15 research outputs found
TRIAGEM FITOQUÍMICA E DOSEAMENTO DE FENOÍS TOTAIS, FLAVONOÍDES E TANINOS DAS FOLHAS DE Trembleya phlogiformis MART. & SCHR. ex DC
Introdução e objetivos: O gênero Trembleya (Melastomataceae) é endêmico no Brasil e suas espécies ocorrem no Cerrado, em campos rupestres1. Trembleya phlogiformis apresenta-se como pequenos e delicados subarbustos até arbustos com dois metros de altura, com flores de cor branca a rosada2. É utilizada nas comunidades rurais para tingir lã e algodão utilizados nos teares manuais3,4. Objetivou-se neste trabalho realizar a triagem fitoquímica, determinar o teor de água, de cinzas e o doseamento de fenóis totais, flavonoides e taninos das folhas de T. phlogiformis. Metodologia: As folhas foram coletadas em Pirenópolis/GO e uma exsicata foi depositada no Herbário da UFG (nº 47868). As folhas foram dessecadas em estufa e pulverizadas em moinho de facas. Na triagem fitoquímica foram realizadas pesquisas para alcaloides, amido, cumarinas, heterosídeos antraquinônicos, esteroides, triterpenos, heterosídeos digitálicos, heterosídeos flavonoides, heterosídeos saponínicos, taninos e metilxantinas5,6. Para o doseamento de fenóis totais e taninos foi utilizado o método de Hangerman e Butler e para doseamento de flavonóides o método adaptado de Rolim et al.. O teor de água foi determinado utilizando um analisador de umidade; os teores de cinzas solúveis e insolúveis em ácido foram realizados de acordo com a Farmacopeia Brasileira. Resultados e discussões: Foram identificados nas folhas: cumarinas, triterpenos, taninos, flavonóides, heterosídeos saponínicos e amido. O teor de água foi de 9,30%, de cinzas totais 7,08% e de cinzas insolúveis 1,95%. O teor de fenóis totais foi de 25,64%, de taninos 2,16% e de flavonoides 2,04%. Conclusões: Esses resultados se constituem em dados-padrão para droga vegetal constituída por folhas da T. phlogiformis e podem ser utilizados para o controle de qualidade de amostras dessa planta
POTENCIAL ANTITUMORAL DE PLANTAS MEDICINAIS: USO POPULAR X EVIDÊNCIA CIENTÍFICA'
Introdução e objetivos: O câncer é um dos problemas de saúde pública mais complexo devido a sua magnitude epidemiológica, social e econômica1. Segundo a OMS houve 14,1 milhões de casos novos de câncer e 8,2 milhões de mortes por câncer em 2012; no Brasil, a estimativa para 2015 aponta para 576 mil casos novos de câncer2. Como o tratamento convencional nem sempre apresenta a eficácia esperada e pode provocar muitos efeitos colaterais1, faz-se necessária a busca de novos fármacos, o que incentiva a pesquisa na área de produtos naturais e o uso popular ou etnodirigido é uma ferramenta que pode ser utilizada na seleção de plantas medicinais para estes estudos. Assim, objetivou-se levantar as plantas medicinais utilizadas popularmente como antitumorais em trabalhos etnodirigidos publicados na literatura e posteriormente investigar as plantas mais citadas para verificar se essa utilização apresentou evidências científicas. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados convencionais (PubMed, Scielo, LILACS) e materiais impressos, sendo selecionados para a leitura 35 trabalhos que abordavam o uso popular de plantas medicinais e que citavam pelo menos uma planta com atividade antitumoral. Como critério de seleção das plantas que seriam objeto da busca de evidências científicas da atividade antitumoral foi considerado o número de vezes que cada planta foi citada nesses trabalhos, sendo selecionadas as que apresentaram maior número de citações. Resultados e discussão: Foram citadas 71 plantas com atividade antitumoral. Destas, as seis mais citadas foram: ipê-roxo (Tabebuia avellanedae), aroeira (Myracrodruon urundeuva), babosa (Aloe vera), vinca (Catharanthus roseus), cola-nota (Synadenium umbellatum) e aveloz (Euphorbia tirucalli). Derivados dessas seis plantas já foram submetidos a ensaios inibitórios em linhagens de células tumorais, in vitro e in vivo, sendo constatado algum grau de atividade antitumoral, com destaque para o ipê-roxo, vinca e aveloz. Conclusão: Os estudos etnodirigidos constituiem-se numa boa ferramenta para a pesquisa de novas substâncias com atividade antitumoral
The effect of crude ethanol extract and fractions of Hyptidendron canum (Pohl ex Benth.) Harley on the hepatopancreas of Oreochromis niloticus L
Hyptidendron canum (Pohl ex Benth.) Harley is a native tree of the Brazilian Savannah. The fish Oreochromis niloticus L. was used as an experimental model to determine the bioactivity of the crude ethanol extract as well as ethyl acetate, hexanic and chloroform fractions obtained from its leaves. The plant ethanol extract and fractions were administered to the fish orally with their feed. Twenty four hours later, the fish were sacrificed and their livers dissected, fixed in neutral formalin, embedded in paraffin and sectioned. Histological analyses were performed using Masson's trichrome and Haematoxylin-Eosin. Histochemical studies were performed using Feulgen, PAS (Periodic Acid Schiff) and PAS + salivary amylase and Sudan IV stain. The qualitative analysis of the material showed that both the crude ethanol extract and the fractions from H. canum induced vasoactive activity, causing vasodilation and vascular congestion, and the hexanic fraction also caused an apparent proliferation of capillaries. Hepatopancreas toxicity was evident through inflammatory processes. Pancreatic (chloroform fraction) and hepatic alterations, hemorrhagic spots and necroses were observed in fish treated with-ethanol extract and fractions. This study is the first description of the biologic action of the crude ethanol extract and the hexane, ethyl acetate and chloroform fractions in fish
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE Trembleya phlogiformis MART. & SCHR. Ex DC (Melastomataceae)
Introdução e objetivos: Trembleya phlogiformis é uma planta do Cerrado, que se apresenta como arbustos ou subarbustos1. Espécies dessa família são utilizadas popularmente como antissépticas no tratamento de erisipelas e infecções vaginais2,3. Objetivou-se nesse trabalho avaliar a atividade antibacteriana de extratos e frações das folhas de T. phlogiformis através da determinação da concentração inibitória mínima (CIM). Metodologia: As folhas foram coletadas em Pirenópolis/GO e a exsicata depositada no Herbário da UFG (nº 47868). O extrato etanólico bruto (EEB) das folhas foi obtido por maceração, seguido de concentração em rotaevaporador. O fracionamento do EEB produziu as frações hexânica (FH), acetato de etila (FAE), butanólica (FB) e aquosa (FA) e a imersão das folhas frescas em hexano, o extrato da superfície foliar (EHF). A atividade antimicrobiana foi determinada por testes de microdiluição em caldo. Resultados e discussões: Verificou-se atividade antibacteriana moderada do EEB (CIM= 125 a 250 μg/ml) contra Bacillus subtilis ATCC 6633, Micrococcus luteus ATCC 10240 e Bacillus cereus ATCC 14579; Para a FAC, boa atividade (CIM= 31,25 a 62,5 μg/ml ) foi verificada contra B. cereus ATCC 14579, B. subtilis ATCC 6633, M. luteus ATCC 10240 e moderada (CIM= 500 μg/ml) contra M. luteus ATCC 9341, Staphylococcus aureus ATCC 6538. A FB apresentou boa atividade (CIM= 62,5 μg/ml) contra M. luteus ATCC 10240 e atividade moderada (CIM= 500 μg/ml) contra M. luteus ATCC 9341; a fração aquosa mostrou atividade moderada (CIM= 250 μg/ml) contra M. luteus ATCC 10240. Para o EHF boa atividade antibacteriana foi observada contra B. cereus ATCC 14579 (CIM= 31,25 μg/ml), B. subtilis ATCC 6633 (CIM= 62,5 μg/ml) e atividade moderada contra M. luteus ATCC 10240 (CIM= 1000 μg/ml). Conclusões: A fração acetato de etila apresentou melhor atividade antibacteriana