67 research outputs found

    Mudanças sócioculturais e reconfiguração do espaço urbano

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    Na história da sociedade, o surgimento e desenvolvimento das cidades sempre foi marcado pela apropriação do espaço público. Os diferentes atores sociais configuram e modificam o espaço urbano de acordo com o seu modo de viver. Estimativas apontam a cidade do Salvador, com uma população de quase 3 milhões de habitantes, assim como as demais cidades brasileiras, sofre com a crescente violência urbana, por exemplo, segundo o Sistema de Informação Municipal de Salvador (SIM), em 2014 foram registrados 1.749 furtos, e os roubos seguidos de morte foram de 50 (2014) para 64 (2015). O sentimento de medo generalizado por parte significativa da sociedade nas cidades, principalmente nos países da América Latina, vem reforçando as construções de estrutura que denotam sensações de segurança, como muros, paredões, cercas, grandes, entre outros. Esses elementos permitem a criação de dois mundos que muitas vezes não se comunicam, além de ocasionar a morte da vitalidade e degradação dos espaços externos. Em Salvador, registra-se um grande número de aglomerados e condomínios habitacionais arrodeados pelos muros. Diante da magnitude do tema, e a impossibilidade de tratar aqui de todo o conjunto, selecionou-se o “Bloco 83” do Conjunto Habitacional dos Oficias da Polícia Militar – 1 (CHOPM-1), localizado no bairro do Cabula, Salvador, Bahia. A partir da análise do projeto original foi-se reconstituindo a proposta de circulação, área de recreação, sistema viários, centros comunitários e outros aspectos, e as transformações ocorridas ao longo do tempo foram coletadas através de conversas com moradores e do levantamento in loco para mapear, fotografar e avaliar as transformações no uso e ocupação desses espaços comuns. Essa pesquisa objetiva analisar o processo de reconfiguração dos espaços comuns do bloco 83, principalmente, frente aos impactos socioespaciais da violência urbana, além de compreender como essa alteração da morfológica influenciou na dinâmica de crianças e adolescentes

    CONHECENDO A INTERAÇÃO SOCIAL NAS BRINCADEIRAS DAS CRIANÇAS COM CÂNCER EM TRATAMENTO AMBULATORIAL: SUBSÍDIOS PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM

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    INTRODUÇÃOO brincar é uma necessidade tanto da criança saudável quanto em processo de adoecimento, sendo importante para seu desenvolvimento. Através do brincar ela cria, se socializa e aprende. Para a criança em processo de adoecimento, como o câncer, o brincar é também importante para o enfrentamento de situações de difícil controle, tais como: necessidade de internação hospitalar, o afastamento da família, escola e amigos, procedimentos invasivos e dolorosos (SILVA; CABRAL; CHRISTOFFEL, 2008; MOTTA; ENUMO, 2002). Para Vigotski (2007), a brincadeira tem um papel importante no desenvolvimento infantil, pois atua como um mediador para a transformação das funções psicológicas elementares em funções psicológicas superiores. Essa transformação ocorre devido à interação social da criança com o meio que vive e através do uso de símbolos e instrumentos determinados culturalmente, sendo assim um processo natural e necessário para o desenvolvimento da criança. Neste contexto, o profissional que trabalha com criança deve procurar conhecer e compreender seu mundo, suas necessidades e fases de desenvolvimento, é importante o desenvolvimento de investigações sobre o brincar na vida da criança em tratamento de câncer, durante a sua permanência no espaço social da comunidade.  Atualmente, muita ênfase tem sido dada à desospitalização da criança durante o tratamento do câncer, viabilizada pelo acompanhamento ambulatorial, hospital dia e assistência domiciliar (COSTA; LIMA, 2002), reforçando a necessidade de explorar o contexto da comunidade em que a criança vive. OBJETIVOS Identificar as possibilidades e impossibilidades de interação social para o brincar da criança em tratamento oncológico no espaço da comunidade; Discutir as implicações das interações sociais no brincar da criança em tratamento oncológico.METODOLOGIAA pesquisa qualitativa foi desenvolvida de acordo com o método criativo e sensível (MCS) de produção de dados. O MCS tem sua tríade fundada na discussão de grupo, observação participante e nas dinâmicas de criatividade e sensibilidade (DCS) com suas produções artísticas. Para Cabral (1999) as DCS criam condições para que os participantes expressem o que pensam, tomando como ponto de referência a produção artística. A dinâmica de criatividade e sensibilidade utilizada foi “O brincar em cena” onde utilizamos massa para modelar, desenhos e brinquedos em miniatura (SILVA; CABRAL; CHRISTOFFEL, 2008). Para a análise dos dados utilizamos o método da Análise de Discurso Francesa (AD), tomando-se por base os textos transcritos gerados nas dinâmicas de criatividade e sensibilidade. A opção por este método se deu pelo fato de a produção de sentido do discurso das crianças localizarem o brincar na esfera da experiência pessoal e dos eventos cotidianos (ORLANDI, 2005).Os sujeitos foram 12 crianças com câncer (sete meninas e cinco meninos), com idade escolar, em tratamento ambulatorial em um hospital público de referência para o tratamento de câncer, localizado na cidade do Rio de Janeiro. O cenário para realização das dinâmicas foi o ambulatório de oncologia pediátrica onde as crianças faziam tratamento. Foram respeitados todos os aspectos éticos estabelecidos na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.RESULTADOS O processo de análise aplicado nos levou a dois temas onde destacamos as possibilidades e impossibilidades de interação social das crianças com câncer em tratamento ambulatorial no espaço da comunidade. Possibilidade do brincar: interação social – pessoas e ambienteEntre as sete meninas do estudo, quatro interagem nas brincadeiras apenas com familiares, uma só com amigos/colegas e duas com familiares e colegas/amigos. Quanto aos cenários, quatro brincam, apenas, em ambientes domiciliares e três em ambientes domiciliares e espaços da comunidade.A escolar A3: – Brinco na minha casa, na casa da minha prima e do meu primo (...).A escolar A: – Assim (...) vou para casa da minha avó/ assim eu brinco lá, mas eu brinco mais é em casa com a minha irmã.Entre os cinco meninos, dois interagem na brincadeira apenas com familiares, um apenas com amigos/colegas, e dois com familiares e amigos/colegas. Quanto aos cenários, dois meninos disseram brincar em espaços da comunidade, um no ambiente domiciliar e dois brincam em ambiente domiciliares e em espaços da comunidade.O escolar R: – Meus amigos // a gente sai, vai para uma rampa de skate e fica brincando (...) a gente brinca de futebol.O escolar N: – Brinco (...) no parque, no shopping.Três meninos e duas meninas referiram a escola como cenário de brincadeira. Vale ressaltar que das 12 crianças em idade escolar, somente 7 estão regularmente matriculados na escola. O escolar R: – Tem uns colegas que moram perto da minha casa e na escola que a gente brinca de futebol.A escolar A4: – Na escola, às vezes a gente (ela com as colegas da escola) combina de levar as bonecas e aí a gente brinca.As crianças demonstraram maior interesse pelas brincadeiras em grupo quando comparadas às brincadeiras solitárias. Para Hockenberry, Wilson e Wilkestein (2006), a fase escolar é o período que a criança se afilia a colegas da mesma faixa etária. Portanto, o sentido de pertencer a um grupo é de extrema importância para a criança nesta faixa etária, suas brincadeiras envolvem habilidades físicas, intelectuais e fantasias.Quanto aos cenários de interação, destacam-se aqueles onde as brincadeiras acontecem: dentro de casa, nos espaços públicos da comunidade e na escola. Esses cenários são mais limitados para as meninas quando comparadas aos meninos, pois, como afirmam Hansen et al. (2007, p.139), “o espaço familiar da casa é associado às meninas, enquanto que o universo externo aos meninos”. A escola é apontada como cenário para interação social e brincadeira no discurso da maioria das crianças que a frequenta.  Para Wayhs e Souza (2002) a escola e a recreação são para o universo infantil duas imagens que se misturam e que representam o seu lado saudável. Impossibilidades do brincar: interação social – pessoas e ambiente A escolar A2 referiu que antes do tratamento, sua mãe deixava brincar na casa da amiga. Porém, com o início do tratamento a mãe não permitiu mais. Nesse sentido, a impossibilidade de brincar fora do cenário de sua casa e interagir com a amiga devido à proteção materna.A escolar A2: – Antes (de ficar doente) minha mãe deixava eu brincar na casa da Cacá (nome fictício), agora não deixa mais. No discurso do escolar M, o ciclo de quimioterapia e a proteção materna são signos mediadores da impossibilidade de sair de casa. O escolar M: – Por exemplo, se amanhã (sábado) começar a quimioterapia, eu não posso sair para a rua por causa da defesa baixa (neutropenia), então eu fico em casa, aí minha mãe me deixa pegar meus livros, até quarta-feira (ele faz protocolo de 5 dias de quimioterapia). Aí de hoje até quarta-feira ela deixa pegar meus livros porque eu não posso sair de casa... Eu não posso sair de casa porque ela (mãe) tem medo de eu pegar sereno, porque eu fico com a imunidade baixa.A proteção materna foi um mediador da impossibilidade da criança ir brincar em outros cenários e com outras crianças. Durante o curso da doença e seu tratamento os familiares passam a selecionar as atividades recreativas que não trazem risco à integridade física da criança, mas que frequentemente, pode propiciar a super proteção e o isolamento social (VIEIRA; LIMA, 2002). As crianças com câncer, algumas vezes são levadas a romper relações, afastar-se dos amigos que estão saudáveis, pelo fato de as brincadeiras não se adequarem ao seu novo estilo de vida. Esta condição pode favorecer o isolamento da criança e a dificuldade de interação com seus pares que não estão acometidas por um processo patológico, ou até mesmo com quem elas mantinham contato antes do aparecimento do câncer. Na impossibilidade de sair para brincar no espaço da rua, devido à indicação materna de repouso durante o ciclo quimioterápico, surge a possibilidade da leitura de livros de estórias ressignificado como signo de ocupação de tempo.CONCLUSÃOO brincar se expressa de diferentes modos na vida da criança em tratamento oncológico quando ela se encontra na comunidade. Embora as restrições físicas advindas do câncer pareçam presentes no cotidiano de vida, elas atribuíram pouco significado aos possíveis limites nas brincadeiras, procuram manter suas vidas o mais próximo do normal e estão abertas aos relacionamentos com as outras crianças, assim como desfrutam de todos os cenários que estão ao alcance para torná-los lugares de brincadeiras. Os achados desse estudo reforçam a necessidade de as visualizarmos como crianças iguais às outras, com as mesmas necessidades de desenvolvimento, devemos assim oportunizar momentos de descontração onde elas possam expressar suas vontades e fantasias. Esperamos que esse estudo contribuir para uma assistência mais humanizada para a criança com câncer, onde não apenas os aspectos biológicos são contemplados, mas também o direito da criança de continuar brincando e se desenvolvendo durante o tratamento do câncer. REFERÊNCIASCABRAL, I. E. Aliança de saberes no cuidado e estimulação da criança-bebê: concepções de estudantes e mães no espaço acadêmico de enfermagem. Rio de Janeiro:  Escola de Enfermagem Anna Nery, 1999. 298 p.COSTA, J. C.; LIMA, R. A. G. Crianças/ Adolescentes em quimioterapia ambulatorial: implicações para a enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v.10, n. 3, p. 321-33, maio/jun. 2002.HANSEN, J. et al. O brincar e suas implicações para o desenvolvimento infantil a partir da Psicologia Evolucionista. Rev Bras Crescimento Desenvolv Humano,  v.17, n.2, p.133-143, 2007.HOCKENBERRY, M. J.; WILSON, D.; WINKELSTEIN, M. L. Wong fundamentos da enfermagem pediátrica. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 1344 p.MOTTA, A. B.;  ENUMO, S. R. F. Brincar no Hospital: Câncer Infantil e Avaliação do Enfrentamento da Hospitalização. Psic. Saúde e Doença, v. 3, n. 1, p. 23-41, 2002.ORLANDI, E.P. Análise do discurso: princípios e procedimentos. 6. ed. Campinas - São Paulo: Pontes, 2005. 100 p.SILVA, L.F.; CABRAL, I.E.; CHRISTOFFEL, M.M. O Brincar na Vida do Escolar com Câncer em Tratamento Ambulatorial: Possibilidades para o Desenvolvimento. Rev Bras Crescimento Desenvolvimento Hum. São Paulo, v. 18, n. 3, p. 275-287, 2008.Vieira, M. A.; Lima, R.A.G. Crianças e adolescentes com doença crônica: convivendo com mudanças. Rev. Latino-Am. Enfermagem,  v. 10, n. 4, p. 552-60, jul-ago. 2002. VIGOTSKI, L.S. A formação social da mente. 7.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 182p. WAYHS, R. I.; SOUZA. A. I. J. Estar no hospital: a expressão de crianças com diagnóstico de câncer Rev Cogitare Enfermagem, v. 7, n. 2, 2002

    Tentativa de autoextermínio entre adolescentes e jovens: uma análise compreensiva

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    O objetivo deste estudo foi compreender o significado da tentativa de auto-extermnio na vida de jovens e adolescentes que atentaram contra a prpria vida. Pesquisa fenomenolgica desenvolvida em uma cidade do interior de Minas Gerais, em 2009. Os sujeitos do estudo foram quatro adolescentes e jovens que tentaram auto-extermnio. Foram realizadas entrevistas abertas com a questo norteadora: O que foi para voc a tentativa de suicdio?. A anlise compreensiva das falas possibilitou a construo de trs categorias que sinalizam o vivido pelos adolescentes e jovens antes e aps a tentativa de auto-extermnio: Tentativa de suicdio: as razes para o ato; O vivido aps a tentativa de auto-extermnio; A reconstruo do caminho. A tentativa de suicdio mostrou-se como uma atitude impulsiva, manifestando-se como expresso das insatisfaes com o ambiente familiar e social. Destaca-se a importncia da atuao do enfermeiro e de outros profissionais de sade para reconstruo do caminho dos adolescentes

    The play in the schoolchild's life with cancer under ambulatory treatment: possibilities for the development

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    Pelo brincar, a criança compreende o seu entorno, aprende complexificando as tarefas cotidianas e desenvolve-se. Entre aquelas em processo de adoecimento, como o câncer, o brincar assume um papel adicional ao ajudá-la no enfrentamento de situações de difícil controle como a internação hospitalar, afastamento da família da escola e dos amigos e a exposição a procedimentos invasivos e dolorosos. Pouco se sabe sobre o lugar do brincar na vida da criança quando prossegue com o tratamento em casa. O estudo investiga o brincar da criança com câncer em tratamento ambulatorial na comunidade com o objetivo de descrever e analisar os mediadores usados nas brincadeiras e jogos. A pesquisa qualitativa foi realizada pelo método criativo e sensível com 12 escolares em tratamento ambulatorial para câncer. O cenário foi um hospital na cidade do Rio de Janeiro. O processo de análise aplicado levou ao tema mediadores do brincar, o qual se desdobrou em dois subtemas: o primeiro é referente aos instrumentos e signos usados nas brincadeiras e jogos. O segundo se refere à interação social (pessoas e ambiente) nas brincadeiras e jogos. As crianças atribuíram pouco significado aos possíveis limites do adoecimento nas brincadeiras e jogos. Elas buscam normalizar suas vidas e estão abertas a relacionamentos com seus pares, transformando diferentes cenários em lugares de brincadeiras. Oportunizar espaços para que expressem suas brincadeiras de preferência é um reconhecimento de que suas necessidades de desenvolvimento fazem parte do plano terapêutico.By playing, children understand their environment, learn by complicating their daily tasks and develop themselves. Among those who have an illness such as cancer, playing has an additional role as it helps them to face situations that are difficult to control, such as hospitalization, being away from family, friends and school, and being submitted to invasive and painful procedures. Little is known about the role of playing in the life of the child when the treatment continues at home. The study investigates the play of the child with cancer under treatment at an outpatient clinic in the community, with the aim of describing and analyzing the mediators used in plays and games. The qualitative research was carried out through the creative and sensitive method, with 12 schoolchildren under treatment for cancer at an outpatient clinic. The scenario was a hospital in the city of Rio de Janeiro. The process of analysis led to the theme of play mediators, which unfolded in two subthemes: the first is related to instruments and symbols used in play and games, and the second refers to social interaction (people and environment) in play and games. The children attributed little significance to the possible limits of having an illness in plays and games. They try to normalize their lives, they are open to relationships with their peers and transform different settings in places for playing. Providing spaces so that they can express their preferred plays means recognizing that their development needs are part of the therapeutic plan

    Nursing difficulties in using playfulness to care for a hospitalized child with cancer

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    Objetivo: Descrever as dificuldades enfrentadas pela equipe de enfermagem na utilização do lúdico durante o cuidado à criança com câncer hospitalizada. Método: Pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, realizada em setor de internação pediátrica de hospital no estado do Rio de Janeiro. Os sujeitos foram 11 profissionais da equipe de enfermagem. A coleta de dados ocorreu em abril de 2012, por meio de observação não participante e entrevista semiestruturada. Resultados: Emergiram as seguintes unidades temáticas: dificuldades relacionadas aos brinquedos no setor; dificuldades relacionadas às condições comportamentais da criança; e dificuldades relacionadas à dinâmica de trabalho: falta de tempo. Conclusão: Constatou-se a necessidade de atentar às particularidades e necessidades das crianças, pois o brincar faz parte do desenvolvimento infantil e não se pode privá-las de crescer de forma saudável.&nbsp

    Nursing difficulties in using playfulness to care for a hospitalized child with cancer

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    Objetivo: Descrever as dificuldades enfrentadas pela equipe de enfermagem na utilização do lúdico durante o cuidado à criança com câncer hospitalizada. Método: Pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, realizada em setor de internação pediátrica de hospital no estado do Rio de Janeiro. Os sujeitos foram 11 profissionais da equipe de enfermagem. A coleta de dados ocorreu em abril de 2012, por meio de observação não participante e entrevista semiestruturada. Resultados: Emergiram as seguintes unidades temáticas: dificuldades relacionadas aos brinquedos no setor; dificuldades relacionadas às condições comportamentais da criança; e dificuldades relacionadas à dinâmica de trabalho: falta de tempo. Conclusão: Constatou-se a necessidade de atentar às particularidades e necessidades das crianças, pois o brincar faz parte do desenvolvimento infantil e não se pode privá-las de crescer de forma saudável.

    Pais de bebês malformados: um enfoque vivencial

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    Este trabalho objetiva compreender a vivncia dos pais diante do nascimento de um filho com malformao congnita. Trata-se de pesquisa qualitativa com abordagem fenomenolgica. Os dados foram coletados em um Hospital Pblico do municpio de Belo Horizonte Mg. Utilizou-se a entrevista aberta guiada pela questo norteadora: o que significa para voc ter um filho portador de malformao congnita? Os discursos dos sujeitos foram analisados segundo a anlise ideogrfica compreensiva de Martins e Bicudo. A anlise revelou a experincia dos pais a partir de trs momentos: Deparar-se com um filho malformado - mostrou a vivncia inicial dos pais ao se depararem com um filho malformado, em discrepncia com o filho saudvel imaginado durante a gestao; Convivendo com a malformao - Aps iniciarem seu contato com o beb os pais demonstram seu esforo para conviver com a malformao, de diferentes modos.; Lidando com a realidade - ao relatarem suas vivncias e experincias, os pais evidenciaram modos especficos de lidar com a realidade. O estudo evidenciou a importncia da atuao de uma equipe multiprofissional que discuta o diagnstico, propedutica e prognstico do beb, alm as particularidades dos pais e as dificuldades vivenciadas no encontro com os mesmos, preparando-os adequadamente para a alta hospitalar

    ANÁLISE DA RELAÇÃO ESPACIAL ENTRE O DESCARTE IRREGULAR DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E A VULNERABILIDADE SOCIAL

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    A ocupação dos centros urbanos, aliados ao consumismo excessivo, têm aumentado a geração de resíduos sólidos urbanos (RSU), e o descarte irregular desses resíduos têm provocado problemas em diferentes escalas. Assim, o estudo consistiu na análise dos locais de disposição irregular de resíduos sólidos na área urbana de Salto de Pirapora (SP) e sua relação com a vulnerabilidade social. Para isso, foram mapeados 26 pontos de descarte irregular e utilizados dados censitários em Sistema de Informação Geográfica. Os resultados revelaram que, dentre os 26 pontos, 19 apresentaram algum tipo de resíduo, sobressaindo-se os resíduos de construção e demolição (RCC), seguido por RSU. Foram identificados pontos de descarte predominantemente nas classes com Vulnerabilidade Média, que totalizaram 65,38%. Já as classes de Vulnerabilidade Muito Baixa e Baixa computaram 34,62% dos pontos. Embora o descarte tenha ocorrido em praticamente todas as classes de vulnerabilidade, houve predominância nos bairros de baixa renda

    ESTIMATIVA DO FATOR DE EROSIVIDADE DO SOLO DA REGIÃO DO VALE DO RIBEIRA PAULISTA, BRASIL

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    A erosão hídrica contribui para a degradação dos solos e assoreamento de rios e reservatórios de água. A identificação de áreas suscetíveis à erosão pode ser obtida utilizando modelos matemáticos em conjunto com técnicas de geoprocessamento. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi analisar a distribuição pluviométrica e estimar o fator de erosividade da chuva para o Vale do Ribeira. Para isso, foram utilizados dados pluviométricos, o fator R da Equação Universal de Perdas de Solo (EUPS) e o processo de interpolação pelo método Inverse Distance Weighting (IDW). Os valores obtidos para a erosividade da chuva demonstraram uma alta variabilidade do potencial erosivo com amplitude de 5.360,6 MJ.mm.h-1.ha-1 a 9,278,75 MJ.mm.h-1.ha-1. As áreas que apresentaram maior potencial erosividade das chuvas foram as regiões Norte e Nordeste do Vale do Ribeira e, consequentemente, são as mais vulneráveis às intervenções antrópicas não conservacionistas
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