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    Impactos do avanço da Microcefalia de pacientes infectados pelo Zika vírus no Brasil: revisão sistemática

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    Introdução: O Zika vírus é um arbovírus que teve o primeiro registro no Brasil em 2015 no Nordeste. Posteriormente verificou-se um aumento no número de casos de microcefalia neonatal relacionados os Zika vírus, emergindo como problema de saúde pública. Muitas publicações foram desenvolvidas sobre o tema e existe a necessidade de compilar essa informação, a fim de identificar ações de gestão e controle da epidemia. Objetivo: Contribuir com a literatura já existente sobre o que as publicações cientificas apontaram sobre as possíveis associações entre o vírus Zika (ZikaV) e a microcefalia. Métodos: Realizamos uma busca na base Scielo, usando os descritores “Microcefalia” e “Zika vírus” para termos panorama geral do nível de publicação sobre o tema. Além disso, analisamos detalhadamente 10 artigos publicados em 2020. Resultados: Identificamos um total de 65 artigos em diferentes revistas cientificas. Em se tratando das 10 publicações analisadas foi possível identificar três dimensões de investigação: diagnóstico, epidemiologia e cuidado familiar. Conclusão: Existe um enfoque muito evidente na estrutura familiar dos pais que possuem filhos com microcefalia e as inseguranças e mudanças de atitudes diante deste cenári

    HOMEM TAMBÉM SENTE DOR: A PREVALÊNCIA DO SINTOMA NA POPULAÇÃO MASCULINA COM HTLV NO SETOR HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ (HUOC)-UPE

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    Introdução/objetivo: O vírus linfotrópico de células humanas (HTLV) é um retrovírus associado ao desenvolvimento de quadros de fraqueza, perda do movimento dos membros, dormência e dores no corpo. Sendo assim, o presente estudo estabeleceu o levantamento das manifestações clínicas de pacientes vivendo com HTLV (PVHTLV), visando compreender o impacto da infecção na vida do indivíduo, contribuindo para a elaboração de estratégias de cuidado. Metodologia: Foram incluídos 67 PVHTLV atendidos no HUOC-UPE, sendo 42 mulheres e 25 homens. Foram analisados dados demográficos, sinais e sintomas dermatológicos, urinários, psicológicos, motores, regiões de algia, disfunções sexuais e doenças associadas a partir de prontuários, usando a plataforma Google Sheets com análise estatística descritiva. Plataforma Brasil CAAE: 57785822.3.0000.5192. Resultados: Os resultados demonstraram variedade de manifestações clínicas nos PVHTLV, com predomínio de sintomas urológicos, incluindo a incontinência urinária (29,85%), bexiga neurogênica(17,91%), disúria(10,45%). Foi relatado dores em diferentes regiões, como lombalgia (22,39%), dor em MMII (14,93%), dificuldade para deambular (11,94%) e espasticidade (11,94%). Pacientes do sexo feminino apresentaram maior frequência de incontinência urinária (32,56%) e bexiga neurogênica (18,56%). Enquanto na população masculina foi identificada níveis aumentados de dor em MMII (20%) e bexiga neurogênica (12%). A ansiedade foi a manifestação psicológica mais vista aparecendo em 8% nos homens e 2,38% nas mulheres. Conclusão: A partir do estudo foi possível visualizar os problemas urológicos com maior prevalência em ambos os sexos. Contudo, o que chama atenção é uma nova visão relacionada ao sintoma de dor, já que ao seguir as literaturas as manifestações de dores estão mais associadas a mulheres, mas no estudo a dor em membros inferiores foi o sintoma mais associado em pacientes do sexo masculino, enquanto no sexo feminino sintomas urológicos e problemas da marcha se mostraram mais recorrentes. Essas informações são de alta relevância, servindo como base para pesquisas posteriores, visando melhorar a qualidade de vida e o bem-estar de PVHTLV

    CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DO SONO EM PACIENTES COM HTLV

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    Introdução/Objetivo: O sono é fundamental para a manutenção das condições fisiológicas do corpo. A redução do sono pode ter efeitos deletérios, como aumento na secreção de proteína C-reativa e interleucina-6, além de ser um fator de progressão acelerada de doenças crônicas e inflamatórias. As infecções sexualmente transmissíveis causadas por retrovírus, como o vírus linfotrópico das células T humanas (HTLV), podem afetar a qualidade do sono devido à ativação do sistema imunológico e à produção de citocinas pró-inflamatórias. Assim, esse estudo objetiva caracterizar a qualidade do sono em pacientes com HTLV. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional realizado em pacientes com HTLV acompanhados no ambulatório de cuidados paliativos do Hospital Oswaldo Cruz (HUOC/PE). Os critérios de inclusão para os pacientes são: ter mais de 18 anos, ter o diagnóstico confirmado de HTLV e não ter outras infecções concomitantes, exceto a infecção associada de HTLV e HIV. Foi utilizado o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, o qual possui 19 questões e avalia sete componentes do sono, sendo o escore máximo 21 pontos. Pontuações entre 0 e 4 são consideradas boas, entre 5 e 10, indicativas de qualidade do sono ruim, e acima de 10, presença de distúrbio do sono. Resultados: Ao total foram entrevistados 55 pacientes, sendo 38 mulheres (69.09%) e 17 homens (30.91%) com uma média de 48 anos, com os valores variando entre 21 e 74, que foram diagnosticados entre 1998 e 2023, sendo 2019 a mediana. Em média, o índice de qualidade do sono dos pacientes foi 8.44. 29.09% apresentaram um sono considerado bom; 41.82% ruim; 29.09% classificaram com distúrbio do sono. Os componentes mais pontuados foram “latência do sono” (95 pontos na soma total) e “distúrbios do sono” (91 pontos na soma total). Conclusão: Tais dados indicam a possível associação da infecção pelo HTLV com a piora do sono. Reforçando a importância de avaliar a qualidade do sono como parte integrante do manejo desses pacientes. A identificação precoce e o tratamento adequado dos distúrbios do sono podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida e para o quadro geral da condição clínica dos pacientes com HTLV

    AVALIAÇÃO DA MEDIDA DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM PACIENTES COM HTLV EM CENTRO DE REFERÊNCIA

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    Introdução: Cerca de 10 a 20 milhões de pessoas estão infectadas pelo HTLV em diversos bolsões endêmicos, incluindo o Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A infecção pelo HTLV está associada à paraparesia espástica tropical/mielopatia associada (HAM/TSP), doença crônica desmielinizante de caráter porgressivo e insidiosa, cursando com o acometimento da medula espinhal provocando um quadro de parestesia, paresia, disfunção esfincteriana e dor crônica. O desenvolvimento de HAM/TSP ocorre em 1 a 3.7% dos infectados e possui diagnóstico difícil e evolução imprevisível. A doença tem um cunho debilitante, impactando negativamente as atividades básicas de vida diária dos acometidos. Desta forma, avaliar a funcionalidade por meio de instrumentos estabelecidos é uma forma eficaz de de estratificar a progressão da doença a fim de ofertar o melhor cuidado possível. Objetivo: Avaliar a funcionalidade por meio da Medida da Independência Funcional (MIF) das pessoas vivendo com HTLV (PVHTLV) atendidos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz - UPE. Métodos: Foram coletados dados demográficos e clínicos como: sexo, idade, tempo de diagnóstico e comorbidades. Foi aplicado o questionário MIF, composto por 18 perguntas que avaliam aspectos do cotidiano, como alimentação, cuidados com higiene pessoal, transferências, locomoção e cognição. Cada item pontua de 1 (dependência completa de outros ou de instrumentos auxiliares) a 7 (independência total). Resultados: Ao todo, foram entrevistados 65 pacientes. A média de idade foi de 49 anos (18 a 77 anos); sendo 43 (66%) do sexo feminino. A média de funcionalidade foi de 116 pontos. A distribuição foi: 20 (30,7%) no grupo com MIF abaixo da média, sendo 15, do sexo feminino. As menores médias individuais são referentes à locomoção (marcha e subir ou descer escadas), vestir-se e controle esfincteriano. Conclusão: A aplicação da MIF mostrou que de fato há uma funcionalidade reduzida nas pessoas que vivem com HTLV, principalmente nas que desenvolvem HAM/TSP, tendo implicações principalmente na locomoção e no controle dos esfíncteres. Há necessidade de se verificar a relação da MIF com marcadores biológicos e clínicos. Sendo assim, a aplicação de instrumentos que avaliam a funcionalidade podem auxiliar no manejo e estratificação desses pacientes
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