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    Factores de virulĂȘncia em Streptococcus pyogenes

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    Tese de mestrado. Biologia (Biologia Celular e Biotecnologia). Universidade de Lisboa, Faculdade de CiĂȘncias, 2010Streptococcus pyogenes, um dos agentes patogĂ©nicos mais comuns a nĂ­vel mundial, pode provocar uma grande variedade de patologias como faringites, amigdalites, infecçÔes da pele e tecidos moles ou patologias mais graves como a escarlatina e a sĂ­ndrome do choque tĂłxico. Na tentativa de ajudar a esclarecer se a presença de factores de virulĂȘncia estĂĄ relacionada com a origem dos isolados, no presente trabalho foi realizada a pesquisa de genes de virulĂȘncia (e.g. speA, speC, speH, speJ, speI, speK, speL, speM, prtF1, spd1, slaA, ssa) em 208 isolados de S. pyogenes provenientes de quatro origens distintas: colonização, faringite/laringite, infecção da pele/tecidos moles e doença invasiva. De modo a complementar o estudo foi analisada a expressĂŁo gĂ©nica de quatro dos genes de virulĂȘncia (speA, ssa, slaA e spd1) em vinte isolados seleccionados da amostra inicial, apĂłs crescimento em dois meios de cultura, BHI e 2YT. Adicionalmente, e de forma a averiguar se esses mesmos genes seriam de origem fĂĄgica, procedeu-se ainda a testes em placa apĂłs indução com mitomicina C. Como principais resultados pode-se referir que enquanto para os isolados de colonização a percentagem de presença de genes de virulĂȘncia apresenta um mĂĄximo de 38,7% (36/93), nos isolados provenientes de infecção atinge o valor de 83,3% (10/12). Estes resultados levam a crer que, isolados provenientes de doença invasiva apresentam maior quantidade de genes de virulĂȘncia. Dos quatro genes pesquisados no estudo preliminar de expressĂŁo gĂ©nica apenas para dois, spd1 e ssa, foi observada expressĂŁo nas condiçÔes em anĂĄlise, sendo o maior nĂ­vel de expressĂŁo observado no meio de cultura BHI, que simula condiçÔes de infecção. Globalmente, os resultados obtidos no presente estudo indicam uma associação entre factores de virulĂȘncia e doença invasiva, tanto no estudo de presença como no de expressĂŁo. No entanto, devido ao nĂșmero reduzido de isolados incluĂ­dos nos estudos de expressĂŁo e indução, as conclusĂ”es retiradas necessitam de confirmação em futuras investigaçÔes.Streptococcus pyogenes, is one of the most common pathogens worldwide. It can cause several diseases such as pharyngitis, tonsillitis, skin and soft tissues infections or other more severe pathologies, like scarlet fever and streptococcal toxic shock syndrome. In order to know if the presence of streptococcal virulence factors is associated with the origin of the isolates, we performed a screening for the presence of virulence genes (e.g. speA, speC, speH, speJ, speI, speK, speL, speM, prtF1, spd1, slaA, ssa) in 208 isolates of S. pyogenes from four distinct origins: colonization, tonsillitis/pharingytis, skin and soft tissues infections and invasive disease. In order to complement the previous analysis, we selected four virulence genes (speA, ssa, slaA e spd1) and studied their gene expression in twenty isolates selected from the initial sample, after growth in two media, BHI and 2YT. Additionally, in order to verify if the same genes had fagic origin, we performed plate assays after induction with mitomycin C. The results showed that isolates from colonization possess 38,7% (36/93) of virulence genes, while infection isolates presented up to 83,3% (10/12). These results suggest an association between isolates from invasive disease and a higher number of virulence genes. Regarding gene expression, two of the four genes were analyzed, spd1 e ssa, were expressed during growth in BHI and 2YT. The higher level of expression was observed when using BHI, a medium simulating infection settings. As for the induction with mitomycin C, we were able to verify that four of the isolates induced halos, pointing to the presence of bacteriophages in those streptococci. Overall, the results obtained in the present investigation pointed towards an association between virulence factors and invasive disease, regarding both their presence and expression. However, due to the small number of isolates included in the expression and induction studies these conclusions need further confirmation in future investigations
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