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    Avaliação da resposta ao uso de fator estimulador de colônias de granulócitos (filgrastim) em felinos com neutropenia : estudo retrospectivo de 64 casos

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    A neutropenia em felinos é uma alteração hematológica comum na prática clínica, caracterizada pela contagem absoluta de neutrófilos circulantes inferior a 2.500/μL. Existem diversas doenças associadas a essa redução, sendo as infecções virais, bacterianas, neoplasias e reações a drogas causas frequentes em felinos. As consequências da neutropenia podem ser graves, sendo os neutrófilos um dos principais leucócitos envolvidos na resposta imunológica inata. A neutropenia coloca o paciente em risco de desenvolver infecções secundárias, especialmente bacterianas, que podem evoluir para sepse. O fator estimulador de colônias de granulócitos (G-CSF) é amplamente usado para o tratamento de neutropenias em seres humanos e mostrou eficácia variável em felinos, entretanto, os estudos são escassos e seu uso nessa espécie ainda é debatido. Esse estudo avaliou a resposta do uso do filgrastim, um G-CSF recombinante humano comercialmente disponível, no tratamento de felinos que apresentaram neutropenia por diferentes causas. Sessenta e quatro gatos que apresentaram neutropenia e receberam tratamento com filgrastim, nas doses de 5 μg/kg ou 0,1 mL/gato a cada 24 horas, pela via subcutânea, com duração média de 3 dias, foram avaliados retrospectivamente entre os anos de 2012 e 2016. Uma resposta hematológica satisfatória com aumento do número de neutrófilos acima do valor de referência foi vista em 81,25% dos gatos, enquanto 18,75% tiveram resposta considerada insatisfatória ou nenhuma resposta ao tratamento. Do total de gatos analisados, 45,31% eram positivos para infecção pelo vírus da leucemia felina, 3,12% para infecção pelo vírus da imunodeficiência felina e 31,25% eram positivos para ambos os retrovírus. Ainda que nem todos os pacientes respondam satisfatoriamente ao tratamento, e que ainda não se saiba a implicação do tratamento no prognóstico dos pacientes, o uso a curto-prazo de filgrastim como adjuvante no tratamento de neutropenias em felinos pode ser benéfico para a maioria dos casos e deve ser considerado.Feline neutropenia is a common hematological disorder in clinical practice, characterized as an absolute circulating neutrophil count of less than 2,500 cells/μL. There are several diseases associated with this reduction and viral or bacterial infections, neoplasms and drug reactions are common causes in cats. Consequences of neutropenia can be grave, as neutrophils are one of the major leukocytes involved in the innate immune response. Neutropenia puts the patient at risk for developing secondary infections, especially bacterial, with can evolve to sepsis. Granulocyte colony-stimulating factor (G-CSF) is widely used for the neutropenia treatment in humans and has shown variable efficacy in felines, although studies are limited and its use in this species is still debated. This study evaluated the response to the use of filgrastim, a commercially available human recombinant G-CSF, in the treatment of cats presenting neutropenia for different causes. Sixty-four cats that presented neutropenia and received filgrastim treatment, at doses of 5 μg/kg or 0.1 mL/cat every 24 hours, subcutaneously, with average duration of 3 days, were retrospectively evaluated between 2012 and 2016. A satisfactory hematological response rate with an increase in neutrophils number above the reference range was seen in 81,25% of cats, while 18,75% had unsatisfactory or no treatment response. Of the total cats analyzed, 45,31% were FeLV positive, 3,21% FIV positive and 31,25% were positive for both retroviruses. Although not all patients respond well to treatment, and the implication of treatment on the prognosis is not yet known, the short-course use of filgrastim as an adjunct in the treatment of neutropenia in cats may be beneficial in most cases and should be considered

    Complexo granuloma eosinofílico em felinos domésticos

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    O Complexo Granuloma Eosinofílico (CGE) compreende um grupo de dermatoses comuns em gatos domésticos. Pode apresentar-se como diferentes lesões clínicas de pele e em muitos casos as lesões podem ser severas e causar graus variáveis de prurido e/ou dor, podendo ainda tornar-se crônicas e recorrentes. As apresentações clínicas conhecidas do CGE incluem a placa eosinofílica (PA), a úlcera indolente (UI) e o granuloma eosinofílico (GE). Os achados histopatológicos são típicos, com um infiltrado eosinofílico e um variado número de mastócitos, histiócitos e linfócitos, os quais são referenciados como dermatoses eosinofílicas, consideradas um padrão de reações cutâneas devido a diversos estímulos. Diversos fatores etiológicos têm sido propostos como causas potenciais, mas a maioria dos autores reconhece o CGE como uma manifestação de doença alérgica felina, sendo as causas mais comuns a hipersensibilidade a picada de pulga, hipersensibilidade alimentar e dermatite atópica. O diagnóstico definitivo do CGE é baseado no histórico, exame clínico, citologia e histopatologia, porém outros métodos podem e devem ser aplicados para diagnosticar a causa primária do CGE. Lesões de CGE geralmente respondem bem ao tratamento a base de glicocorticoides sistêmicos, entretanto, algumas lesões podem ser refratárias ao tratamento e nesses casos, outros tratamentos propostos envolvem o uso de imunomoduladores, hidrocortisonas tópicas, entre outros. Porém o mais importante é lembrar que, sempre que possível, a causa primária deve ser eliminada. Este estudo teve por objetivos realizar uma revisão atualizada sobre as formas de apresentação, possíveis etiopatogenias, métodos de diagnóstico e tratamentos disponíveis para o CGE dos felinos domésticos.The Eosinophilic Granuloma Complex (EGC) represent a group of common domestic cats dermatoses. It can be presented as different clinical skin lesions and in many cases, these lesions can be severe and cause varying degrees of pruritus and/or pain, in addition, become chronic and recurrent. The EGC clinical presentation known include eosinophilic plaques (EP), indolent ulcers (IU) and eosinophilic granulomas (EG). The histopathological findings are typical, with eosinophilic infiltrate and a varying number of mast cells, histiocytes and lymphocytes, that are referred as eosinophilic dermatoses, considered a pattern of cutaneous reactions caused by various stimuli. Different etiological factors have been proposed as underlying cause, but most authors recognize EGC as a manifestation of feline allergic disorder, most commonly flea bite hypersensivity, food allergies and atopic dermatitis. The definitive diagnosis of the EGC is based on the history, clinical examination, cytology and histopathology, but others methods can and should be applied to diagnose the primary cause of EGC. Usually, EGC lesions show a good response to treatment with systemic glucocorticoids, however, some lesions can be refractory to treatment, and in this cases, another proposed treatment evolve the use of immunomodulator, topic hydrocortisone and others. Nevertheless, it’s important remember that, always when possible, the primary cause must be eliminated. This study aimed to realize an updated review about potential forms of presentations, potential etiophatogenesis, diagnostic methods and available treatments for EGC in domestic cats

    Chronic nasal and paranasal diseases in domestic cats : a prospective study

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    As doenças que afetam cronicamente o trato respiratório superior representam um problema frequente na clínica de felinos mundialmente e podem caracterizar um importante desafio diagnóstico e terapêutico. Os gatos com doenças nasais e paranasais crônicas normalmente apresentam espirros, secreção nasal, estertor respiratório e, às vezes, deformidades faciais. Esses sintomas são comuns a uma variedade de etiologias. A rinossinusite crônica idiopática (RSCI) e as neoplasias nasais são as mais frequentemente relatadas. As rinites fúngicas, pólipos nasofaríngeos, corpos estranhos nasais, estenose nasofaríngea e doenças periodontais são menos frequentes, porém importantes causas de doenças nasais em gatos. O objetivo desse estudo é realizar uma investigação para determinar a prevalência de causas etiológicas de gatos que apresentem doenças nasais e paranasais, e também comparar dados do histórico, sinais clínicos e achados radiográficos entre eles. Os gatos que apresentaram sinais de doenças do trato respiratório superior foram selecionados para coleta de dados, exame físico completo, cultura nasal bacteriológica e micológica, sorologia para Cryptococcus spp., exame radiográfico de crânio, rinoscopia e/ou rinotomia, análise histopatológica, imuno-histoquímica para FHV-1 e FCV e também PCR para Mycoplasma spp. Trinta e sete (37) gatos foram incluídos no estudo. Vinte e um (56,8%) tinham RSCI, nove (24,3%) neoplasias, três (8,1%) rinites fúngicas [Criptococose (2), Esporotricose (1)], três (8,1%) alterações estruturais [corpo estranho (1), fístula oronasal (1) e palato mole alongado (1)] e um (2,7%) pólipo nasofaríngeo. Os sinais clínicos mais comuns foram espirros (94,6%), secreção nasal (91,9%) e estertor respiratório (89,2%). Os exames radiográficos revelaram alterações de opacificação da cavidade nasal (93,9%), mais comum bilateral (66,7%), perda de definição dos ossos turbinados (84,8%) e opacificação aumentada de seios frontais (72,7%), mais frequentemente bilateral (66,7%). As associações estatísticas foram significativas entre os gatos com RSCI e o estilo de vida de casas multi-cat, secreção nasal mucopurulenta e presença de maior opacificação bilateral de seios frontais. 7 Os gatos diagnosticados com outras doenças, que não a RSCI, tiveram associação significativa com diminuição de apetite, secreção nasal sanguinolenta, deformidades faciais e desvio de septo. A PCR para Mycoplasma spp. foi positiva em apenas um caso de RSCI e todos os gatos com RSCI tiveram resultados negativos para a análise imuno-histoquímica para FHV-1 e FCV.Diseases that affect chronically the feline upper respiratory tract represent a frequent problem in feline practice worldwide and may characterize a substantial diagnostic and therapeutic challenge. Cats with chronic nasal and paranasal disease usually are presented with sneezing, nasal discharge, stertorous breathing and sometimes facial deformities. These symptoms are common for a variety of underlying etiologies. Idiopathic chronic rhinosinusitis (ICRS) and nasal neoplasia are the most frequently reported. Fungal rhinitis, nasopharyngeal polyps, nasal foreign bodies, nasopharyngeal stenosis and periodontal diseases are less frequently found, but are also important causes of chronic nasal diseases in cats. The objective of this study is to pursue an investigation and determine the prevalence of etiological causes for cats presenting chronic nasal and paranasal disease and also compare data from history, clinical signs and radiologic findings between them. Cats presenting upper respiratory tract disease signs were selected to perform full patient data collection, thorough physical exam, nasal bacterial and mycological cultures, Cryptococcus spp. serology, skull radiographs, rhinoscopy and/or rhinotomy, histopathological analysis, FHV-1 and FCV immunohistochemistry analysis and Mycoplasma spp. PCR. Thirty-seven (37) cats were included. Twenty-one (56.8%) had idiopathic chronic rhinosinusitis (ICRS), 9 (24.3%) neoplasia, 3 (8.1%) fungal rhinitis [Cryptococcosis (2), Sporotrichosis (1)], 3 (8.1%) had structural changes [foreign body (1), oronasal fistula (1) and elongated soft palate (1)] and 1 (2.7%) nasopharyngeal polyp. The most common signs were sneezing (94.6%), nasal discharge (91.9%) and stertorous breathing (89.2%). Skull radiographs revealed mostly bilateral (66.7%) nasal cavity opacity (93.9%), turbinate bones detail loss (84.8%) and increased frontal sinus opacity (72.7%), which was more bilateral (66.7%). Significant statistical association were made with ICRS and multicat household lifestyle, mucopurulent discharge and increased bilateral frontal sinus opacity in radiographs. Cats with diagnosed diseases other than ICRS, had significant increased prevalence of appetite loss, sanguineous discharge, facial deformities and nasal septum deviation on radiographs. Mycoplasma 9 PCR was positive in only one case of ICRS and all 21 cases of ICRS had negative results for FHV-1 and FCV IHC analysis

    Complexo granuloma eosinofílico em felinos domésticos

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    O Complexo Granuloma Eosinofílico (CGE) compreende um grupo de dermatoses comuns em gatos domésticos. Pode apresentar-se como diferentes lesões clínicas de pele e em muitos casos as lesões podem ser severas e causar graus variáveis de prurido e/ou dor, podendo ainda tornar-se crônicas e recorrentes. As apresentações clínicas conhecidas do CGE incluem a placa eosinofílica (PA), a úlcera indolente (UI) e o granuloma eosinofílico (GE). Os achados histopatológicos são típicos, com um infiltrado eosinofílico e um variado número de mastócitos, histiócitos e linfócitos, os quais são referenciados como dermatoses eosinofílicas, consideradas um padrão de reações cutâneas devido a diversos estímulos. Diversos fatores etiológicos têm sido propostos como causas potenciais, mas a maioria dos autores reconhece o CGE como uma manifestação de doença alérgica felina, sendo as causas mais comuns a hipersensibilidade a picada de pulga, hipersensibilidade alimentar e dermatite atópica. O diagnóstico definitivo do CGE é baseado no histórico, exame clínico, citologia e histopatologia, porém outros métodos podem e devem ser aplicados para diagnosticar a causa primária do CGE. Lesões de CGE geralmente respondem bem ao tratamento a base de glicocorticoides sistêmicos, entretanto, algumas lesões podem ser refratárias ao tratamento e nesses casos, outros tratamentos propostos envolvem o uso de imunomoduladores, hidrocortisonas tópicas, entre outros. Porém o mais importante é lembrar que, sempre que possível, a causa primária deve ser eliminada. Este estudo teve por objetivos realizar uma revisão atualizada sobre as formas de apresentação, possíveis etiopatogenias, métodos de diagnóstico e tratamentos disponíveis para o CGE dos felinos domésticos.The Eosinophilic Granuloma Complex (EGC) represent a group of common domestic cats dermatoses. It can be presented as different clinical skin lesions and in many cases, these lesions can be severe and cause varying degrees of pruritus and/or pain, in addition, become chronic and recurrent. The EGC clinical presentation known include eosinophilic plaques (EP), indolent ulcers (IU) and eosinophilic granulomas (EG). The histopathological findings are typical, with eosinophilic infiltrate and a varying number of mast cells, histiocytes and lymphocytes, that are referred as eosinophilic dermatoses, considered a pattern of cutaneous reactions caused by various stimuli. Different etiological factors have been proposed as underlying cause, but most authors recognize EGC as a manifestation of feline allergic disorder, most commonly flea bite hypersensivity, food allergies and atopic dermatitis. The definitive diagnosis of the EGC is based on the history, clinical examination, cytology and histopathology, but others methods can and should be applied to diagnose the primary cause of EGC. Usually, EGC lesions show a good response to treatment with systemic glucocorticoids, however, some lesions can be refractory to treatment, and in this cases, another proposed treatment evolve the use of immunomodulator, topic hydrocortisone and others. Nevertheless, it’s important remember that, always when possible, the primary cause must be eliminated. This study aimed to realize an updated review about potential forms of presentations, potential etiophatogenesis, diagnostic methods and available treatments for EGC in domestic cats
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