável para ecografia abdominal e uma anatomia favorável para EVAR

    EXCLUSÃO ENDOVASCULAR DE ANEURISMA TORACOABDOMINAL COM “OCTOPUS ENDOGRAFT”

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    Introdução: O envolvimento das artérias viscerais continua a limitar a aplicação dos meios endosvasculares mas, a cirurgia aberta está associada a elevada morbimortalidade. Com as endopróteses ramificadas e fenestradas, a exclusão endovascular é possível, mas estes dispositivos não estão amplamente disponíveis e requerem um perídodo para “customization”. Assim, não podem ser utilizados na maioria dos casos urgentes. Os autores apresentam um caso de exclusão endovascular de rotura aórtica com envolvimento das artérias viscerais com sucesso. Materiais e Métodos /Resultados: Doente do sexo masculino de 59 anos, inicialmente internado num Serviço de Medicina Interna por endocardite bacteriana a Staphylococcus aureus meticilino-sensível (MSSA), onde foi diagnosticada a rotura de aneurisma toracoabdominal secundário a aortite infecciosa e transferido para o nosso Serviço. Uma vez que carecia de tratamento urgente e tinha elevado risco anestésico-cirúrgico, foi submetido a exclusão endovascular do aneurisma com “octopus endograft”. Primeiro, uma endoprotese bifurcada (Excluder® 35x14x140) foi libertada ao nível da aorta torácica (T5), seguida de extensão da pata contralateral com uma endoprótese tubular (Excluder® 14x100mm). Depois, através da pata ipsilateral 3 extensões com stents cobertos (Viabahn®) foram realizadas, para as artérias renais e mesentérica superior. A angiografia final revelou exclusão do aneurisma, ausência de endoleaks e permeabilidade das artérias renais e mesentérica superior. O angioTC, após 1 semana, revelou endoleak 1a (tipo goteira) e endoleak 1b através da renal direita com preenchimento significativo do saco aneurismático. O doente foi re-operado, sendo realizada extensão distal do stent na renal direita e embolização com coils das goteiras. A angiografia final e o angioTC excluíram endoleaks e confirmaram a permeabilidade das artérias viscerais. Teve alta com antibioterapia dirigida para o MSSA isolado (flucloxacilina). Após 1 mês, foi re-internado por toracalgia. O angioTC revelou colecções periprotésicas, que foram submetidas a drenagem guiada por TC e antibioterapia dirigida (MSSA), com boa evolução clínica e imagiológica. Teve alta novamente medicado antibioterapia dirigida. No entanto, após 4 meses, o doente foi re-admitido por sépsis a MRSA e Klebsiella e caquexia. Imagiologicamente, angioTC e imunocintigrafia, foi excluída infecção protésica e diagnosticada espondilodiscite de vértebras torácicas (T11-12). Apesar da antibioterapia de largo espectro realizada, o doente faleceu após 2 semanas. Conclusão: Apesar do resultado final, sobretudo relacionado com complicações da infecção que esteve na origem do quadro, este caso demonstra a exequibilidade da exclusão endovascular de aneurismas toracoabdominais em urgência, sem recurso a endopróteses ramificadas ou fenestradas

    TÉCNICA KISSING STENT NO TRATAMENTO DE ESTENOSE DA ARTÉRIA INOMINADA

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    Introdução: A presença de estenose aterosclerótica sintomática da artéria inominada é uma patologia pouco frequente. Os autores apresentam a utilização da técnica kissing stent nas artérias subclávia e carótida comum direitas com stents cobertos com proteção cerebral por clampagem direta da carótida comum, como alternativa endovascular “híbrida” para o tratamento da estenose sintomática da artéria inominada. Caso Clínico: Doente de 75 anos, sexo masculino, admitido no Serviço de Cirurgia Vascular por acidentes isquémicos transitórios (AIT’s) de repetição do hemisfério direito, resultando em hemiparesia esquerda transitória. A angiografia por tomografia computorizada (angioTC) excluiu lesões carotídeas significativas e revelou estenose da artéria inominada associada a trombo mural com extensão para a bifurcação deste vaso. Realizou-se exposição cirúrgica da artéria carótida comum e axilar direitas. A proteção cerebral efetuou-se por clampagem direta da carótida comum e obteve-se acesso endovascular retrógrado carotídeo e axilar. Foram colocados dois stents cobertos expansíveis por balão nas artérias inominada, subclávia e carótida comum direitas, utilizando a técnica kissing stent. No final do procedimento verificou-se a boa permeabilidade dos eixos revascularizados e foi realizada expurga direta de eventual material embólico antes da desclampagem. O pós-operatório decorreu sem complicações. Conclusão: A técnica kissing stent, com stents cobertos, nas artérias subclávia, carótida comum e inominada com proteção direta da carótida comum por clampagem é uma solução possível e minimamente invasiva da estenose sintomática da artéria inominada

    Hematoma cervical e hemotórax espontâneos no contexto de neurofibromatose tipo I

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    Introdução: A neurofibromatose tipo I (NF1), também designada doença de Von Recklinghausen, é causada por uma anormalidade no cromossoma 17, de transmissão autossómica dominante, responsável pela produção deficiente de neurofibromina. Caracteriza-se por displasia nos tecidos mesodérmicos e neuroectodérmicos, e tem uma incidência de um para 2.500-3.300 nascimentos. A presença de manchas café-au-lait, neurofibromas cutâneos e hamartomas da íris são sinais cardinais da doença. Primeiramente descrita por Ruebi em 1945, a patologia vascular é uma complicação subestimada e pouco reconhecida na NF1. A ocorrência de hemorragia fatal ou quase fatal está reportada ocasionalmente nas cavidades pleural, abdominal, retroperitoneu, tecidos moles do tronco e extremidades. Esta hemorragia massiva é causada pela rutura de vasos sanguíneos friáveis, característicos pelos níveis reduzidos de neurofibromina e consequente proliferação endotelial e de músculo liso nas artérias e veias. Uma das consequências clínicas mais sérias descritas na NF1 é a ocorrência de hemorragia severa e dificuldade em alcançar controlo hemostático. Objetivo: Exposição de caso clínico de extenso hematoma cervical e hemotórax espontâneos por rutura troncos venosos braquiocefálico, veia subclávia e junção subclávio-jugular em doente com NF1. Caso clínico: Relata-se caso clínico de mulher de 51 anos, com antecedentes conhecidos de NF1 e hipertensão arterial. Foi admitida no serviço de urgência em choque hipovolémico hemorrágico, no contexto de dor súbita no ombro direito e volumosa tumefação cervical direita. Em angioTC foi objetivado volumoso hematoma, envolvendo a região cervical direita, a região retrofaríngea-prevertebral, escavado supraclavicular direito, mediastino, associando a importante hemotórax direito. Procedeu-se a abordagem supraclavicular com drenagem do hematoma e identificação de fontes hemorrágicas, nomeadamente: tronco venoso braquicefálico, veia subclávia e confluência subclávio-jugular. Foi necessária secção da clavícula para controlo hemorrágico e realização de rafias dos troncos venosos com prolene. Intraoperatoriamente, foi evidente a fragilidade e friabilidade excessiva dos vasos sanguíneos. Após controlo hemorrágico, foi realizada videotoracoscopia para drenagem de hemotórax e evacuação de coágulos, confirmando-se a ausência de hemorragia ativa. No pós-operatório a doente recuperou estabilidade hemodinâmica, sem evidência analítica de queda de hemoglobina. Realizou-se angioTC, onde se confirmou franca melhoria do hematoma cervical direito e retrofaríngeo em critérios quantitativos, e ausência de extravasamento de contraste. Objetivou-se adicionalmente aneurisma sacular da artéria vertebral direita, corrigido ulteriormente através de embolização com coils. Conclusão: A NF1 é uma doença genética que raramente se pode associar a hemorragia life-threatening. A vasculopatia é uma complicação subestimada e pouco reconhecida na NF1. A existência de friabilidade vascular excessiva com consequente hemorragia espontânea na NF1 é rara e pode ser fatal, exigindo um diagnóstico rápido e tratamento atempado

    Isquemia pélvica aguda: uma complicação fatal após tratamento endovascular de aneurisma aorto-ilíaco com prótese ramificada da ilíaca

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    Introdução: A oclusão da artéria hipogástrica pode ser necessária na reparação endovascular de aneurismas da aorta abdominal (EVAR). A oclusão intencional da hipogástrica pode ter complicações isquémicas. As endopróteses de bifurcação ilíaca (IBD) surgiram como alternativa endovascular à oclusão da hipogástrica em doentes com elevado risco para isquemia pélvica. Os autores descrevem um caso de oclusão precoce do ramo hipogástrico de IBD com graves consequências clínicas. Caso clínico: Sexo masculino, de 74 anos, com aneurisma da aorta abdominal (diâmetro máximo de 55mm) com envolvimento de ambas as bifurcações ilíacas e segmentos proximais das hipogástricas (diâmetro máximo de 31 e 32 mm), submetido a EVAR com revascularizac¸ão hipogástrica esquerda via IBD (Cook Zenith®) e coiling + overstenting da artéria hipogástrica contralateral. O procedimento decorreu sem complicações e a angiografia final mostrava permeabilidade da hipogástrica revascularizada e escassa colateralidade pélvica. O pós-operatório imediato complicou-se de dor lombar e glútea bilateral associada a manifestações cutâneas isquémicas e monoparesia do membro inferior esquerdo. Por agravamento progressivo nas primeiras 24 h e angioTC com oclusão do stent da hipogástrica esquerda, procedeu-se novamente a revascularização da hipogástrica, com bom resultado na angiografia final. Apesar da revascularização bem-sucedida, houve agravamento progressivo do estado geral, com isquemia pélvica irreversível e rabdomiólise. Óbito ao 5.◦ dia pós-operatório.  Conclusão: A isquemia pélvica aguda é uma complicação grave e frequentemente fatal que pode advir da oclusão bilateral das artérias hipogástricas. A falência da revascularização por IBD pode ser fatal, pelo que os autores aconselham um cuidado redobrado no controlo angiográfico final e um baixo limiar para investigação na suspeita de complicações pós-operatórias. Se maior risco de falência técnica, embolização ou escassa colateralidade pélvica, a preservação bilateral de fluxo nas artérias hipogástricas pode estar recomendada

    Preservação das artérias hipogástricas com endoprótese ramificada no tratamento endovascular de aneurismas aorto-ilíacos The Zenith iliac bifurcation Device (IBD) for preservation of the internal iliac arteries during endovascular repair of aortic-iliac aneurysms

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    Introdução: Os doentes com indicação para tratamento endovascular de aneurismas da aorta abdominal (EVAR) apresentam frequentemente artérias ilíacas comuns ectasiadas ou aneurismáticas, o que impossibilita a sua utilização como zona de encoragem distal da endoprótese. Em cerca de 15 a 30% dos casos pode existir necessidade de oclusão/embolização de uma ou de ambas as hipogástricas, com extensão da endoprótese para a artéria ilíaca externa. Isto tem sido associado a casos de claudicação glútea, isquémia intestinal, deficits neurológicos, e de disfunção vesical, intestinal e eréctil. O uso de endopróteses com ramo para a artéria hipogástrica apresenta-se como uma recente inovação que permite a preservação desta artéria e evitar estas complicações. Caso clínico: Homem de 63 anos, com antecedentes de cirurgia aórtica com interposição protésica aorto-aórtica em 2008 por aneurisma da aorta abdominal (AAA) infra-renal, admitido para tratamento endovascular de aneurisma das artérias ilíaca comum e hipogástrica direitas, com 3,3 cm de maior diâmetro. O doente foi submetido a colocação por via femoral de endoprótese Zenith® ramificada para bifurcação ilíaca com preservação da artéria hipogástrica. Conclusões: A utilização de endopróteses ramificadas para a bifurcação ilíaca durante a correcção endovascular de aneurismas aorto-ilíacos para ser uma forma segura e pouco complexa de garantir a preservação das artérias hipogástricas e minimizar as complicações associadas à sua oclusão.Introduction: A significant portion of patients presenting for endovascular aneurysm repair of the abdominal aorta (EVAR) have aneurysmatic or ectasied common iliac arteries, raising distal anchorage issues. In these cases, it may be necessary occlusion / embolization of one or both hipo gastric arteries with extension of the endoprothesis to the external iliac artery. This procedure has been associated to gluteal claudication, intestinal ischemia, vesical and intestinal disfunction, neurologic deficits and impotence. The use of branched endoprothesis with preservation of the hypgastric artery is a recente innovation to reduce such complications. Clinical case: A 63 year-old male, previously submitted to an open repair of an abdominal aortic aneurysm with an aorto-aortic prothesis, was admitted for endovascular treatment of an aneurysm of the right common and internal iliac arteries with 3,3cm. A Zenith® branched endoprothesis with a branch to the iliac bifurcation was deployed via right femoral access, thus assuring preservation of the hypogastric artery. Conclusion: Hypogastric preservation necessity during EVAR in aorto-iliac aneurysms may be achieved in a secure and simple way through the placement of endoprothesis to the iliac bifurcation

    Rotura de aneurismas da aorta torácica: evidência para a endo-solução Rupture of thoracic aortic aneurism: evidence for endovascular approach

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    A rotura de aneurismas da aorta torácica descendente é uma situação rara mas frequentemente fatal, apesar do tratamento adequado. Esta revisão pretende resumir a evidência actual para o tratamento endovascular desta patologia. Na última década, a introdução de técnicas endovasculares para tratar aneurismas torácicos em rotura levou a significativas mudanças no paradigma terapêutico, associadas a uma importante redução na mortalidade peri-operatória. Estudos comparativos revelam uma redução para metade na mortalidade aos 30 dias, assim como uma redução nas complicações precoces, nomeadamente pulmonares e renais. Apesar do benefício precoce, o tratamento endovascular associa-se a uma maior taxa de complicações relacionadas com o procedimento, nomeadamente endoleaks. O seguimento imagiológico rigoroso permite a detecção precoce destas complicações permitindo a sua resolução electiva. Assim, conclui-se que o tratamento preferencial da rotura da aorta torácica descendente é a implantação de uma endoprótese aórtica, desde que anatomicamente exequível.Ruptured descending thoracic aneurysms are rare but frequently fatal conditions, despite adequate treatment. This revision aims to summarize the current evidence for endovascular repair of this pathology. In the last decade, introduction of endovascular techniques to treat ruptured thoracic aneurysms resulted in significant changes in the treatment paradigm, associated with important reductions in peri-operative mortality. Comparative studies have shown a two-fold reduction in 30-day mortality, and also a reduction in early morbidity, especially pulmonary and renal complications. Despite the early benefit, endovascular repair is associated with a higher device-related complication rate, particularly endoleaks. Rigorous follow-up allows for early detection and elective treatment of these complications. In conclusion, the preferential treatment for ruptured descending thoracic aneurysms is the implantation of an endograft, provided anatomical suitability

    Risco da exposição à radiaç ão ionizante durante procedimentos endovasculares

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    ResumoObjectivosCom a generalização dos procedimentos endovasculares, cresce a preocupação com os efeitos deletérios que a execução continuada de tais procedimentos radiológicos acarreta. Com este trabalho pretendeu-se avaliar e quantificar a distribuição pela equipa cirúrgica da exposição à radiação dispersa, emitida por um aparelho portátil de radioscopia com arco cirúrgico (arco em C), durante a utilização em bloco operatório.Material e métodosO registo e avaliação da dose de radiação foram efectuados em sala do bloco operatório reproduzindo as condições habituais em que decorrem os procedimentos endovasculares. Para a simulação geométrica do tórax do doente foi utilizado um fantoma cilíndrico de polimetilmetacrilato (PMMA) com 15cm de espessura. A radiação dispersa foi medida para o local do cirurgião, ajudante, anestesista e enfermeira instrumentista, através de um monitor de radiação portátil RaySafe Xi Survey Detector, tendo sido ajustada a medição para a avaliação da taxa de dose de exposição à radiação em mGy/s a diversas alturas do solo e distâncias do doente. Utilizou-se ainda o detetor RaySafe Xi R/F para a medição da taxa de dose de exposição na superfície de entrada da pele do doente. As medições foram efectuadas em modo de fluoroscopia pulsada de 4 quadros por segundo (qps), subtração digital e roadmap, com a combinação dos três modos de magnificação electrónica disponíveis (Mag1, Mag2 e Mag3). Em todos os casos foi considerada a Dose 3, o nível de dose máxima do aparelho que fornece a melhor qualidade de imagem através do controlo automático em tempo real do contraste e do brilho.ResultadosA análise dos dados permitiu determinar a distribuição da radiação dispersa pela equipa assistente, constatando-se como nível máximo de exposição, a altura ao solo de 120cm no modo de subtracção digital e roadmap. A este nível, a intensidade da radiação dispersa em relação à taxa de dose de exposição na superfície de entrada da pele do doente é distribuída em 0,47% pelo cirurgião, 0,21% pelo anestesista, 0,32% pelo ajudante e 0,13% pela enfermeira instrumentista. A utilização de subtração digital e roadmap aumentou o nível de radiação cerca de 5 vezes em relação à fluoroscopia pulsada a 4qps, tanto na taxa de dose de exposição na superfície de entrada da pele do doente como na radiação dispersa pela equipa. Quando utilizados os meios de proteção radiológica os níveis de radiação foram consideravelmente inferiores.ConclusõesAtendendo à dispersão prevista da radiação determinou-se que a proximidade da ampola aumenta a quantidade de radiação dispersa que atinge o corpo. Quando utilizado o equipamento de proteção individual, os níveis de radiação dispersa são consideravelmente menores e permitem doses acumuladas abaixo dos limites aceitáveis.AbstractObjectivesThe resource to endovascular procedures has become progressively more frequent and has increased concerns regarding the deleterious effects from radiation exposure. The purpose of this investigation is to evaluate and quantify scattered radiation exposure to which the patient and the surgical team are exposed, produced by a portable C-arm radioscopy unit during its use in the operating theatre.Material and methodsRadiation dose was measured in a controlled operating room with reproduction of usual conditions experienced during endovascular procedures in our operating theatre. A 15cm polimetilmetacrilate phantom was used as a geometrical simulation of the thorax. The scattered radiation was measured in several positions which were determined according to the usual distribution of the surgical and anesthesiological team in the room and at several heights. Radiation quantification was accomplished with resource to a portable radiation monitor RaySafe Xi Survey Detector, adjusting dose rate in mGy/s. Additionally, a RaySafe Xi R/F detector was used to measure the skin entrance exposure of the simulated patient. Readings were taken in pulsed fluoroscopy mode at a frequency of 4 frames per second (fps), digital subtraction mode and roadmap mode. The different magnifications available (Mag 1, 2 and 3) were also combined with each of these modes. In all situations, x-ray unit radiation dose was setted on level 3 which usually provides the best quality images with automatic real-time control of contrast and brightness.ResultsData analysis determined the distribution of scattered radiation among all elements of the surgical team. Maximum level of exposures was found at a height of 120cm in digital subtraction and roadmap modes. In this setting, surgical team scattered radiation exposure rates relative to patient skin entrance exposure rates were 0.47% for the surgeon, 0.21% for the anesthesiologist, 0.32% for the first assistant and 0.13% for the instrumenting nurse. The use of digital subtraction and roadmap increased levels of radiation exposure to patient and surgical team 5 times in comparison to pulsed fluoroscopy mode at 4fps. When personal radiation protection shielding was used, radiation levels were considerably inferior.ConclusionsProximity to the radiation x-ray tube increases significantly the amount of scattered radiation received. With the use of personal radiation shielding, the exposure is considerably lower and recommended radiation dose limits are not exceeded
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