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    Perfil epidemiológico da hanseníase em menores de quinze anos no município de Belém - PA

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    Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia e Vigilância em Saúde. Ananindeua, PA, Brasil.A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica que pode acometer pessoas de qualquer idade e ambos os sexos, porém quando esta acomete crianças e jovens menores de 15 anos é preocupante por sinalizar precocidade de exposição e focos ativos da doença, bem como uma deficiência do sistema de vigilância local. Assim, pretendeu-se com este trabalho analisar o perfil epidemiológico da hanseníase em menores de 15 anos no município de Belém – PA através de um estudo epidemiológico, do tipo ecológico com uma amostra de 356 casos novos contidos no bando de dados do SINAN na série histórica de 2005 a 2014. Foram utilizados os programas Epiinfo™ versão 7.2 e R Commander para análise estatística dos dados, bem como o software Google Earth Pro para o georreferenciamento dos casos. Verificou-se que a grande maioria dos casos concentra-se na faixa etária dos 10 a 14 anos (64,89%) com a forma tuberculóide predominante (37,92%) e grau de incapacidade 0 no momento do diagnóstico (77,81). Entretanto, chama atenção o quantitativo de casos identificados com grau I ou II (10,11%). Como potenciais fatores de risco para incapacidade física identificou- se a idade (p=0,021) e a forma clínica dimorfa (p=0,009). Quanto ao georreferenciamento dos casos, detectou-se importantes áreas de clusters (Guamá, Jurunas, Tapanã, Terra Firme e Benguí), bem como bairros com alta taxa de detecção (Bonfim, Praia Grande, Val-de-Cães, Fátima, Guanabara e Carnanduba), além de se apontar a distribuição espacial dos casos identificados com grau de incapacidade I ou II. Frente a esta análise, conclui-se o quanto a hanseníase em menores de 15 anos ainda se constitui um importante problema de saúde pública no município de Belém, evidenciada pelo contágio cedo e falta de vigilância destes casos. Ademais, se constata que 80% destas crianças são detectadas com formas polarizadas e ainda algum grau de incapacidade, necessitando fortalecer suas políticas públicas de saúde bem como o sistema de vigilância, principalmente no que diz respeito a uma maior abrangência e qualidade dos serviços de saúde, com capacitação da equipe, diagnóstico precoce, busca ativa, além de uma melhor alocação de recursos para áreas com maior risco de transmissão

    Spatial distribution of leprosy cases in children under 15 years old, in Belém, Pará State, Brazil

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    Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisa e Instituto Evandro Chagas.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Curso de Pós-Graduação em Epidemiologia e VigiLância em Saúde. Ananindeua, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Curso de Pós-Graduação em Epidemiologia e VigiLância em Saúde. Ananindeua, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Ananindeua, PA, Brasil.OBJETIVOS: Identificar a distribuição espacial dos casos de hanseníase em menores de 15 anos de idade, no município de Belém, estado do Pará, Brasil, entre 2005 e 2014, e correlacionar a indicadores socioeconômicos. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo ecológico de 356 casos novos registrados em Belém, cujos dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram avaliadas as seguintes variáveis clínico-epidemiológicas: sexo, faixa etária, classificação operacional, forma clínica, grau de incapacidade física no diagnóstico, modo de detecção e coeficiente de detecção em menores de 15 anos de idade. Realizou-se o georreferenciamento, a partir do endereço registrado na ficha de notificação, para a produção de mapas com divisão por bairros, e correlacionou-se a taxa de incidência com os dados socioeconômicos de cada bairro, a partir da regressão linear. RESULTADOS: O município de Belém foi classificado como hiperendêmico para hanseníase em menores de 15 anos de idade, sendo destacados cinco bairros que concentravam aproximadamente 35% dos casos. Dos 71 bairros, 22 foram considerados hiperendêmicos pela taxa de detecção, e o georreferenciamento identificou duas áreas de clusters. A correlação com dados socioeconômicos demonstrou significância para falta de renda, ausência de coleta de lixo e ausência de coleta de esgoto. CONCLUSÃO: A distribuição da hanseníase não é homogênea no município, havendo necessidade de direcionamento dos recursos para as áreas de maior vulnerabilidade
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