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    Quimioterapia neoadjuvante seguida de cirurgia radical em paciente grávida com câncer de colo de útero: relato de caso e revisão de literatura Neoadjuvant chemotherapy followed by radical surgery in pregnant patient with invasive cervical cancer: case report and literature review

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    Em pacientes grávidas portadoras de câncer de colo de útero (CCU), as opções terapêuticas dependem da idade gestacional, do estágio clínico e do desejo da paciente. Alguns autores relataram casos de quimioterapia neoadjuvante seguidos de cirurgia radical nessas pacientes. O objetivo deste artigo foi revisitar o assunto, adicionar um novo caso e revisar a literatura. Relatamos o caso de uma mulher de 30 anos, na 24ª semana de gestação, que teve diagnóstico de câncer de colo de útero (carcinoma escamoso grau II), estágio IIB (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia - FIGO). Nulípara, a paciente recusou a interrupção da gravidez. Após meticuloso esclarecimento, a paciente aceitou tratamento com quimioterapia neoadjuvante com cisplatina 75 mg/m² e vincristina 1 mg/m², além de posterior avaliação de cirurgia radical e parto cirúrgico concomitantes. Quatros ciclos completos de quimioterapia foram administrados sem atrasos ou efeitos adversos importantes. Poucos dias antes da data programada para a cirurgia, a paciente foi admitida em trabalho de parto na 37ª semana de gestação. Devido à resposta clínica completa do tumor, a equipe obstétrica optou por monitorar o trabalho de parto, e a paciente deu à luz um recém-nascido de 2.450 g, sem intercorrências. A cirurgia radical foi realizada três dias após o parto, e a análise histopatológica revelou carcinoma confinado ao colo sem envolvimento linfonodal. Mãe e filho se encontram em bom estado geral 12 meses após o parto. Quimioterapia baseada em cisplatina durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez parece ser uma opção para as pacientes que não desejam a interrupção da gravidez enquanto se aguarda a maturidade fetal. Entretanto, estudos adicionais são necessários para confirmar o prognóstico e a segurança dos recém-nascidos e das pacientes.<br>The treatment options for pregnant patients with invasive cervical cancer (ICC) depend on gestational age, clinical stage and the patient's wishes. Some authors have reported cases of neoadjuvant chemotherapy followed by radical surgery in these patients. The aim of this paper was to revisit this subject and to add a new case and review the literature. We report the case of a 30 year-old woman in the 24th week of gestation. She was diagnosed with ICC (squamous cell carcinoma grade 2), stage IIB (International Federation of Gynecology and Obstetrics - FIGO). Nulliparous, the patient refused to interrupt the pregnancy. After meticulous counseling, the patient accepted treatment with neoadjuvant chemotherapy (cisplatin 75 mg/m² and vincristine 1 mg/m²) and subsequent evaluation of radical surgery concomitant to a cesarean section. Four complete cycles of chemotherapy were administered without delays or significant adverse effects. A few days before the date scheduled for surgery, the patient was admitted in advanced labor (37th week of gestation). Due to tumor clinical response, the obstetric team decided to monitor the labor, and the patient gave birth to a male newborn (2,450 g) uneventfully. Radical surgery was performed three days after birth, and histopathology analysis revealed carcinoma confined to the cervix without lymphatic involvement. Mother and son are in good general condition 12 months after delivery. Cisplatin-based chemotherapy during the second or third trimester of pregnancy appears to be a safe option for patients who do not wish to interrupt a pregnancy while awaiting fetal maturity. However, additional studies are needed to confirm the prognosis and assure the safety of newborns and patients

    Um alerta sobre teratógenos em Roraima

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    Teratology studies the environmental contribution in the abnormal development of the child. Teratogens are defined as any substance, organism, physical agent or state of deficiency that is present in embryonic or fetal life, produces a congenital defect. Although in the current literature there is no epidemiological survey about congenital malformations for the state of Roraima, we present here that this Amazonian space is a favorable environment for the development of these anomalies. As the state's economy is focused on agricultural and mining activities, waste from these activities, such as heavy metals and agrochemicals, routinely pollute soils and rivers and, consequently, plantations destined for animal and human consumption. In addition, some native plants, used for medicinal purposes by a large part of the roraimenses, have teratogenic potential or abortive characteristics. In addition, Roraima's own climate favors the proliferation of mosquitoes transmitting infectious agents, which are considered as teratogenic agents, such as Dengue and Zika viruses. We also highlight the risks related to the use of medications and the consumption of alcohol and tobacco during pregnancy. This article aims to alert the general population about the potential impacts caused by teratogens presente in our environment and our daily life.A teratologia estuda a contribuição ambiental no desenvolvimento anormal da criança. Já os teratógenos são definidos como qualquer substância, organismo, agente físico ou estado de deficiência que estando presente na vida embrionária ou fetal, produz um defeito congênito. Embora na literatura atual não exista um levantamento epidemiológico sobre malformações congênitas para o estado de Roraima, apresentamos aqui que esse espaço Amazônico é um ambiente favorável para o desenvolvimento dessas anomalias. Como a economia do Estado está voltada para trabalhos na área da agropecuária e mineração, os resíduos dessas atividades, como metais pesados e agrotóxicos, rotineiramente poluem os solos e rios e, consequentemente, plantações destinadas à alimentação de animais e humanos. Além disso, algumas plantas nativas, utilizadas para fins medicinais por grande parte dos roraimenses, apresentam potencial teratogênico ou características abortivas. No mais, o próprio clima de Roraima propicia a proliferação de mosquitos transmissores de agentes infecciosos, considerados como agentes teratogênicos, tais como, os vírus da Dengue e Zika. Destacamos também os riscos relacionados ao uso de medicamentos e ao consumo de álcool e fumo durante a gestação. Esse artigo visa alertar a população em geral sobre os potenciais impactos causados por teratógenos presentes em nosso ambiente e nosso cotidiano
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