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    Ensinar filosofia através de um texto clássico : estratégias para utilizar Ética a Nicômaco V na sala de aula

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    Orientadora: Profª Mª Aline da Silva DiasMonografia (especialização) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Curso de Especialização em Ensino de Filosofia no Ensino MédioInclui referênciasResumo : A garantia de acesso à filosofia nas aulas ministradas no ensino médio é preocupação fundamental de todo professor de filosofia. Afinal, o risco de errar é grande. Pode-se recair, por um lado, em um conteudismo, no qual a preocupação nas aulas seria apenas com a apresentação das teorias elaboradas durante a história da filosofia, sem o objetivo de desenvolver com o aluno atitudes propriamente filosóficas. Por outro lado, ao tentar evitar tal conteudismo, pode-se recair numa desconsideração total pela história da filosofia, de modo que a aula se torne apenas uma discussão de amenidades, sem se diferenciar muito do senso comum. O presente trabalho está focalizado no tema do ensino de filosofia. O problema aqui tratado é a possibilidade de uma aula propriamente filosófica, sem recair no conteudismo e nem na mera discussão do senso comum. Mais especificamente, o problema é como utilizar os clássicos da história da filosofia em sala de aula, sem perder a característica de atividade crítica e problematizadora da filosofia. O objetivo desse texto é apresentar uma possibilidade de trabalho com um texto clássico em sala de aula. O texto escolhido para o trabalho é o quinto livro da Ética a Nicômaco, de Aristóteles. Como condição para trabalhar com tal texto clássico, é preciso entender como deve ser realizada uma aula de filosofia no ensino médio, bem como qual é o papel do professor nessas aulas. Por isso, o primeiro capítulo apresenta uma fundamentação teórica para isso, a partir dos textos de Sílvio Gallo e de Lídia Maria Rodrigo. Em seguida, no segundo capítulo, há uma apresentação da discussão desenvolvida em Ética a Nicômaco V. Por fim, no último capítulo, há uma proposta de estratégias didáticas para o tratamento do texto clássico em sala de aul

    Eudaimonia e atividades humanas na filosofia de Aristóteles

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    Orientador: Profa. Dra. Vivianne de Castilho MoreiraDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa : Curitiba, 04/11/2016Inclui referências: p. 55-56Resumo: A análise da eudaimonia realizada por Aristóteles na Ética Nicomaqueia apresenta dificuldades de compreensão da sua definição que são problemáticas com respeito à delimitação de quais bens podem satisfazê-la. Com respeito à definição, atividade da alma segundo a virtude perfeita (EN I, 7), haveria uma confusão ao se interpretar o que significa para uma virtude ser perfeita (t é M io v ). Por um lado, poderia significar ser a virtude melhor em máximo grau; enquanto por outro lado significaria a totalidade das virtudes. Ambas as interpretações podem ser fundamentadas por análises aristotélicas tecidas na EN. No último livro, por exemplo, Aristóteles claramente atribui proeminência à sabedoria filosófica; enquanto, nos primeiros livros da obra, em sua análise das virtudes morais, ele parece adotar uma abordagem que privilegia um conjunto de virtudes como a melhor vida possível. Hardie, em seu artigo O bem final na ética de Aristóteles, afirma que essa dificuldade de compreensão perpassa toda a ética aristotélica, de modo que Aristóteles acabe por defender algo que seria uma consequência oposta à que sua argumentação indicaria. O objetivo desta pesquisa é mostrar que a concepção de eudaimonia aristotélica deriva de uma análise rigorosa das atividades humanas. De modo que o conceito de eudaimonia, atividade mais perfeita, seria derivado analiticamente de uma avaliação das atividades. Em outras palavras, as atividades humanas podem ser expressas segundo uma gradação que iria das atividades menos perfeitas para as mais perfeitas. Assim, as atividades mais perfeitas comporiam a eudaimonia. Buscando executar essa tarefa, primeiramente, procurou-se expor as confusões atribuídas à exposição Aristóteles a partir de uma leitura do artigo de Hardie. Em seguida, é explicitado o conceito aristotélico de fim, tal como aparece em Metafísica. Feito isso, passa-se a uma análise das atividades humanas, por meio de trechos que distingam o que é ação e produção. Nessa análise, procura-se mostrar duas coisas: i) ação é o que possui caráter de fim, enquanto produção é o que possui caráter de meio; e ii) as atividades humanas se resolvem nessas duas formas de atividade. Desse modo, a gradação entre atividades mais finais e menos finais seria propriamente uma gradação de produções a ações. Por fim, uma vez que a interpretação da resolução do gênero das atividades humanas a ações e produções levanta uma dificuldade de compreensão com respeito a distinção aristotélica entre produção, ação e contemplação, coteja-se essa interpretação com as passagens que tratam dessa distinção. Palavras-chave: eudaimonia, atividades humanas, ação, produção, teleologia.Abstract: The analysis of eudaimonia carried through by Aristotle on his Nichomachean Ethics shows comprehension difficulties on its definition that are problematic with respect to the delimitation of which goods can satisfy it. With respect to the definition, activity of the soul under perfect virtue (NE I, 7), there would be confusion interpreting what it would mean for a virtue to be perfect (t e M io v ). In a way, it could mean to be the best virtue in maximum degree; on the other hand, it would mean the totality of the virtues. Aristotelic analysis woven in NE can underlie both interpretations. In the last book, for example, Aristotle clearly attributes prominence to philosophical wisdom; while in the first books of the NE., in his analysis of the moral virtues, he seems to adopt an approach which privileges a set of virtues as the best possible life. Hardie, in his paper The Final Good in Aristotle's Ethics, affirms that this difficulty of comprehension permeates the whole aristotelic ethics, such that Aristotle ends by defending something that would be an opposite consequence to what his argumentation would indicate. The aim of this research is to show that the conception of aristotelic eudaimonia derives from a rigorous analysis of human activity. Such that the concept of eudaimonia, the most perfect activity, would be analytically derived from an evaluation of the activities. In other words, human activities could be expressed as a gradient that would go from the least perfect activities to the most perfect ones. Thus, the most perfect activities would compose the eudaimonia. In search of executing this task, firstly we tried to expose the confusion attributed to the Aristotle's exposition from a reading from Hardie's paper. Next, it is explained the aristotelic concept of end, as it appears in Metaphysica. Done that, we go to an analysis of human activities, by means of excerpts that distinguish what is action from what is production. In this analysis, it is intended to show two things: i) action is that which possesses character of an end, while production is that which possesses character of means; and ii) the human activities are resolved in these two forms of activity. Therefore, the gradient between more final activities and less final activities would actually be a gradient from productions to actions. Finally, once the interpretation of the resolution of human activities into actions and productions raises a difficulty of comprehension with respect to the aristotelic distinction between production, action and contemplation, this interpretation is compared to the passages that deal with that distinction. Keywords: eudaimonia, human activities, action, production, teleology

    Ensinar filosofia através de um texto clássico : estratégias para utilizar Ética a Nicômaco V na sala de aula

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    Orientadora: Profª Mª Aline da Silva DiasMonografia (especialização) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Curso de Especialização em Ensino de Filosofia no Ensino MédioInclui referênciasResumo : A garantia de acesso à filosofia nas aulas ministradas no ensino médio é preocupação fundamental de todo professor de filosofia. Afinal, o risco de errar é grande. Pode-se recair, por um lado, em um conteudismo, no qual a preocupação nas aulas seria apenas com a apresentação das teorias elaboradas durante a história da filosofia, sem o objetivo de desenvolver com o aluno atitudes propriamente filosóficas. Por outro lado, ao tentar evitar tal conteudismo, pode-se recair numa desconsideração total pela história da filosofia, de modo que a aula se torne apenas uma discussão de amenidades, sem se diferenciar muito do senso comum. O presente trabalho está focalizado no tema do ensino de filosofia. O problema aqui tratado é a possibilidade de uma aula propriamente filosófica, sem recair no conteudismo e nem na mera discussão do senso comum. Mais especificamente, o problema é como utilizar os clássicos da história da filosofia em sala de aula, sem perder a característica de atividade crítica e problematizadora da filosofia. O objetivo desse texto é apresentar uma possibilidade de trabalho com um texto clássico em sala de aula. O texto escolhido para o trabalho é o quinto livro da Ética a Nicômaco, de Aristóteles. Como condição para trabalhar com tal texto clássico, é preciso entender como deve ser realizada uma aula de filosofia no ensino médio, bem como qual é o papel do professor nessas aulas. Por isso, o primeiro capítulo apresenta uma fundamentação teórica para isso, a partir dos textos de Sílvio Gallo e de Lídia Maria Rodrigo. Em seguida, no segundo capítulo, há uma apresentação da discussão desenvolvida em Ética a Nicômaco V. Por fim, no último capítulo, há uma proposta de estratégias didáticas para o tratamento do texto clássico em sala de aul
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