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    Detecção do virus ‘HoBi’-like (BVDV-3) em bovino no semiárido do Estado da Paraíba

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    RESUMO: Objetivou-se descrever os aspectos clínicos e anatomopatológicos, e a identificação viral de um caso de infecção pelo vírus ‘Hobi’-like (BVDV-3) em bovino do semiárido paraibano, Nordeste do Brasil. Um bovino, fêmea, três meses de idade, foi levado ao Hospital Veterinário da UFCG apresentando salivação, dificuldade de apreensão do teto, falta de apetite, fezes escuras e em pouca quantidade. Diante da piora do quadro clínico optou-se por sua eutanásia in extremis, seguida da realização da necropsia e coleta de material para histopatologia. Histologicamente, nas mucosas do trato digestivo, havia edema, degeneração balonosa, necrose e infiltrado inflamatório, que foi observado na face dorsal da língua e no seu epitélio mais profundo. A imunohistoquímica de amostras de extremidade de pavilhão auricular demonstrou marcação antigênica positiva e pela RT-PCR foi possível detectar RNA viral do BVDV no soro sanguíneo, cujo efeito citopático em células epiteliais de rim bovino da linhagem “Madin Darby bovine kidney” (MDBK) não foi observado. O sequenciamento do gene 5’NCR demonstrou que o vírus isolado estaria mais relacionado ao ‘Hobi’-like (BVDV-3). Após a confirmação do diagnóstico foram coletadas amostras de soro dos 23 animais do rebanho para sorologia por ELISA indireto, sendo constatada 69,6% (16/23) de soropositividade. A identificação deste novo caso de infecção por ‘Hobi’-like na Paraíba reafirma a necessidade de um monitoramento regular para BVDV na região para detecção precoce da infecção dos rebanhos e adoção de medidas eficazes de prevenção e controle

    Aversão alimentar condicionada para o controle da intoxicação por Ipomoea carnea subsp. fistulosa em caprinos

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    A aversão alimentar condicionada é uma técnica que pode ser utilizada em animais para evitar a ingestão de plantas tóxicas. O presente estudo teve como objetivo testar a eficiência e durabilidade da aversão alimentar condicionada em caprinos para evitar o consumo de Ipomoea carnea subsp. fistulosa. Foram utilizados 14 caprinos jovens da raça Moxotó, que foram adaptados ao consumo da planta. Inicialmente foi administrada I. carnea subsp. fistulosa dessecada e triturada misturada à ração concentrada por 30 dias e, posteriormente, foi fornecida a planta verde por mais 10 dias. Para constatação da adaptação ao consumo da planta os caprinos foram colocados a pastar em um piquete de 510 m² onde tinha sido plantada I. carnea subsp. fistulosa em uma área de 30m² (10 plantas/m²). No 42º dia de experimento, após a constatação do consumo espontâneo os animais receberam a planta verde individualmente na baia por alguns minutos, e todos os animais que consumiam qualquer quantidade da planta foram tratados com uma solução de LiCl na dose 175mg por kg de peso vivo. Este procedimento repetiu-se por mais dois dias. Posteriormente, os caprinos foram divididos em dois grupos: Grupo 1 com seis animais, quatro deles avertidos e dois não avertidos (facilitadores); e o Grupo 2, com oito caprinos, todos avertidos. Para constatar a eficiência e duração da aversão e a influência de animais facilitadores na durabilidade da aversão, os caprinos foram colocados a pastar, em dias alternados, três dias por semana, durante duas horas, no piquete plantado com I. carnea subsp. fistulosa. Por 12 meses os animais foram monitorados durante o pastejo, identificando-se o consumo e a preferência dos animais pelas plantas presentes no piquete. No Grupo 1 tanto os caprinos avertidos quanto os não avertidos iniciaram a ingerir a planta em 1-6 semanas e gradualmente foram aumentando a planta consumida, mas nunca a ingeriram exclusivamente. Nenhum caprino do Grupo 2 iniciou a ingestão da planta durante os 12 meses de experimento. Após esse período a área do piquete destinada ao plantio de I. carnea subsp. fistulosa foi ampliada para 80m² e os animais foram novamente introduzidos, com tempo de pastejo na área aumentado para quatro horas durante cinco dias na semana. Nesta fase todos os caprinos do Grupo 1 ingeriram a planta em grande quantidade. Os caprinos do Grupo 2 iniciaram gradualmente a ingerir a planta e a aversão se extinguiu, em todos os animais, após dois meses. A concentração de swainsonina em I. carnea subsp. fistulosa foi de 0,052±0,05% (média±SD). Conclui-se que a aversão alimentar condicionada é eficiente para evitar a ingestão de I. carnea subsp. fistulosa. No entanto, a duração da mesma depende, entre outras coisas, da quantidade de planta presente na área de pastoreio e do tempo de exposição e se extingue rapidamente por facilitação social

    Swinepox dermatitis in backyard pigs in Northeastern Brazil

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    Abstract: This article describes five outbreaks of swinepox in backyard pigs in Northeastern Brazil. It affected backyard pigs from herds of poor hygienic-sanitary conditions with severe fly and lice infestations. The morbidity ranged from 33.3 to 100% among affected herds, with mortality reaching up to 60%. The affected pigs developed multifocal to coalescent gray to white papules and blisters in the skin, with eventual eruptions, evolving to erosions and crusts. In addition to skin lesions, affected piglets presented apathy, anorexia and fever. The disease was auto-limiting, resolving within 15 to 25 days. Histological examination revealed proliferative and ulcerative vesiculopustular dermatitis with ballooning degeneration of epithelial cells, perivascular inflammatory infiltrates of lymphocytes, plasma cells, neutrophils, eosinophils and some macrophages in the dermis. Intracytoplasmic eosinophilic inclusions were consistently observed in keratinocytes. Total DNA extracted from fresh tissue fragments obtained from one outbreak and formalin-fixed, paraffin-embedded (FFPE) tissue from the other four outbreaks was submitted to polymerase chain reaction (PCR) for Swinepox virus (SWPV) and Vaccinia virus (VACV). Genetic SWPV material was identified by PCR in fresh material from one outbreak. Nucleotide sequencing and phylogenetic analysis of the PCR amplicons (viral polymerase gene) demonstrated 100% homology with sequences from SWPV. All tissues were PCR negative for VACV. Swine poxvirus is present in backyard pigs in Northeastern Brazil, indicating the need of including SWPV in the differential diagnosis of dermatitis in pigs

    Degenerative axonopathy associated with copper deficiency in pigs

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    ABSTRACT: The epidemiological, clinic and morphological (pathological and ultrastructural) aspects of four outbreaks of copper deficiency affecting 21- to 90-day-old pigs in the Northeast region of Brazil are reported. Clinical signs began with paraparesis and ataxia and progressed to flaccid or spastic paralysis of the pelvic and thoracic limbs, followed by sternal and/or lateral recumbence. In addition, some animals showed dog-sitting position and intention tremors. The clinical manifestation period was 5-20 days. Significant gross lesions were not observed; however, microscopically, symmetrical degeneration of the white matter with ballooned myelin sheaths containing occasional macrophages was observed, mainly in the spinal cord. Two pigs presented with necrosis ad loss of Purkinje cells and ectopic Purkinje cells in the granular layer and cerebellar white matter. A ultrastructural analysis showed different degrees of damage of myelinated axons in the spinal segments, including an absence of the axoplasm structures with only axonal residues remaining. The myelin sheaths were degenerated and often collapsed into the space previously occupied by the axon. These results suggest that myelin degeneration is secondary to the axonal lesion. Finally, the concentration of copper in the liver was determined using atomic absorption spectrophotometry and was found to be low (ranging from 2.2 to 10.8 ppm). In conclusion, in the Brazilian semiarid region, Cu deficiency occurs in 21 to 90-day-old pigs that ingested different types of waste in their food

    Aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos da hepatite infecciosa canina: 15 casos

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    RESUMO: Descrevem-se os principais aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos de casos de hepatite infecciosa canina diagnosticados no Laboratório de Patologia Animal da Universidade Federal de Campina Grande, durante o período de janeiro de 2003 a dezembro de 2016. Dos 1.640 cães necropsiados, 15 foram diagnosticados como hepatite infecciosa canina (0,91%). Dos cães acometidos nove eram machos e seis fêmeas. As idades variaram de 45 dias a sete anos, sendo a maioria filhotes. Dez animais não apresentavam raça definida, quatro eram Poodles e um Rottweiler. A maioria dos cães não recebeu nenhum tipo de protocolo vacinal. Os cães eram oriundos dos municípios de Patos, São Mamede e Teixeira, pertencentes ao estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. A maioria dos cães apresentou curso clínico variando de hiperagudo a agudo. Os principais sinais clínicos foram convulsão, apatia e hiporexia. Na necropsia, as principais alterações foram observadas no fígado que se apresentava de pálido a alaranjado e com áreas irregulares avermelhadas na superfície capsular, além de acentuação do padrão lobular e edema na parede da vesícula biliar. Hemorragias foram observadas em vários órgãos. Na histopatologia havia necrose centrolobular de hepatócitos associada a corpúsculos de inclusão viral intranucleares, hemorragia e infiltrado inflamatório misto. O diagnóstico foi estabelecido com base nas características lesões histopatológicas e foi confirmado por imuno-histoquímica. A hepatite infecciosa canina ocorre ocasionalmente na Paraíba, acometendo particularmente cães jovens e não vacinados
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