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    Endometrioma: aspectos etiopatogênicos, métodos diagnósticos e manejo terapêutico

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    Os endometriomas são caracterizados como cistos que podem variar de tamanho, podendo apresentar-se de milímetros até 10 cm de diâmetro, os quais afetam significativamente o bem-estar e a qualidade de vida das portadoras. Também são conhecidos como “cistos achocolatados”, em virtude do conteúdo sanguinolento, acastanhado e espesso. Decorrem da endometriose, a qual consiste em um distúrbio ginecológico comum, caracterizado pela presença de glândulas e estroma endometrial fora da cavidade uterina. Tais implantes teciduais são mais comuns no ovário; contudo, podem estar presentes em sítios extrapélvicos. Etiologicamente, sabe-se que a endometriose é multifatorial e está relacionada com fatores genéticos, ambientais, epigenéticos, hormonais, entre outros. Em virtude da sua variedade etiológica, a epidemiologia é variada e a incidência depende de diversos fatores. Contudo, sabe-se que consiste em uma patologia presente em cerca de 5 a 10% das mulheres em idade fértil, sendo que, aproximadamente, 44% das mulheres diagnosticadas com endometriose vão apresentar o endometrioma. Entre as principais manifestações clínicas decorrentes da endometriose estão a dor pélvica crônica, infertilidade, dismenorreia e dispareunia, sendo comum o achado de massa extra-uterina nos casos com endometrioma. No que tange ao diagnóstico, este é baseado na história clínica sugestiva de endometriose, associada ao toque bimanual e exame especular realizados ao exame físico. Além disso, alguns exames complementares são utilizados, como o CA 125 e a ultrassonografia transvaginal, que permitem a visualização direta da massa sugestiva do endometrioma. O manejo terapêutico é imprescindível, a fim de evitar evolução do quadro e piora substancial na qualidade de vida. Acerca do tratamento clínico, faz-se a terapia hormonal e, nos casos de refratariedade ou na presença de massas maiores, preconiza-se o tratamento cirúrgico. A escolha da terapia mais adequada deve ser feita de maneira individualizada considerando aspectos como a intensidade da dor e o desejo reprodutivo
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