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    Dissecção aguda de aorta: fisiopatologia, manifestações clínicas e manejo terapêutico / Acute aorta dissection: pathophysiology, clinical manifestations and therapeutic management

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    A dissecção de aorta se baseia em uma patologia onde a parede interna do vaso é exposta ao lúmen em virtude de vários fatores de risco, como: hipertensão, alterações cardiovasculares e malformações de valva aórtica. Tal exposição se deve, mediante achados histológicos ao longo do processo de cisalhamento da artéria, à degradação da matriz extracelular envolvendo depleção de células musculares lisas bem como a fragmentação de fibras elásticas e degradação de colágeno. Somado a esta sequência de eventos, o processo inflamatório desencadeado auxilia na liberação de substâncias pró-inflamatórias que resultam na destruição do vaso sanguíneo, comprometendo  as estruturas colágenas e o consumo da elastina. Embora a radiografia e o ecocardiograma apresentem uma baixa sensibilidade e especificidade na apresentação da dissecção, estes exames são a primeira abordagem em um paciente com suspeita, além de serem os mais práticos e mais baratos. No entanto, o grau de acurácia da tomografia computadorizada permite a avaliação minuciosa da afecção. Dessa forma, para reparar o rompimento da íntima e média, em alguns casos até a adventícia, é necessário a administração de cardioprotetores, hipotensores e cirurgia com o objetivo de restaurar a complacência arterial, sobretudo no ponto de descontinuidade da camada do vaso no segmento acometido

    Manejo cirúrgico da obstrução intestinal por íleo biliar : Surgical management of intestinal obstruction by biliary ileum

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    O íleo biliar é uma rara obstrução mecânica do trato gastrointestinal decorrente da impactação de cálculos biliares, podendo ocorrer em qualquer parte deste trato. Sua ocorrência aumenta proporcionalmente à idade e, em decorrência do aumento da expectativa de vida da população, o íleo biliar apresentou crescimento na sua incidência. Manifestada tipicamente por dor em cólica, distensão abdominal, náuseas e vômitos, seus sintomas inespecíficos dificultam um diagnóstico rápido e preciso, resultando em altas taxas de morbimortalidade. A tomografia computadorizada é considerada, atualmente, o padrão ouro no diagnóstico do íleo biliar, entretanto, o diagnóstico também pode ser dado por radiografia, a partir da presença da tríade de Rigler (pneumobilia, distensão de alças intestinais e presença de cálculos radiopacos intraluminais). O principal objetivo terapêutico consiste na extração do cálculo agressor, após a estabilização clínica do paciente. Embora a cirurgia aberta tenha sido estabelecida como método padrão de tratamento, nos dias de hoje, o reparo por endoscopia tornou-se bem aceito, principalmente em pacientes mais frágeis. Entretanto, nos casos em que o método conservador falha ou em cenários de emergência, a cirurgia deve ser realizada prontamente. Esta, por sua vez, pode ser realizada por uma abordagem única, com a extração do cálculo biliar simultânea à colecistectomia e ao reparo da fístula, ou em dois estágios, ou seja, apenas a extração do cálculo biliar e posteriormente o reparo da fístula e a colecistectomia. De qualquer forma, a escolha da melhor conduta deve sempre ser individualizada, levando sempre em consideração a situação do paciente e a localização dos cálculos

    Uso de drogas e o aumento das infecções sexualmente transmissíveis: uma revisão sistemática: Drug use and the increase in sexually transmitted infections: a systematic review

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    Populações de usuários de drogas têm sido associadas a epidemias de infecções ou Infecções Sexualmente Transmissíveis, especialmente a infecção pelo HIV (que está associada a drogas injetáveis, uso de equipamentos contaminados para drogas injetáveis e sexo inseguro). A droga mais associada às DSTs é a cocaína fumável de base livre (crack), devido ao aumento dos comportamentos sexuais de risco. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo compreender o impacto do uso de drogas no aumento das infecções sexualmente transmissíveis. Para isso, adotou-se como metodologia a revisão sistemática de literatura, realizando buscas nas bases de dados Scielo, Pubmed e BVS/Medline a partir do uso de descritores DeCS/MeSH e aplicação de critérios de inclusão e exclusão. A partir da análise e interpretação dos dados, concluiu-se que que pessoas que fazem uso abusivo de drogas lícitas ou ilícitas, sejam elas mulheres, homens, adolescentes, jovens, adultos, idosos, em situação de rua ou não, tendem a desenvolver comportamentos vulneráveis que pode resultar em IST. Somado a isso, enquanto comportamento de risco, tem-se a preferência por não usar preservativo, seja em relações sexuais com pessoas monogâmicas como com dois ou mais parceiros. Nesses casos, tanto o uso exacerbado de drogas como a falta de informação sobre comportamento sexual demonstram-se insuficientes
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