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    AVALIAÇÃO DE FATORES QUE INTERFEREM NO CONTEXTO DE VIDA DE IDOSOS COM CONDIÇÃO CRÔNICA DE SAÚDE

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    Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis são um grave problema de saúde pública, atingindo principalmente idosos que necessitam de tratamento contínuo. Porém, muitas vezes, este não é seguido corretamente em virtude de diversos fatores. Além disso, outras condições podem se associar a essas doenças, interferindo no contexto de vida destes idosos. Objetivos: Analisar os fatores que interferem no contexto de vida de idosos com condições crônicas de saúde não transmissíveis e analisar os fatores que interferem na adesão ao tratamento medicamentoso de idosos com condições crônicas de saúde não transmissíveis. Método:Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de abordagem quantitativa, que foi realizado nas Estratégias Saúde da Família do município de São Miguel do Oeste/SC. Os participantes da pesquisa foram pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, que possuíam hipertensão arterial e/ou diabetes e que fazem tratamento medicamentoso controlado para estas doenças. Resultados: Segundo a avaliação da adesão foi possível identificar que 55 dos idosos com doenças não transmissíveis apresentaram uma boa aderência ao tratamento medicamentoso. No entanto, 25 deles foram apontados como não aderentes. Conclusão: Os resultados apontados por este estudo foram relativamente positivos. Contudo, é necessário continuar investindo em medidas de promoção da saúde e prevenção de agravos, visando promover a qualidade de vida.

    VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO EXTRACURRICULAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

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    Introdução: o estágio proporciona a relação com a teoria e prática, sendo fundamental para o desenvolvimento da construção do conhecimento. A vivência possibilita a compreensão de que a teoria e a prática se completam e se constituem. É um momento de aprendizado único e fundamental, visando ao acadêmico poder aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos nas disciplinas anteriores. Objetivo: relatar a vivência de estágio extracurricular no Hospital Nossa Senhora das Mercês em Iporã do Oeste. Método: trata-se de um relato de experiência, o qual foi realizado acompanhamento da supervisora enfermeira da unidade, pela acadêmica de enfermagem da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus de São Miguel do Oeste (SC). Resultados: a partir disso, foi observado que não consiste somente em ter habilidades técnicas, mas também deve haver uma formação ética e humanizada do profissional, pois assim, haverá uma recuperação mais eficiente do paciente, abordando não só as necessidades físicas, mas as emocionais também. Foi observada também, importância de olhar cada paciente como um todo, pois cada um tem suas características, sendo que deve haver união e respeito entre a equipe. Conclusão: através desta experiência, ela pode relacionar-se com profissionais formados há muitos anos, tendo várias experiências, então, isso fez com que sentisse mais curiosidade e entusiasmo em estudar, sem contarque o estágio é uma ótima oportunidade para o acadêmico crescer pessoalmente e ser um profissional de sucesso, articulando a teoria com a prática

    FATORES QUE INTERFEREM NA ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE IDOSOS COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

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    As doenças crônicas não-transmissíveis são consideradas um grave problema de saúde pública. Devido à sua complexidade, necessitam de tratamento contínuo. Porém, muitas vezes este não é seguido corretamente. Assim, os objetivos deste projeto são: analisar os fatores que interferem no contexto de vida de idosos com condições crônicas de saúde não transmissíveis e analisar os fatores que interferem na adesão ao tratamento medicamentoso de idosos com condições crônicas de saúde não transmissíveis. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de abordagem quantitativa, que será realizado nas Estratégias Saúde da Família dos bairros Agostini, Salete e São Luiz, localizadas no município de São Miguel do Oeste/SC. Os participantes da pesquisa serão pessoas, independente do sexo, com idade igual ou superior a 60 anos, que possuírem hipertensão arterial e/ou diabetes e que fazem tratamento medicamentoso controlado para estas doenças. Serão excluídas as pessoas com idade inferior a 60 anos e que não fazem uso de medicação controlada para hipertensão e/ou diabetes. Será utilizado para esta pesquisa um instrumento composto por: Dados sociodemográficos, econômicos e perfil clínico; Escala de adesão aos medicamentos de Morisky-Green; Escala WHOQOL-BREF- QUALIDADE DE VIDA; Escala de depressão geriátrica; Escala das atividades da vida diária- AVD; Mini exame do estado mental; Questionário sobre a fragilidade em idosos. Serão realizadas análises descritivas e bivariada, buscando a relação entre o contexto de vida do idoso, assim como a adesão ao tratamento medicamentoso

    SENTIMENTO DOS PAIS APÓS A REVELAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE CRIANES DE SEUS FILHOS

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    Introdução: a chegada de um filho gera muitas expectativas, que sofrem turbulência no momento em que a família recebe o diagnóstico de que a criança tem alguma necessidade especial de saúde, denomidas Criança com Necessidade Especial de Saúde, pois é algo inesperado e afeta o emocional. Objetivo: compreender os sentimentos dos pais frente a revelação do diagnóstico de CRIANES. Método: trata-se de um estudo qualitativo, com sete pais de CRIANES. A coleta de dados ocorreu no período de Julho à Agosto de 2016. Foi realizada a análise de Conteúdo de Bardin. Aprovado no comitê de ética e pesquisa sob parecer: 1.616.973. Resultados: identificou-se a categoria: Sentimento dos pais sobre a revelação do diagnóstico de CRIANES de seu filho. Com cinco subcategorias: 1) "Nós tínhamos uma coisa na cabeça e de repente o mundo cai", descreve a contradição das expectativas dos pais e a revelação do diagnóstico; 2) "Fiquei assim, muito chocada e no momento culpada", mostra o choque emocional e o sentimento de culpa dos pais; 3) "Lembro que chorava bastante", evidencia o abalo emocional, desgaste físico e psicológico causado nos pais e familiares ; 4) "Ele lá entre a vida e a morte", mostra as complicações da criança após o nascimento; 5) "Não foi só um choque para mim, foi para toda a família", mostra que o nascimento de uma CRIANES afeta a vida de todos que a cercam. Conclusão: percebe-se grande fragilidade após a revelação do diagnóstico, sentimento de choque, negação, culpa e tristeza, sendo necessário o apoio emocional e informacional dos profissionais da saúde, para com os pais

    EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA COMO PRÁXIS TRANSFORMADORA DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DE CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR

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    Introdução: A escola tem representado um importante local para o encontro entre saúde e educação. A educação em saúde na escola representa um mecanismo articulado de esforços entre educadores e profissionais da saúde, orientados para o melhoramento das condições de saúde da comunidade escolar. Objetivo: Relatar a atividade de educação em saúde na escola desenvolvida com alunos da educação infantil de escolas municipais. Método: Relato de experiência de atividades de educação em saúde, desenvolvidas por acadêmicas de Enfermagem da UNOESC, durante as aulas práticas de Saúde Coletiva, na Estratégia de Saúde da Família, no mês de outubro de 2016. Os assuntos abordados foram tracoma, hanseníase e verminose, em detrimento de uma campanha municipal, vinculada à Secretaria de Saúde e à Vigilância Epidemiológica. Foram utilizados cartazes ilustrativos e realizadas dinâmicas educativas com os alunos. Resultados: A atividade proporcionou maior conhecimento e entendimento acerca da transmissão, prevenção e tratamento do tracoma, hanseníase e verminose, bem como os cuidados necessários para evitar estas doenças. Houve interesse dos alunos, que participaram ativamente das atividades, possibilitando um espaço para troca de experiências. Considerações finais: Aeducação em saúde é uma práxis transformadora de modos de pensar e viver. A consolidação destas práticas na escola requer iniciativas interdisciplinares desenvolvidas a partir do conhecimento da realidade a qual se trabalha, identificando os reais problemas e soluções viáveis para o contexto em que vive cada indivíduo

    INFECÇÃO PELO HIV: VULNERABILIDADE ENTRE UNIVERSITÁRIAS

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    Introdução: Mudanças vêm ocorrendo nos últimos anos em relação ao Vírus daImunodeficiência Humana (HIV), sendo capaz de ser identificado por meio dafeminização e juvenização da doença. A alteração é relacionada com adolescentes, ondeestas particularidades favorecem uma maior vulnerabilidade das mulheres, bem como, prejudicando suas condições socioeconômicas e laços sentimentais. Objetivo: reconhecer o discernimento das adolescentes universitárias em relação à vulnerabilidade à infecção através do vírus HIV. Método: O estudo trás um método qualitativo, exploratório-descritiva, realizado na Universidade da Fronteira Sul no Campus de Chapecó (UFFS/SC). Sendo os sujeitos alvo do estudo um total de oito universitárias com idade entre 18 e 24 anos. Resultados: Com relação à análise, prevalece a categoria analítica: percepção da vulnerabilidade sobre o HIV. No contexto pessoal, ressaltaram os pontos do entendimento e do hábito das universitárias, tais como a falta de compromisso e atitudes em relação à prevenção e a falta de conhecimento e de atividades educativas sobre as formas de transmissão e prevenção do HIV/AIDS. Já na vulnerabilidade social, as questões foram relacionadas às crenças religiosas, tendo acesso nos serviços de saúde e na escola. Conclusão: Este estudo apontou resultados para a necessidade de atividades efetivas para minimizar a condição de fragilidade dessas acadêmicas, como a realização de um cuidado integral e eficaz, para poderem promover espaços de troca de conhecimentos na universidade, diminuindo as situações de vulnerabilidade das mesmas

    ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE IDOSOS COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS: NOTA PRÉVIA

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    Introdução: As doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) são responsáveis por muitas mortes e doenças em diversos países, seja de alta, média ou baixa condição socioeconômica (GOULART, 2011). O processo de envelhecimento está associado a uma maior probabilidade de acometimento por DCNT. O envelhecimento normal envolve alterações moleculares, morfofisiológicas e funcionais. Estas alterações estão associadas à idade e ao acúmulo de danos ao longo da vida, que inclui a soma de fatores genéticos e hábitos não saudáveis (GOTTLIEB et al., 2011). As questões norteadoras e os desafios que são base para o desenvolvimento desta pesquisa tem como foco principal a adesão por idosos ao tratamento para diabetes e hipertensão arterial e os fatores que interferem na correta adesão. Assim, tem-se como questão de pesquisa: quais os fatores que interferem na adesão ao tratamento de condições crônicas não transmissíveis no idoso? Para que os profissionais de saúde possam qualificar o acompanhamento, avaliar se o indivíduo compreendeu ou está compreendendo o tratamento e estimular a coparticipação é necessária que a operacionalização das atividades nas Estratégias Saúde da Família (ESFs) seja avaliada. Assim, o maior tempo para o diálogo e educação em saúde, tanto nas consultas, quanto nas atividades coletivas, pode ser eficiente na adesão ao tratamento. Além disso, a atuação da equipe da Estratégia Saúde da Família através das visitas domiciliares pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e das consultas médicas e/ou de enfermagem mensais são estratégias que podem auxiliar para que o processo de adesão seja efetivo e os impactos ao sistema de saúde e aos usuários sejam menores (COUTINHO; SOUZA, 2011). Acredita-se que o conhecimento por parte dos profissionais de saúde, pacientes e familiares sobre como está a adesão ao tratamento para DCNT e os fatores que interferem nela possibilita uma melhor qualidade no tratamento. Assim, este estudo contribuirá para a melhor adesão ao tratamento para DCNT nas Estratégias Saúde da Família pesquisadas, em consequência, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Objetivos: analisar os fatores que interferem no contexto de vida de idosos com Condições Crônicas de Saúde não transmissíveis; analisar os fatores que interferem na adesão ao tratamento medicamentoso de idosos com Condições Crônicas de Saúde não transmissíveis. Método: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de abordagem quantitativa. O campo de estudo será nas Estratégias Saúde da Família dos bairros Agostini, Salete e São Luiz (microcontexto), localizadas no município de São Miguel do Oeste (macrocontexto), no Extremo Oeste de Santa Catarina. A amostra do estudo será composta por aproximadamente 350 sujeitos (nível de confiança 95% e erro amostral 7%). Serão incluídas as pessoas, independente do sexo, com idade igual ou superior a 60 anos, que possuírem hipertensão arterial e/ou diabetes e que fazem tratamento medicamentoso controlado para estas doenças. Serão excluídas as pessoas com idade inferior a 60 anos e que não fazem uso de medicação controlada para hipertensão e/ou diabetes. A coleta de dados já teve inicio no mês de agosto, e irá até novembro de 2017. A seleção dos participantes esta ocorrerendo de duas maneiras: 1) Nas ESFs, para os idosos com hipertensão e/ou diabetes que vierem para atendimento, retirada de medicamentos, entre outras situações que necessitarem comparecer à instituição; 2) Por meio de visitas domiciliares, que serão programadas com os Agentes Comunitários de Saúde das ESFs. Para a coleta de dados serão utilizadas as dependências das ESFs ou o domicílio/residência dos sujeitos pesquisados. Esta sendo utilizado um instrumento composto por: 1) Questionário de caracterização da população do estudo, que integrará: dados sociodemográficos, econômicos e perfil clínico; 2) Escala de Adesão Terapêutica de Morisky-Green; 3) Escala de Avaliação da Qualidade de Vida (WHOQOL-bref); 4) Escala de Depressão Geriátrica; 5) Escala das Atividades da Vida Diária (AVD); 6) Mini Exame do Estado Mental; 7) Edmonton Frail Scale. Os dados coletados serão digitados no programa Epi-info ®, versão 7, e após verificação de erros e inconsistências serão analisados estatisticamente no Programa PASW Statistics® (Predisctive Analytics Software, da SPSS Inc., Chicago – USA) versão 18.0 for Windows. Serão realizadas análises descritivas e bivariada, buscando a relação entre o contexto de vida do idoso, assim como a adesão ao tratamento medicamentoso, em relação as demais variáveis. O projeto recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNOESC/HUST, parecer: 2.092.864.. O projeto respeitará os preceitos éticos da Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Objetivando a garantia do sigilo e anonimato, esta sendo solicitada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A pesquisa terá o compromisso com a privacidade e a confidencialidade dos dados utilizados, preservando o anonimato dos sujeitos de pesquisa. Esta pesquisa, segundo a classificação da Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) 466/2012 é de risco mínimo, pois, é realizada através de questionário sem invasão alguma a privacidade e autonomia dos participantes. Os resultados serão divulgados a partir de meio científico. Além disso, serão confeccionados banners com os principais achados da pesquisa que ficarão disponíveis nas ESFs dos bairros Agostini, Salete e São Luiz e na UNOESC de São Miguel do Oeste. Resultados Esperados: os resultados desta pesquisa permitirão: entender como está a adesão à terapia medicamentosa para as doenças crônicas não-transmissíveis nos idosos das ESFs supracitadas; conhecer os fatores que interferem no contexto de vida de idosos com doenças crônicas não-transmissíveis; conhecer os fatores que interferem na adesão ao tratamento medicamentoso de idosos com doenças crônicas não-transmissíveis; maior conhecimento por parte dos familiares e profissionais de saúde sobre o contexto de vida e a adesão à terapia medicamentosa para DCNT pelos idosos, melhorando assim, a assistência a esses indivíduos; melhorar a adesão e a qualidade de vida dos sujeitos pesquisados; contribuir para o conhecimento na área da enfermagem no que se refere ao tema; além disso, esperamos que o estudo sirva de base para outras pesquisas que possam complementar esse tema de grande relevância para a saúde pública. Conclusão: As doenças crônicas nãotransmissíveis possuem grande relevância nos dias atuais devido ao grande impacto que trazem para a sociedade. Além de alterarem a vida dos indivíduos acometidos, que precisam se adaptar ao uso de medicamentos controlados e desenvolver hábitos saudáveis, afetam também os familiares, que muitas vezes precisam mudar suas vidas para ajudar o familiar doente, principalmente quando este é idoso. Assim, é de extrema importância que haja uma correta adesão ao tratamento medicamentoso pelos idosos que possuem estas doenças. Diante disso, espera-se que, com esse estudo seja possível entender como está a adesão ao tratamento medicamentoso em idosos com DCNT nas ESFs pesquisadas e os fatores que interferem nela e no contexto de vida destes indivíduos, proporcionando maior conhecimento aos familiares e profissionais de saúde, visando qualificar a assistência, melhorando também a adesão e a qualidade de vida dos sujeitos pesquisados, contribuindo para o conhecimento na área da enfermagem e permitindo que novas pesquisas sobre o tema surjam. Palavras-chave: Idoso. Doenças crônicas não-transmissíveis. Adesão à medicação. Estratégia Saúde da Família

    ESTRESSE NO TRABALHO: UMA AVALIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

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    Introdução: o estresse é, sobretudo um desgaste no corpo e da mente, que pode atingir níveis degenerativos. Os profissionais da enfermagem estão presentes em unidades hospitalares consideradas desgastantes, que aumentam o desgaste dependendo da carga de trabalho e pela especificidade das funções a serem desempenhadas (BATISTA; BIANCHI, 2006). Assim sendo, pode também estar associado ao desenvolvimento do estresse, uma vez que, a sua associação esta atrelado a diferentes situações, envolvendo as demandas do ambiente e a sua habilidade de enfrentamento (LAZARUS; FOLKMAN, 1984). A indisposição dos profissionais de enfermagem está diretamente ligada ao estresse, e vem aumentando nos últimos anos. Os profissionais de enfermagem atuam em diversos setores, conforme seu campo de atuação e compatível com a sua formação. Nesta percepção, o estresse provoca desequilíbrio emocional, provado por fatores externos, emocionais e ambientais, além de contemplar as características sociais, econômicas e culturais. Além disso, esta associada ao tempo de exposição (pequeno ou em longo prazo) do trabalhador, o nível do desequilíbrio e do estresse sofrido e da incidência do ocorrido (COSTA; POLAK, 2009). Objetivo: analisar o estresse no trabalho dos profissionais da enfermagem de um Hospital do Extremo Oeste de Santa Catarina. Método: trata-se de uma pesquisa descritiva-exploratória, de abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada em um hospital da região do extremo oeste de Santa Catarina. Participaram da pesquisa 100 profissionais de enfermagem, sendo enfermeiros e técnicos, de ambos os sexos. A coleta de dados aconteceu no período de agosto a setembro de 2016. Para a coleta de dados foi utilizado um instrumento de pesquisa contendo: 1) Questionário sócio demográfico, econômico e características funcionais do trabalho; 2) Escala de Estresse no trabalho. Foram realizadas análises de frequencia e descritiva. O projeto teve aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina, sendo registrado por meio da Plataforma Brasil, com aprovação, número CAAE: 47427415.4.0000.5367 e do parecer número 1.657.563. Resultados: os participantes da pesquisa eram predominantes do sexo feminino (95 %), obtendo a predominância das faixas etárias entre 20 a 29 anos (38%) e 30 a 39 anos (37%). Em relação à situação conjugal, 60% convivem com esposo (a) ou companheiro (a), a renda mensal familiar predominante foi de 3 a 6 salários (55,6%). A carga horária do trabalho prevalente variou entre 40 a 60 horas semanais (51%). Tempo na função exercida obteve predomínio em período de menos de um ano e menos que cinco anos (77%), e o turno que mais atua com frequência período diurno (manhã/tarde) apresentando 39% e o setor de atuação predominante foi à internação (35%). Em questão de cuidados a saúde, 82% informaram que não realizam nenhum tipo de tratamento a saúde, e dentre os 18% que realizam tratamento de saúde, 27,8% foram em decorrência de problemas com a asma. Segundo a análise descritiva da Escala de Estresse no trabalho, as médias que obtiveram os escores de reposta mais altas foram: Questão 1 - forma como as tarefas são distribuídas em minha área tem me deixado nervoso? (2,78; ±0,949); Questão 2 - O tipo de controle existente no meu trabalho me irrita? (2,43; ±0,967); Questão 22 - O tempo insuficiente para realizar meu volume de trabalho deixa-me nervoso? (2,33; ±0,865); Questão 16 - As poucas perspectivas de crescimento na carreira têm me deixado? (2,29; ± 0,924). Os escores de respostas que apresentaram as menores médias foram: Questão 11 - Sinto-me incomodado com a comunicação existente entre mim e meu superior? (1,72; ±0,697); Questão 17 - Tenho me sentido incomodado por trabalhar em tarefas abaixo do meu nível de habilidade? (1,86; ± 0,739); Questão 21 - Sinto-me irritado por meu superior encobrir meu trabalho bem feito diante de outras pessoas? (1,87; ± 0,774); Questão 23 - Fico incomodado por meu superior evitar me incumbir de responsabilidades importantes? (1,88; ± 0,686). A análise descritiva da Escala de Estresse no trabalho foi calculada por meio da pontuação bruta da escala. A média da pontuação foi de 48,41 ± 1,214; e intervalo de confiança 95% 45,99 – 50,82; o mínimo da pontuação bruta foi 25 e o máximo 93. A consistência interna da Escala de Estresse no Trabalho foi avaliada por meio do coeficiente Alpha de Cronbach (0,92). Isso indica que os escores dos 23 itens sugerem medidas confiáveis as variáveis pesquisadas. A realização do teste de Komogorov-Smirnov evidenciou uma concentração das respostas no escore 50 da Escala de Estresse no trabalho. Isso denota que a escala apresenta aderência a uma distribuição normal, apresentando uma curva simétrica. Segundo a classificação do nível de Estresse no trabalho entre os profissionais da enfermagem, foi possível identificar que as maiores prevalências dos casos estavam relacionadas: a um Médio Nível Estresse (52%) seguido de um Baixo Nível de Estresse no trabalho (44%). Assim, o estresse não pode ser considerado uma questão exclusiva a uma doença, da mesma forma, não pode-se afirmar se a pessoa tem ou não tem. Um estudo realizado com um grupo de enfermeiros em instituições hospitalares demonstrou que o estresse, apresentou uma relação maior com o ambiente de convívio, considerado estes como fatores externos (família, trabalho, socialização) e outros ligados a fatores internos (emocional e valores), o que pode interferir na avaliação do nível de estresse (BIANCHI, 2001). Em correlação às consequências causadas pelo estresse são visivelmente sentidas nas condições psicológicas e emocionais. Neste sentido, o estresse é um dos riscos mais sérios ao bem estar psicossocial do indivíduo. Conclusão: Foram avaliados os níveis de estresse no trabalho e foi identificado que os profissionais apresentam uma maior prevalência de médio nível de estresse no trabalho o que reflete na existência dentro do contexto de trabalho, de pontos que elevam este nível de estresse. Os aparecimentos dos níveis de estresse estão presentes nos ambientes internos e externos, tendo seu aparecimento em maior incidência de forma discreta, envolvendo o ambiente, fatores emocionais e sociais, que inicialmente não são perceptíveis pelos profissionais, que podem trazer consequências para o cotidiano de vida deste profissional. Portanto deve-se ter um olhar preconizado a equipe de enfermagem em relação à promoção e prevenção da saúde, pois com isso pode-se ter um melhor atendimento e uma melhor assistência prestada, assim como, na satisfação do profissional. Palavras-chave: Equipe de Enfermagem; Estresse; Saúde do Trabalhador

    AVALIAÇÃO DE FATORES QUE INTERFEREM NO CONTEXTO DE VIDA DE IDOSOS COM CONDIÇÃO CRÔNICA DE SAÚDE

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    Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são responsáveis por muitas mortes e doenças em diversos países, seja de alta, média ou baixa condição socioeconômica. A Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu um instrumento para medir a “carga global da doença” chamado Ano de Vida Ajustado por Incapacidade (DALY). O DALY parte do pressuposto de que a medida mais adequada dos efeitos das DCNT é o tempo gasto por doença ou morte prematura (GOULART, 2011). Objetivo: Os objetivos deste estudo são analisar os fatores que interferem no contexto de vida de idosos com condições crônicas de saúde não transmissíveis e analisar os fatores que interferem na adesão ao tratamento medicamentoso de idosos com condições crônicas de saúde não transmissíveis. Método: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, de abordagem quantitativa. O campo de estudo foi as Estratégias de Saúde da Família (ESFs) dos bairros Agostini, Salete e São Luiz, localizados no município de São Miguel do Oeste, no Extremo Oeste de Santa Catarina. Na pesquisa foram incluídas as pessoas independente do sexo, com idade igual ou superior a 60 anos, que possuem hipertensão arterial e/ou diabetes e que fazem tratamento medicamentoso controlado para estas doenças. Foram respeitados os preceitos éticos que regem a pesquisa com seres humanos, conforme a Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC). Resultados: Segundo a caracterização demográfica, econômica e social da população de idosos com doenças crônicas não transmissíveis que são atendidas nas Estratégias de Saúde da Família do município de São Miguel do Oeste, pode-se observar que predominou as faixas etárias dos 60 a 70 anos (51,25%), com predominância do sexo feminino, com 68,75% e 70% dos sujeitos pesquisados apresentaram escolaridade equivalente ao 1° grau incompleto. A baixa escolaridade tem sido apontada como um fator que compromete os níveis de adesão ao tratamento, uma vez que o paciente apresenta dificuldade de ler e seguir a prescrição médica, reconhecer os diversos medicamentos utilizados e prosseguir, rigorosamente, com as orientações quanto ao horário e números de doses (NOBRE; PIERIN; MION, 2001; STRELEC; PIREIN; MION, 2003). Segundo a situação conjugal, 60% convivem com esposo (a) ou companheiro (a), 40% possuem de 1 a 3 filhos e renda mensal familiar até dois salários mínimos (36%). A doença crônica não transmissível que obteve mais resultados foi a hipertensão, com 58,75%. Destes, 51,25% estão cadastrados na ESF Agostini. A maioria dos participantes adquire os medicamentos na própria ESF (96,25%). Com relação as atividades físicas, 60% refere que não pratica exercícios e 55% consideram ter uma alimentação saudável. Quanto ao consumo de cigarro, 78,75% não fumam e nem convivem com fumante. O mesmo percentual pode ser observado quanto as pessoas que não consomem bebida alcoólica. O tratamento da hipertensão, assim como do Diabetes Mellitus constitui-se, além do uso de medicamentos, na adoção de hábitos saudáveis, como o consumo restrito de bebidas alcoólicas, a prática de exercícios físicos, a abstinência do tabagismo e um plano alimentar adequado (SMELTZER; BARE, 2009). Segundo a avaliação da adesão da terapia medicamentosa para a doença crônica não transmissível, pode-se observar que as respostas que tiveram maior representatividade foram as que estão relacionadas com o seu medicamento. Percebe-se que 97,50% informaram que tomaram seus medicamentos no dia anterior da pesquisa e 92,50% acusaram que não param de tomar os medicamentos quando sentem que a diabetes e/ou a hipertensão está controlada. Foi possível observar que 86,25% nunca pararam de tomar os remédios e nem diminuíram a dose sem avisar o médico. 85% informaram que tomaram os remédios nas duas últimas semanas, 82,50% mencionam que quando viajam não esquecem de levar seus medicamentos e 72,50% referem não esquecer de tomar os remédios. 67,50% não se sentem incomodados por seguir corretamente o tratamento e 58,75% nunca tiveram dificuldades em se lembrar de tomar os medicamentos todos os dias. Segundo a avaliação da adesão, foi possível identificar que 55 dos idosos com doenças não transmissíveis de abrangência das Estratégias de Saúde da Família do município de São Miguel do Oeste apresentaram uma boa aderência ao tratamento medicamentoso. No entanto, 25 deles foram apontados como não aderentes. A adesão ao tratamento é complexa e envolve vários fatores, dentre eles as características do usuário, característica da doença, costumes culturais e de vida, tratamento medicamentoso, dificuldades de acesso ao serviço de saúde e relacionamento com a equipe de saúde (NOBRE; PIERIN; MION, 2001; STRELEC; PIREIN; MION, 2003). Essa nova era do envelhecimento requer planejamento, logística e sensibilidade, visto que a população idosa continuará aumentando até o ano de 2050. Assim, o profissional de saúde que não promove e não cria medidas preventivas torna-se negligente e não auxilia no desenvolvimento do país (SILVA et al., 2015). Estudos mostram que o profissional de saúde é um elemento chave no processo assistencial ao indivíduo com hipertensão e diabetes, ao centrar esforços em todos os estágios para o diagnóstico precoce da doença, confirmação e avaliação do tratamento. É importante conhecer as reais necessidades do usuário e, com base nelas, programar estratégias direcionadas ao autocuidado e à coparticipação no planejamento da terapêutica que vise à obtenção de maior grau de adesão ao tratamento (BRITO, 2008; JESUS, 2008). Na pesquisa de Remondi, Cabrera e Souza (2014), realizada no município de Cambé, Paraná, Brasil, quanto a adesão da terapia medicamentosa contínua, menos de um quinto das pessoas relataram interferências na adesão ao tratamento, como reações adversas, interferência do tratamento na rotina e não ter recebido orientações do profissional prescritor. O processo de enfermagem é uma tecnologia que permite realizar, de forma sistemática e dinâmica, um cuidado humanizado, dirigido a resultados positivos e de baixo custo, possibilitando compreender, descrever e/ou explicar como a clientela responde aos problemas de saúde e processos vitais, e determinar que aspectos exijam intervenções de enfermagem (ALFARO-LEFEVRE, 2005; GARCIA, 2000). Os serviços de saúde podem adotar em sua prática a avaliação da adesão ao tratamento e da frequência de sua utilização, identificando e interferindo em situações de risco. Isto pode ser feito nos domicílios dos pacientes, onde é possível uma análise ampla dos medicamentos em uso e a inclusão da equipe multidisciplinar na promoção do uso racional de medicamentos (REMONDI; CABRERA; SOUZA, 2014). Conclusão: Apesar de algumas limitações apresentadas pelos idosos, a maioria deles apresentou cumprir a terapêutica medicamentosa e 31,25% foram apontados como não aderentes, gerando assim reflexões e discussões acerca dos cuidados com as condições crônicas de saúde no contexto da educação em saúde, podendo agregar este aprendizado ao cotidiano de vida. Ao identificar os fatores que interferem no contexto de vida e na adesão ao tratamento medicamentoso de idosos com condição crônica de saúde, possibilita-se a contribuição para a formulação/reformulação de políticas públicas de saúde. Por este motivo, é necessário continuar colocando em prática medidas de prevenção e promoção de saúde, visando promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade de riscos à saúde, tendo ações voltadas para a prevenção do uso de tabaco e álcool, assim como o incentivo para ter uma alimentação saudável, realizar atividades físicas e usufruir de um ambiente saudável, possuindo uma expectativa de manter uma boa adesão à medicação à medida que os anos passarem
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