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    Estudo eletropalatográfico de fones nasais em indivíduo com fissura labiopalatina

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    Esse estudo tem como objetivo descrever o padrão de contato entre a língua e o palato para um falante com fissura labiopalatina, na produção de fones consonantais nasais do português comparando-o a um falante sem alterações articulatórias. Por meio da eletropalatografia, são examinados os fones consonantais nasais [m], [n], [ɲ] no ponto de máxima constrição, verificando a região articulatória dessa constrição, por meio dos palatogramas fornecidos pelo programa de análise. Tais dados foram obtidos de um falante com alterações de fala em decorrência da fissura labiopalatina e de outro sem tais alterações, para efeito de comparação. Todos os fones analisados, produzidos pelo falante com fissura, mostraram variações quanto à região articulatória em que ocorreu a constrição, em relação ao falante normal. No fone [m] ocorreu simultaneamente oclusão labial e lingual, com amplo contato, quando o que se espera é coprodução com a vogal que se segue; no fone [n] houve recuo da língua, com constrição na região palatal; e no fone [ɲ] a constrição ocorreu em uma região mais anteriorizada, em relação ao falante normal, isto é, com avanço da língua. Tais produções consonantais eram percebidas auditivamente como distorções, mas não havia uma caracterização clara dos ajustes articulatórios usados na sua produção. Os fones nasais podem apresentar-se alterados na fala de indivíduo com fissura palatina, sendo a eletropalatografia um recurso tecnológico que possibilita a observações detalhada dessas alterações na fala

    Desenvolvimento da comunicação de crianças de um a três anos e sua relação com o ambiente familiar e escolar

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    OBJETIVO: analisar o desenvolvimento da comunicação de crianças de um a três anos frequentadoras de duas instituições de educação infantil da cidade de Belo Horizonte segundo as variáveis: ambientes familiar e escolar. MÉTODOS: foram avaliadas 70 crianças regularmente matriculadas, de um a três anos. Inicialmente, o ambiente da creche foi avaliado segundo a Escala Infantand Toddlers Environment Rating Scale-Revised, posteriormente foi realizada a caracterização do ambiente familiar, utilizando-se o Inventário de Recursos do Ambiente Familiar. Foram realizadas avaliações de linguagem e audição, por meio do Protocolo de Perfil Comunicativo e Emissões Otoacústicas. Optou-se pela análise exploratória das variáveis, a fim de caracterizar a amostra. Em seguida, foi realizada análise de regressão múltipla, a fim de buscar uma relação matemática entre os dados, verificando, no conjunto de variáveis independentes, as que mais influenciam a variável dependente. RESULTADOS: observou-se que 54% da amostra são do sexo masculino, 46% falharam na triagem auditiva, e a maior média no Protocolo de Perfil Comunicativo foi no domínio Comunicação - Recepção. Em relação ao ambiente escolar, os maiores escores foram obtidos na instituição A. Houve inter-relação entre perfil comunicativo e inventário de recursos do ambiente familiar. CONCLUSÃO: os resultados do estudo corroboram a literatura que relata a influência direta de estímulos ambientais no desenvolvimento infantil e afirma também que os contextos onde o indivíduo se desenvolve podem contribuir para o seu desenvolvimento, sendo a família e a escola as principais fontes de suporte à criança. Desse modo, é preciso aprofundar os estudos quanto à tríade criança-escola-família
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