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    As Representações Da Violência Obstétrica No Brasil

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    RESUMO: A violência obstétrica materializa-se como negligência, violência verbal e física, além do abuso sexual. Ademais, é caracterizada por discursos abstratos e retóricos, como comportamental ligada a exceções, escondendo seu enfoque patológico, eliminando-se as esferas sociais, culturais e existenciais; que a configuram como institucional. Diante disso, o trabalho teve como objetivo analisar as representações desse quadro na realidade brasileira, seja na gestação, parto ou pós-parto dada a relevância e gravidadeque configura esse tema como incipiente e permeado por imprecisões. O recorte para o tema da violência obstétrica se deu através de uma mini revisão integrativa da literatura. Os artigos analisados foram veiculados pelas seguintes bases de dados: US National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo) que se adequaram aos descritores mulher, profissional de saúde, violência, parto obstétrico e obstetrícia. São datados entre 2015 a 2017. Encontrou-se como resultados que a violência obstétrica está enraizada no modelo biomédico hegemônico, questão intocável no discurso dos órgãos de classe, invisível no campo judicial, resistente ao diálogo e, tendo o papel da mulher diminuído no binômio materno-fetal. Além disso, esse debate ultrapassa a polarização entre o parto espontâneo e a cesárea eletiva, cristalizando hostilização e infantilização às parturientes. Conclui-se a necessidade de reconstrução do processo dedecisão das mulheres, desconstrução da banalização de intervenções danosas, desenvolvimento de práticas médicas que enfatizem a autonomia, civilidade e preservem a sexualidade e saúde materna, evidenciando novas emergências discursivas e práticas para eliminar essa vontade de exclusão da mulher

    Prevalência dos fatores de risco gestacionais associados ao Transtorno do Espectro do Autista, no município de Anápolis-GO

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    O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por comportamentos repetitivos, interesses restritos, deficiência na interação social e na comunicação. Configura-se como um transtorno complexo, multigênico, multifatorial e aditivo. Os fatores genéticos são majoritários em relação aos fatores ambientais, entretanto, por ser um transtorno multifatorial e aditivo, estes também podem contribuir para o seu desenvolvimento, sendo eles: idade parental avançada, síndrome metabólica materna - que envolve diabetes gestacional, hipertensão e sobrepeso -, uso de ácido valproico pela mãe, infecções durante a gestação, prematuridade, baixo peso ao nascer, hipóxia neonatal, intervalo curto entre as gestações e irmãos autistas. Dessa maneira, devido à carência de estudos no Brasil e à importância dos conhecimentos relativos ao tema, objetiva-se, com o presente trabalho, analisar os fatores de risco envolvidos com indivíduos diagnosticados com Transtorno do Espectro do Autismo no município de Anápolis-GO. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo e qualitativo realizado nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Anápolis (APAE) e ambulatórios do SUS, no município Anápolis-GO, através de uma entrevista, baseada em um questionário, com pais de crianças diagnosticadas com autismo e autistas. À vista disso, será possível analisar a prevalência dos fatores de risco nos autistas do município de Anápolis-GO e, assim, pretende-se contribuir com a comunidade científica, por meio da divulgação, publicação e posterior apresentação do resultado desse estudo
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