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    Perfil de utilização de medicamentos e conciliação medicamentosa em pacientes admitidos em uma unidade de oncohematologia de um hospital do sul do Brasil

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    Os avanços na terapia oncológica trazem à tona questões quanto à utilização de medicamentos, a monitorização das reações adversas e quanto à prevenção de erros de medicação. Diversas estratégias têm sido adotadas para reduzir o risco de erros de medicação como a conciliação medicamentosa. Seus objetivos são evitar ou minimizar erros de transcrição, omissão ou duplicidade terapêutica nos momentos de transição do cuidado. Este estudo transversal tem como objetivo avaliar o perfil de utilização de medicamentos e a prevalência de discrepâncias entre as prescrições domiciliares e hospitalares em pacientes oncohematologicos, internados em uma unidade hospitalar. Para traçar o perfil de utilização de medicamentos foram realizadas 83 entrevistas, identificando uma prevalência de uso de 86,75% (220 medicamentos) e mediana de medicamentos utilizados de dois por entrevista. Para identificar a ocorrência de discrepâncias entre as prescrições domiciliares e hospitalares foram realizadas 192 entrevistas. A média de idade dos participantes foi de 52,4 anos (DP 16,715), sendo que 118 (61,5%) são do gênero masculino. Em aproximadamente 70% das entrevistas (n= 133) foi identificada ao menos uma discrepância, correspondendo a uma mediana de 1 discrepância por paciente. Destas, 85,06% eram discrepâncias intencionais, justificadas pela situação clínica atual e 14,94% não intencionais, caracterizando erros de medicação. Não foi identificada associação significativa entre a presença de discrepâncias e a idade dos pacientes, gênero, motivo da internação e fonte de informação sobre os medicamentos utilizados. A prevalência elevada de consumo de medicamentos pode ser justificada pelo perfil da população estudada e a presença do comorbidades. Os resultados indicam que o processo de conciliação de medicamentos proporciona a identificação e correção de discrepâncias não intencionais, demonstrando a necessidade de uma abordagem sistemática dos pacientes oncológicos e suas particularidades, prevenindo assim erros de medicação que ocorrem na transição do cuidado.Cancer therapy advances bring to light issues regarding the use of medications, adverse reaction monitoring, and preventing medication errors that may happen to câncer patients. Several strategies have been adopted to reduce the risk of medication errors, such as medication reconciliation. The purposes of medication reconciliation are to prevent or mitigate drug transcription errors, omission, duplication at care transition times. The purpose of this cross- sectional study is to evaluate the medication use profile and the prevalence of discrepancies between home and hospital prescriptions for blood cancer patients admitted to a hospital unit. Eighty-three interviews were conducted to outline their medication use profile, which found an 86.75% use prevalence (220 medications) and a median of two medications used per interview. To find the occurrence of discrepancies between home and hospital prescriptions, 192 interviews were conducted. The information obtained was compared with the prescriptions at hospital admission, and the discrepancies found were classed as intentional or unintentional. The participants' average age was 52.4 years (SD 16.715), and 118 (61.5%) were male. At least one discrepancy was found in approximately 70% of interviews (n= 133), which correspond to a median of 1 discrepancy per patient. Out of those, 85.06% were intentional discrepancies justified by the current clinical situation and 14.94% were unintentional, thus characterizing medication errors. The study did not find a significant association between the presence of discrepancies and the patients' age, gender, reason for admission, source of information about the medications used. The high medication use prevalence can be explained by the profile of the population studied and the presence of comorbidities, which shows how important it is to understand this profile in detail so as to obtain inputs to help the hospital prescribe the appropriate drugs. The results reveal the medication reconciliation process makes it possible to detect and correct unintentional discrepancies, which shows the need for a systematic approach to cancer patients at the transition of care
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