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    PENFIGÓIDE CICATRICIAL: MANIFESTAÇÕES BUCAIS E TRATAMENTO COM CORTICOSTERÓIDES

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    O penfigóide cicatricial é uma doença  auto-imune de caráter crônico com característica clínica vesiculobolhosa.  Lesões em mucosa bucal são observadas na maioria dos pacientes, no entanto mucosas conjuntiva, nasal, esofágica, laríngea e vaginal podem estar envolvidas. O objetivo desse trabalho é relatar a conduta clínica de um caso de penfigóide cicatricial. Paciente de 76 anos de idade, sexo masculino, leucoderma,  compareceu à Clínica de Estomatologia da Universidade Federal do Paraná com queixa de inflamação gengival. Através de exame clínico constatou-se o quadro de gengivite descamativa, com manchas brancas em área de gengiva marginal, sem sintomatologia dolorosa. Para confirmação de diagnóstico realizou-se biópsia incisional na região, sendo o laudo do exame anatomopatológico  inconclusivo, optou-se por prescrever bochecho com decadron elixir para reduzir a inflamação. Após a redução do quadro inflamatório realizou-se nova biópsia sendo o resultado  penfigóide cicatricial. Para o uso de propionato de clobetasol 0,05% confeccionou-se  uma placa de acetato, na qual o paciente inseriu o corticosteróide  três vezes ao dia durante 20 minutos. Após  terapêutica medicamentosa, houve remissão das lesões, sendo a medicação constante por 2 anos e meio. O diagnóstico para penfigóide cicatricial deve ser estabelecido com o exame histopatológico e a terapêutica medicamentosa pode ser fundamental para o tratamento como foi no caso relatado

    ESTUDO DA RELAÇÃO DOS FATORES POTENCIALMENTE EROSIVOS DE 08 MARCAS DE CERVEJAS NACIONAIS

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    Há uma grande preocupação quanto aos efeitos erosivos decorrentes do consumo desordenado de bebidas que apresentam baixo pH. Nos últimos três anos,  foram publicados nos anais da Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica cerca de 25 estudos sobre o potencial erosivo de diversas bebidas, dentre eles, apenas 08 com bebidas alcoólicas. Os estudos concluíram que as bebidas ácidas são potencialmente erosivas aos tecidos dentários duros, porém este não é o único fator determinante para a ocorrência de lesões erosivas.  A proposta deste trabalho foi mensurar o pH de 08 diferentes marcas de cervejas nacionais disponíveis no mercado e indicar os valores correspondentes ao teor alcoólico. Três lotes diferentes de cada marca foram analisados através de um pHmetro  de  bancada  e os valores de teor alcoólico observados no rótulo do produto. O menor pH foi da marca Sol® (média=pH4,08) e o maior da Schincariol® (média=pH4,30). O teor alcoólico variou entre 4,5% (Kaiser®) e 5% (Bohemia®). Não houve significância estatística entre as marcas estudadas, nem entre os lotes. As cervejas analisadas neste estudo apresentaram pH abaixo do crítico (ph <5,5)  podendo  ser consideradas potencialmente erosivas aos tecidos dentais. Os resultados podem servir como uma orientação complementar durante o aconselhamento dietético preventivo

    USO DE OLEATO DE MONOETANOLAMINA PARA ESCLEROSE QUÍMICA EM PACIENTE COM HEMANGIOMA INTRA-ORAL: RELATO DE CASO

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    O hemangioma é considerado uma neoplasia vascular benigna em que a principal característica consiste na proliferação de vasos sanguíneos. Paciente de 58 anos, sexo feminino, leucoderma, encaminhada para a disciplina de Estomatologia da UFPR com queixa de “mancha no lábio inferior após mordiscamento”. Durante o exame intraoral observou-se uma mácula, de coloração arroxeada, sem sintomatologia dolorosa e com limites bem definidos, medindo cerca de 5x3 milímetros. O exame de diascopia positivo (vitropressão) evidenciou um esmaecimento da coloração arroxeada e estabeleceu-se o diagnóstico clínico de hemangioma. A localização, tamanho e condição sistêmica da paciente determinaram a indicação e conduta terapêutica com esclerose química da lesão. O tratamento consistiu na injeção de 0,05mL de agente esclerosante- Ethamolin® (oleato de monoetanolamina) em 4 sessões. No decorrer das aplicações, a região tratada apresentou-se fibrosa e com coloração mais próxima àquela da mucosa normal adjacente. Na última sessão foi aplicado apenas 0,01 mL para conclusão do tratamento. O presente relato reforça a indicação da literatura de que o tratamento esclerosante é de fácil execução, rápido e dispensa manobras invasivas. A semiotécnica de vitropressão contribui para o diagnóstico clínico e a aplicação de agente esclerosante resulta em um prognóstico favorável, com redução considerável da coloração original.
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