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    Citomegalovirose congênita mascarada por sorologia para Toxoplasmose: relato de caso

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    INTRODUÇÃO: A infecção congênita sintomática por Citomegalovírus (CMV) é uma infecção neonatal de extrema importância devido sua alta prevalência mundial, sua variabilidade clínica e possibilidade de evolução com sequelas neurossensoriais graves. Esse é um relato de caso de Citomegalovirose Congênita com diagnóstico inicial mascarado por sorologia positiva para Toxoplasmose. RELATO DE CASO: Recém-nascido (RN) do sexo feminino, com idade gestacional de 34 semanas e 4 dias. Na sala de parto, apresentou cianose central e hipotonia, recebendo APGAR 6-7. Foi internada em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, com necessidade de intubação orotraqueal. Recebeu tratamento empírico para Toxaplasmose Congênita dados achados compatíveis em exames de neuroimagem e anticorpos IgG positivos nas sorologias materna e do RN, com IgM negativo em ambos. Contudo paciente apresentou, a despeito de sorologia para CMV IgM também negativa, reação de cadeia de polimerase (PCR) para CMV na urina e no líquor positivas. Dessa forma, foi instituído tratamento para Citomegalovirose Congênita e seguimento adequado. DISCUSSÃO: Os achados clínicos do paciente sintomático infectado pelo CMV são semelhantes ao de outras infecções congênitas, muitas vezes dificultando seu diagnóstico. O tratamento deve ser iniciado imediatamente após a confirmação dos testes virológicos em recém nascidos sintomáticos. O Ganciclovir e o Valganciclovir são os agentes antivirais de primeira escolha. Não é recomendado o tratamento antiviral para CMV em recém-nascidos assintomáticos CONCLUSÃO: O diagnóstico de infecções congênitas é por vezes complexo e não pode ser baseado apenas na apresentação clínica e testes sorológicos pré e pós natais, necessitando de investigação ampla e buscando a confirmação por testes moleculares de isolamento viral em casos suspeitos de infecção congênita por CMV

    Alterações da resposta imune em pacientes com obesidade / Changes in the immune response in patients with obesity

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    Objetivo: Realizar uma revisão narrativa sobre as alterações da resposta imune em pacientes com Obesidade. Esta revisão apresenta uma compreensão do impacto que a adiposidade tem na função do sistema imunológico. Metodologia: Foram realizadas buscas na base de dados Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE/Pubmed) utilizando os descritores Obesity; Immune response; Immune System Diseases e Disturb. Resultados/Discussão: Ficou evidenciado por meio desse estudo que a obesidade está relacionada a diversas alterações imunológicas a nível celular. O excesso de decido adiposo está envolvido em alterações dos níveis séricos de interleucinas que trabalham na resolução da inflamação, como a IL-33, além de um desequilíbrio entre citocinas do tipo 1 e do tipo 2. A obesidade foi associada também a chances mais altas de desenvolvimento e falha terapêutica em doenças reumáticas, assim como alteração na concentração de interferon tipo I, interferon gama, leptina e outras citocinas pró inflamatórias. Ademais, essa patologia teve associação com resposta e carga viral alta em infecções por vírus respiratório. Conclusão: O perfil lipídico elevado exerce um impacto considerável no sistema imunológico, desencadeando distúrbios metabólicos e inflamatórios. Essas alterações estão relacionadas com a progressão de doença crônica, alterações de imunidade e eficácia de vacinas

    Timoma micronodular com estroma linfóide: relato de caso

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    INTRODUÇÃO: Os timomas são tumores raros do mediastino anterior classificados em vários tipos de acordo com a histologia. Dentre os tipos raros, há o timoma micronodular com estroma linfoide (TMEL), existindo apenas 76 casos relatados na literatura de língua inglesa até o momento. Esse estudo apresenta um caso de tratamento cirúrgico e acompanhamento oncológico de um TMEL. RELATO DE CASO: Paciente de 71 anos de idade, sexo masculino, assintomático, submetido a Tomografia Computadorizada (TC) de Tórax, na qual foi evidenciado nódulo sólido em mediastino anterior. Foi submetido então a videotoracoscopia para a exérese do nódulo. Microscopicamente, a lesão foi descrita como uma neoplasia constituída por proliferação de células epiteliais fusiformes, formando ninhos e mantos compactos permeados por estroma linfoide abundante, constituído por pequenos linfócitos sem atipias e exibindo ocasionalmente a formação de folículos linfóides. Os achados são compatíveis com o diagnóstico de TMEL. DISCUSSÃO: O TMEL corresponde a cerca de 1% dos casos de timoma. Acomete principalmente idosos do sexo masculino e na maioria dos casos, é assintomático. O TMEL apresenta crescimento indolente, de forma que 95% dos casos são diagnosticados em estadio I ou II e não existem relatos de recorrência após ressecção cirúrgica ou presença de metástases à distância, sendo classificado pela OMS como um tumor benigno. CONCLUSÃO: O caso apresentado segue o padrão de comportamento neoplásico descrito na maioria dos relatos da literatura. O paciente, três anos após ressecção cirúrgica da massa tumoral, apresenta-se sem recorrência e segue em acompanhamento oncológico

    Prevalência de arritmias em pacientes com Sars-cov-2 tratados com hidroxicloroquina e azitromicina / Prevalence of arrhytmias in patients with Sars-cov-2 treated with hydroxychloroquine and azithromycin

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    INTRODUÇÃO: Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão de narrativa a respeito da correlação entre o prolongamento do intervalo QT e desenvolvimento de Torsade de Pointes (TdP) em pacientes previamente diagnosticados com a COVID-19 e medicados com Hidroxicloroquina e Azitromicina. METODOLOGIA:  Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed/ MedLine utilizando-se os seguintes descritores: ‘’COVID-19”, ‘’hidroxicloroquine’’, “azithromycin”, “QTc interval”, ‘’arrhythmias’’ e ‘’cardiac’’ com ênfase nos resultados de até 1 ano. RESULTADOS: Um total de trinta e três artigos de periódicos internacionais foram selecionados, totalizando uma amostra de 1191 pacientes confirmados com COVID-19 e tratados com Hidroxicloroquina associado com Azitromicina. Estes pacientes que fizeram uso de HCQ em monoterapia desenvolveram menos anormalidades cardíacas e QTc > 500ms em comparação aos tratados com a combinação desses fármacos. DISCUSSÃO: O estudo identificou um prolongamento excessivo do intervalo qtc nos pacientes em uso combinado da medicação, além de algumas arritmias associadas, principalmente FA e TdP. No entanto, é necessária uma investigação mais ampla, com estudos que demonstrem eficácia no combate ao vírus sem o surgimento de efeitos deletérios. CONCLUSÃO: O desenvolvimento de TdP através do uso de Hidroxicloroquina + Azitromicina foi raro. Entretanto, foi significativo o número de pacientes que apresentaram prolongamento do intervalo QT, em particular aqueles que já possuíam alguma comorbidade
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