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    De traceuse para traceuse: entrevista com Lígia Ferro

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    Já tendo traçado conexões entre o Brasil e Portugal em suas investigações multilocalizadas, Lígia Ferro vem revelando importantes percursos para as discussões da Etnografia Urbana em língua portuguesa. Docente auxiliar do Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (UP), onde se licenciou em Sociologia, é também pesquisadora do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto (ISUP) e investigadora colaboradora do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (..

    Cidade espetáculo: breve ensaio sobre a exaltação da altura na 14a Virada Cultural de São Paulo

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    Este relato parte de um encontro entre a observação etnográfica dos usos da verticalidade durante a Virada Cultural – um evento anual aberto, que ocupa as ruas do centro paulistano ao longo de 24 horas corridas – e a situação corporal vertical – em que me suspendo por cordas para a prática de uma modalidade artística e esportiva. O encontro em questão configura a perspectiva em que a observação se dá: ora acompanhando o público geral da programação do evento, ora compondo essa mesma programação, isto é, como artista em apresentação – nesse caso, a uma distância vertical de dezenas de metros em relação aos espectadores. As implicações da determinação sobre de onde observar o que se observa nesse contexto talvez possam servir à discussão acerca de como acessar e investigar usos possíveis de um espaço amplamente presente na cidade de São Paulo: a altura

    Pendências: como corpos que se penduram usam e fazem a cidade

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    Este trabalho discorre sobre as práticas verticais - um conjunto de maneiras de deslocamento pedestre pelo eixo vertical, com uso de equipamentos para suspensão do corpo, como arneses, fixados a cordas por meio de mosquetões - e seus impactos sobre a significação do espaço (e) da cidade, especialmente em relação a percepções funcionalizadas da arquitetura urbana. Para tanto, toma o caso especialmente notável da presença dessas práticas no viaduto Sumaré, na zona oeste da capital paulista, onde é possível encontrá-las em realização contínua desde meados da década de 1990. A pesquisa descreve e analisa situações do caso a fim de identificar o que as estabelece, como as práticas significam a si mesmas, à cidade, suas estruturas e seus usos. Como resultado, sugere uma identificação dos usos não-previstos da cidade como expressão citadina do caráter incapturável da movimentação corporal autônoma, bem como de uma potencialidade inventiva no fazer-cidade, que transpassa os limites do controle institucional, da previsão funcionalista e do determinismo do Poder estruturante.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES
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