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    Análise da secagem de café em secador solar passivo direto / Analysis of coffee drying in direct passive solar dryer

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     O café é um dos principais produtos agrícolas do Brasil e seu preço está diretamente ligado à qualidade da bebida, sendo esta influenciada fortemente pelos processos pós-colheita do grão, especialmente o processo de secagem. Usualmente a secagem é realizada em terreiros a céu aberto onde o produto está sujeito a intempéries e às variações do clima, além de demandar longos períodos de tempo, entre 15 a 20 dias. É necessário, então, buscar alternativas que tornem o processo mais eficiente, atentando para a qualidade e a consequente competitividade do grão no mercado. O presente trabalho busca analisar a eficiência e aplicabilidade de um secador solar passivo direto no processo de secagem do café.  Para tal, foram dispostas amostras de grãos de café em dois secadores solares passivos e também ao ar livre a fim de comparar os dois processos e, ainda, levantar as curvas características de secagem por meio de secadores solares.  Nos secadores, a temperatura alcançou valores médios na faixa de 50 °C, com aumento de 19,6 °C em relação à temperatura ambiente média, de 30,4 °C. A radiação solar média nos quatro dias de experimento foi de 598 W/m2. A umidade inicial média dos grãos era de 67,6% e a umidade final recomendada, de 12%, foi atingida após 965 min nos secadores solares. Considerando esse mesmo período de tempo, na secagem natural, a umidade atingida foi de 38%. Na análise qualitativa dos grãos, feitos pela Cooperativa Agropecuária de Boa Esperança, situada em Cristais-MG, o café tratado no secador apresentou defeitos nos grãos, sendo que alguns chegaram a fermentar. Porém, a análise de bebida do mesmo foi classificada como do tipo dura, uma boa análise, indicando que apesar dos problemas apresentados, os secadores solares podem vir a ser uma alternativa ao atual método de secagem natural convencional do café.
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