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    Leiomioma gigante com 10 anos de evolução associado a hérnia umbilical volumosa: um relato de caso / Giant leiomyoma with 10 years of evolution associated with large umbilical hernia: a case report

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    Introdução: Leiomiomas são tumores monoclonais benignos advindos de células de músculo liso e fibroblastos do miométrio, sendo os tumores pélvicos mais comuns em mulheres (STEWART; COOKSON; GANDOLFO; SCHULZE-RATH, 2017). Têm grande morbidade, podendo levar a grande impacto na qualidade de vida de mulheres, principalmente na fertilidade e complicações obstétricas (WISE; LAUGHLIN-TOMMASO, 2016).Relato de Caso: A.B.M.N., feminino, negra, 50 anos, procurou serviço de Ginecologia, informando aumento do volume abdominal. Referiu que queixa teve início há 10 anos associada a aumento do fluxo menstrual antes da menopausa (ocorrida aos 43 anos), negando outros sintomas. Realizou tratamento prévio com Goserrelina durante 11 meses. Mediante exame físico, constatou-se aumento de volume abdominal somado à presença de hérnia umbilical redutível. Com o resultado de novos exames de imagem evidenciando a magnitude do tumor, decidiu-se uma abordagem cirúrgica de histerectomia total abdominal somada a salpingectomia bilateral e, levando em conta a associação à hérnia umbilical, foi realizada, junto à equipe de cirurgia geral, herniorrafia umbilical seguida de umbilicoplastia, sem intercorrências. As peças cirúrgicas foram enviadas para análise anatomopatológica com resultado confirmando diagnóstico de leiomiomatose uterina sem malignidade, sendo o peso do maior mioma, pediculado em parede anterolateral esquerda do útero, de 6.280 gramas e medindo 24x22x20 cm.Discussão: Fatores de risco para o desenvolvimento de leiomiomas incluem raça negra (risco 2-3x maior do que na raça branca, além de crescimento mais acelerado da lesão nos anos antecedentes à menopausa (STEWART; COOKSON; GANDOLFO; SCHULZE-RATH, 2017; WISE; LAUGHLIN-TOMMASO, 2016)), nuliparidade, menacme longa, estresse e história de violência na infância/racial, tempo decorrido desde a  última gestação, hipertensão arterial (DOLMANS; DONNEZ; FELLAH, 2019; WISE; LAUGHLIN-TOMMASO, 2016). O tratamento deve considerar: desejo de gestar, sintomatologia, idade, localização/tamanho da lesão, sendo opções disponíveis a miomectomia, fármacos, embolização da artéria uterina, histerectomia ou conduta expectante. Considerando esta paciente, mulher negra, hipertensa, nulípara, com início da queixa três anos antes da menopausa, podemos admitir o alto risco de desenvolvimento da doença e traçar um plano terapêutico, escolhendo a histerectomia total abdominal devido ao grande volume do mioma, distorção uterina e necessidade de reparo da hérnia umbilical presente como melhor alternativa para esta paciente.Conclusão: Frente ao caso, conclui-se a importância do acesso facilitado ao sistema de saúde e a necessidade de referência/contrarreferência para casos complicados. Além disso, a integração da equipe multidisciplinar para a resolução do caso foi essencial para um bom resultado e recuperação da paciente e melhora da qualidade de vida

    Covid-19 na gestação, uma revisão de literatura / Covid-19 in pregnancy, a review of the literature

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    OBJETIVOS: Diante do cenário de pandemia que acomete diversos países do mundo dentre os quais o Brasil, é levantado o questionamento sobre as possíveis complicações e cuidados necessários com as populações de risco, com destaque para as gestantes. MÉTODOLOGIA: Pesquisa em bases de dados online de modo a adicionar os dados mais atuais à revisão. RESULTADOS: Gestantes apresentam maior taxa de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e as que precisam de internação têm piores desfechos, associado a um maior risco de prematuridade. Estudos não identificaram a presença do COVID-19 em líquido amniótico ou sangue de cordão umbilical quando há infecção materna no terceiro trimestre. Diante das evidências recomenda-se determinadas condutas para cada etapa da gestação. Durante o pré-natal, gestantes com sintomas gripais e/ou que tiveram contato com pacientes sintomáticos devem manter as consultas em um maior intervalo, bem como estimular atualização vacinal; avaliar o quadro clínico da paciente sintomática bem como seus agravantes de forma a determinar o atendimento hospitalar imediato ou até mesmo a vigilância em domicílio; não há indicação para o parto considerando apenas a infecção por COVID-19; a amamentação é indicada mediante a adoção de medidas de higiene. Indica-se a vacinação para gestantes com grande risco de exposição ou comorbidades que aumentem o risco. CONCLUSÃO: Diante do maior risco nessa população, as grávidas necessitam de cuidados específicos quanto diagnosticadas com COVID-19, de modo a garantir uma gestação saudável para mãe e concepto. 
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