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    Orlandos: um olhar feminista sobre as traduções do romance de Virginia Woolf no Brasil

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    Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2017.No romance woolfiano Orlando: A biography (1928), a protagonista homônima tem a vida documentada por um biógrafo ao longo de aproximadamente 400 anos, e na metade da narrativa transforma-se de homem em mulher. Por meio da proposta da androginia ? que seria mais extensamente discutida pela autora em seu ensaio A Room of One?s Own (1929) ? e das tensões entre romance e biografia, Woolf faz severas críticas ao binarismo de gênero e às condições de submissão e apagamento a que foram submetidas as mulheres ao longo da história, cobrindo desde o período elisabetano ? quando a narrativa tem início, até seu ano de publicação, 1928. Partindo de uma leitura feminista, esta dissertação traz o cotejo e a análise de cinco traduções brasileiras da obra: a de 1948, por Cecília Meireles; a de 1994, por Laura Alves; a de 2013, por Doris Goettems, a de 2014, por Jorio Dauster, e a de 2015, por Tomaz Tadeu a fim de observar em que medida as discussões acerca dos estudos feministas se revelam como elementos importantes nos respectivos projetos de tradução. O aporte teórico relacionado à intersecção entre os Estudos da Tradução e os Estudos Feministas é baseado em Chamberlain (1998), Bassnett (1992), Simon (1996) e von Flotow (1998; 2011).Abstract : In the Woolfian novel Orlando: A biography (1928), the title character?s life is documented by a biographer through roughly 400 years. Halfway through the narrative, Orlando, initially a man, is transformed into a woman. By means of the discussions on androgyny ? expanded in A Room of One?s Own (1929) ? and the tensions between biographic and novelistic genre characteristics, Woolf develops severe critics on gender binarism, women?s submission and the historic erasure of women writers ? from the Elizabethan period, when the narrative starts, until 1928, when it was first published. Departing from a feminist reading, this thesis compares and analyses the five Brazilian translations of the novel: by Cecília Meireles (1948); by Laura Alves (1994); by Doris Goettems (2013), by Jorio Dauster (2014) and by Tomaz Tadeu (2015). The aim is observe to what extent the discussions taken forward by the Feminist Studies have been considered in the five translation projects. Regarding the intersection between Translation Studies and Feminist Studies, the theoretical framework adopted is based in Chamberlain (1998), Bassnet (1992), Simon (1996) and von Flotow (1998; 2011)

    Utopismos feministas da/na linguagem literária: algumas questões de tradução

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    As décadas de 1960 e 1970, geralmente referidas como momento de abertura da segunda onda do feminismo, foram palco de importantes utopismos feministas também no âmbito da linguagem – e, consequentemente, da literatura –, paralelamente ao ativismo militante. O presente trabalho oferece uma breve análise de três ficções utópico-feministas no tocante a questões da linguagem, em suas interfaces com dinâmicas da ação tradutória: The Cook and the Carpenter (1973), de June Arnold, Woman on the Edge of Time (1976), de Marge Piercy e Ancillary Justice (2013), de Ann Leckie, observando suas respectivas traduções, tanto existentes quanto potenciais. Numa perspectiva informada pela Crítica Feminista, pelos Estudos de Gênero e pelos Estudos da Tradução, nossa reflexão enfoca as formas pelas quais as linguagens feministas experimentais configuradas nessas obras e em suas traduções sublinham e desestabilizam o sexismo e o binarismo de gênero conforme materializado na/pela linguagem
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