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Consumo de sódio, estado nutricional e nÃveis de pressão arterial em crianças
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é caracterizada por nÃveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Esses nÃveis estão frequentemente associados à alterações metabólicas e, recentemente, estão sendo associados à obesidade infantil devido a crescente prevalência entre as crianças. Uma nutrição desequilibrada com hábitos alimentares mal formados desde a infância está relacionada ao elevado consumo de sódio, um dos fatores de risco para HAS. Objetivo: Identificar os nÃveis pressóricos, estado nutricional e consumo de sódio em crianças atendidas em uma unidade básica de saúde. Metodologia: Estudo transversal incluindo crianças entre 2 a 10 anos de idade pertencentes à rede de atendimento de uma Unidade Básica de Saúde de Porto Alegre/RS no intervalo de setembro de 2012 a julho de 2013. Para inclusão no estudo, dados sobre pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) foram considerados. Crianças que apresentaram incapacidade fÃsica para realizar medidas antropométricas e com diagnósticos de distúrbios do trato gastrointestinal ou orofarÃngeo, foram excluÃdas do estudo. Dados sócio demográficos, clÃnicos, laboratoriais e antropométricos, como peso e altura foram coletados. A ingestão dietética foi avaliada por meio de recordatório de 24 horas. Para análise estatÃstica foram realizados os testes de ANOVA seguido de Tukey considerando p<0,05 estatisticamente significativos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa e todos os responsáveis pelas crianças assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Resultados: Foram avaliadas 184 crianças. O presente trabalho apresenta um elevado consumo de sódio entre as crianças analisadas, uma vez que todos os participantes consumiram valores superiores à recomendação diária recomendada (p<0,001). No entanto, quando estratificados por idade, os dados atingiram significância estatÃstica apenas na faixa etária dos 9 a 10 anos (p<0,001). Ao analisar a amostra de acordo com a classificação dos nÃveis pressóricos observou-se que a PA alterada foi mais prevalente nas crianças do sexo feminino (p = 0,032) e com faixa etária de 2 a 3 anos (p = 0,009). Em relação ao escore-z do IMC, valores mais elevados foram encontrados nas crianças com PA limÃtrofe ou elevada. Conclusão: Crianças com IMC elevado apresentaram nÃveis alterados de PA, bem como as meninas e crianças compreendidas entre dois e três anos tiveram maior prevalência de PA elevada. Quanto ao consumo de sódio, todas as crianças consumiram além da recomendação
Efeito da infusão de erva-mate (Ilex paraguariensis) associada ou não ao consumo de carboidrato nos parâmetros de estresse oxidativo, metabólicos e de performance de ciclistas treinados
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2020.Introdução: A erva mate (EM) possui potencialidades em relação à s suas caracterÃsticas terapêuticas e antioxidantes, e considerando novas utilizações desta planta tão importante nacionalmente, buscou-se investigar sobre o seu efeito nos parâmetros de estresse oxidativo, metabólicos e de performance no exercÃcio. Objetivo: Analisar os efeitos do consumo de infusão de erva-mate, associada ou não ao consumo de carboidrato, em parâmetros de estresse oxidativo, metabólicos e de performance de ciclistas treinados. Métodos: Ensaio clÃnico randomizado controlado e cross-over com uma amostra de 8 ciclistas treinados do sexo masculino, com idade entre 20 e 45 anos. Inicialmente, os indivÃduos realizaram um teste incremental em cicloergômetro, coleta sanguÃnea e também foram orientados sobre os procedimentos da pesquisa. O perÃodo de washout entre os tratamentos foi de 7 dias assim como a duração de cada intervenção. Foram preenchidos recordatório alimentar (RA) de 3 dias da semana, totalizando 9 registros. Todos participantes foram randomizados em três protocolos de intervenção: grupo em jejum com apenas a infusão de EM (EM + J), grupo com a infusão de EM e refeição de carboidrato pré-teste (EM + CHO), grupo controle com água e refeição de carboidrato pré-teste (CHO + A). O perÃodo de washout entre os tratamentos foi de 7 dias. Os participantes ingeriram 7 dias antes do protocolo de exercÃcio a mesma quantidade de infusão de EM do dia do teste (5 g de EM em 250 mL de água fervente) e um total de 1g de CHO por kg de massa corporal, nos grupos com CHO. Em cada dia de teste os indivÃduos realizaram um exercÃcio em carga constante (CC) com duração de 40 min em intensidade moderada, seguido imediatamente de um teste de contrarrelógio de 20 min (CR) e ao final mais 4 sprints de 10 seg com pausa de 50 seg. Durante todo o protocolo de exercÃcio foram mensurados a potência (W), a percepção subjetiva de esforço, bem como parâmetros metabólicos, tais como frequência cardÃaca (FC), VCO2, VO2 e taxa de oxidação de gordura e de CHO, além de dosagens da concentração do lactato e glicose sanguÃneos. Na condição pré e pós-exercÃcio, foram feitas coletas de sangue da veia intermediaria do braço para dosagem de parâmetros relacionados aos compostos fenólicos e ao estresse oxidativo (EO), tais como compostos fenólicos totais (CFT), atividade antioxidante total (TAC), estado oxidante total (TOS) e Ãndice de estresse oxidativo (IEO) Resultados: CFT nos grupos EM + Jpré-ex e EM + CHOpré-ex apresentaram aumento significativo em relação ao perÃodo basal, com tamanho do efeito (TE: Cohen?s d) grande e significativo (d = 1,40, P = 0,004; d = 1,10, P = 0,002, respectivamente). A TAC apresentou valores significativamente maiores no grupo EM + Jpós-ex em comparação aos grupos EM + CHOpós-ex e CHO+Após-ex, com TE grande e significativo (d = 1,53, P = 0,03; d = 1,27, P = 0,02, respectivamente). TOS, demonstrou valores significativamente menores no grupo EM + CHOpré-ex em relação ao grupo CHO + Apré-ex, com TE grande e significativo (d = -1,70, P = 0,039). O IEO em relação ao basal no EM + Jpré-ex apresentou valores menores e com TE grande (d = 1,77); EM+CHOpré-ex apresentou valores menores e com TE moderado (d = 0,82); e CHO + Apré-ex apresentou valores maiores e com TE moderado (d = -0,82). A glicose teve valores significativamente maiores nas intervenções com a refeição de carboidrato, EM + CHO e CHO + A, em comparação com EM + J, apresentando TE forte e significativo (d = -1,00, P = 0,016; d = -0,96, P = 0,016, respectivamente). Os valores observados de lactato foram significativamente menores no grupo EM + J quando comparados a EM + CHO e CHO + A, com TE forte e significativo (d = -0,71, P = 0,039; d = -0,75, P = 0,047, respectivamente). A FC, em CC, foi maior significativamente nos grupos com EM a partir de 28 min no grupo EM + CHO e a partir de 32 min no grupo EM + J. No grupo CHO + A, a FC aumentou no CC 16 min. O VCO2 teve MCR significativamente maior nos grupos com EM em relação ao CHO + A. O VO2 no CR apresentou tendência maior no grupo EM + CHO em comparação ao CHO + A. O grupo EM + CHO apresentou valores significativamente menores de QR no teste CR em relação aos demais grupos de intervenção, estabelecendo-se no MCR um valor médio de 0,89 ± 0,08, enquanto os grupos EM + J e CHO + A apresentaram valores médios de 0,94 ± 0,06 e 0,93± 0,06, respectivamente. A oxidação de lipÃdios na MCC de EM + CHO foi maior significativamente em comparação aos demais grupos, com tendência de TE moderado e significativo em relação à EM + J (MCC, d = 0,50, P = 0,041; CC 36 min, d = 1,12, P = 0,146) e TE grande e significativo em relação à CHO + A (MCC, d = 0,95, P = 0,05). Além disso, na MCC houve maior oxidação de lipÃdios no grupo EM + J quando comparada ao grupo CHO + A, com TE moderado e significativo (d = 0,65, P = 0,023). A oxidação de CHO foi significativamente maior no grupo EM + J em relação aos demais grupos, com TE moderado e significativo (d = 0,68, P = 0,001). A potência diminuiu em todos os grupos a partir do tempo CR 10 min até o fim do teste CR, em relação ao tempo CR 2 min. No entanto, a MCR da potência no grupo EM + CHO foi significativamente maior em comparação com o grupo que consumiu refeição de CHO isoladamente. A MCC da PSE foi significativamente menor no grupo EM + J em relação ao CHO + A. Conclusões: Os grupos que consumiram a infusão de EM apresentaram maiores concentrações endógenas de compostos fenólicos no sangue. Em relação aos biomarcadores de EO, após o exercÃcio, a ingestão da infusão de EM isolada proporcionou melhores resultados de TAC, TOS e IEO. Para o exercÃcio submáximo (CC) não houve diferenças nas respostas metabólicas entre os grupos. No teste CR, o grupo que associou infusão de EM e refeição com CHO apresentou maior oxidação de lipÃdios e menor QR, enquanto a oxidação de CHO foi maior no grupo que ingeriu infusão de EM isoladamente (MCR). Por fim, foi observada diferença da potência no grupo EM + CHO (MCR) e da PSE no grupo EM + J (Mcc), ambos comparados ao grupo CHO + A, por sua vez, nos sprints não houve diferença entre os grupos.Abstract: Introduction: Yerba-mate (EM) has potential about its therapeutic and antioxidant characteristics. Considering new uses of this plant so important nationally, we seek to improve investigations about its effect on the oxidative stress, metabolic, and performance parameters in exercise. Objective: To analyze the effects of consumption of yerba mate infusion, associated or not with carbohydrate consumption, on oxidative stress, metabolic and performance parameters related to exercise in trained cyclists. Methods: The study is characterized as a randomized controlled cross-over clinical trial with a sample of 8 trained male cyclists from cycling and triathlon teams in the greater Florianópolis, aged between 20 and 45 years. In the baseline period, individuals performed an incremental test, blood collection (intermediate vein of the arm and earlobe), and were instructed on the procedures for conducting the research. A RA of 3 days a week was completed, one RA per week, totaling 9 records. Participants were randomized into three intervention groups: a fasting group with only EM infusion (EM + J), a group with EM infusion and carbohydrate meal (EM + CHO), and a control group with water and carbohydrate meal (CHO + A). The washout period between treatments was 7 days. The participants ingested 7 days before the exercise protocol the same amount of EM infusion as the test day (5 g of EM in 250 mL of boiling water) and a total of 1g of CHO per kg of body weight, in the groups with CHO. On each test day, the individuals performed the constant weight exercise (CW), and the time trial (TT) and 4 sprint tests. Blood collections of the intermediate vein of the arm were made to define parameters of phenolic compounds, and of oxidative stress (OS), such as total phenolic compounds (CFT), total antioxidant capacity (TAC), total oxidant status (TOS), an oxidative stress index (IEO); blood collection from earlobe to measure glucose and lactate; and metabolic parameters, such as heart ratio (HR), VCO2, VO2, fat and CHO oxidation; and performance parameters (PSE and power) were analyzed. Results: CFT in the groups EM + Jpre-ex and EM + CHOpre-ex, showed a significant increase in relation to the baseline period, with a large and significant effect size (ES) (d = 1.40, P = 0.004; d = 1.10, P = 0.002, respectively). TAC showed significantly higher values in the EM + Jpos-ex group compared to the EM + CHOpos-ex and CHO +pos-ex groups, with a large and significant ES (d = 1.53, P = 0.03; d = 1,27, P = 0.02, respectively). TOS showed significantly lower values in the EM + CHOpre-ex group compared to the CHO + Apre-ex group, with a large and significant ES (d = -1.70, P = 0.039). The IEO in relation to the baseline in the EM + Jpre-ex showed lower values with a large ES (d = 1.77); EM + CHOpre-ex showed lower values and moderate ES (d = 0.82); and CHO + Apre-ex showed higher values and moderate ES (d = -0.82). Glucose had significantly higher values in the interventions with the carbohydrate meal, EM + CHO and CHO + A, in comparison with EM + J, presenting strong and significant ES (d = -1.00, P = 0.016; d = -0,96, P = 0.016, respectively). The observed values of lactate were significantly lower in the EM + J group when compared to EM + CHO and CHO + A, with strong and significant ES (d = -0.71, P = 0.039; d = -0.75, P = 0.047, respectively). The HR, in WC, was significantly higher in the groups with EM after 28 min in the EM + CHO group and from 32 min in the EM + J group. In the CHO + A group, the HR increased in the CC 16 min. VCO2 had significantly higher MTT in groups with EM compared to CHO + A. VO2 in TT showed a greater tendency than in the EM + CHO group compared to the CHO + A group. The EM + CHO group showed in the TT test QR values significantly lower compared to the other intervention groups, establishing an average value of 0.89 ± 0.08 in the MTT, while the groups EM + J and CHO + A presented average values of 0.94 ± 0.06 and 0,93 ± 0.06, respectively. The oxidation of lipids in the MCW of EM + CHO was significantly higher compared to the other groups, with a tendency of moderate and significant ES in relation to the EM + J (MCW, d = 0.50, P = 0.041; TT 36 min, d = 1.12, P = 0.146) and large and significant ES in relation to CHO + A (MTT, d = 0.95, P = 0.05). Also, in ES (d = 0.65, P = 0.023). CHO oxidation was significantly higher in the EM + J group compared to the other groups, with moderate and significant ES (d = 0.68, P = 0.001). Power decreased in all groups from the CR 10 min time until the end of the CR test, compared to the CR 2 min time. However, MTT of potency in the EM + CHO group was significantly higher compared to the group that consumed CHO meal alone. PSE MCW was significantly lower in the EM + J group compared to CHO + A. Conclusions: the groups that consumed EM infusion had higher endogenous concentrations of phenolic compounds. Regarding OS biomarkers, after exercise, ingestion of EM infusion isolated infusion provided better results for TAC, TOS, and IEO. For submaximal exercise (CW) there were no differences in metabolic responses between groups. In the TT test, the group that associated EM infusion and CHO meal showed higher lipid oxidation and lower QR, while CHO oxidation was higher in the group that ingested EM infusion alone (MCW). Finally, there was a difference in potency in the EM + CHO group (MTT) and PSE in the EM + J (MCW) group, both compared to the CHO + A group, in turn, in the sprints there was no difference between the groups
Serum and urinary progranulin in diabetic kidney disease
Progranulin has been recognized as an adipokine related to obesity, insulin resistance and type 2 diabetes mellitus (T2DM). There are scarce data regarding progranulin and kidney disease, but there are some data linking diabetic kidney disease (DKD) and increased progranulin levels. We aimed to better describe the relationship between serum and urinary progranulin levels and DKD in T2DM. This is a case-control study including four groups of subjects: 1) Advanced DKD cases: T2DM patients with estimated glomerular filtration rate (eGFR) <60 mL/min/1.73m2; 2) Albuminuric DKD cases: T2DM patients with urinary albumin excretion (UAE) 30 mg/g creatinine and eGFR 60 mL/min/1.73m2; 3) Diabetic controls: T2DM patients with UAE <30 mg/g creatinine and eGFR 60 mL/min/1.73m2; and 4) Non-diabetic controls: individuals without T2DM. Progranulin was determined by enzymelinked immunosorbent assay. One hundred and fourteen patients were included (23 advanced DKD cases, 25 albuminuric DKD cases, 40 diabetic controls and 26 non-diabetic controls). Serum progranulin was increased in advanced DKD compared to other groups [70.84 (59.04±83.16) vs. albuminuric cases 57.16 (42.24±67.38), diabetic controls 57.28 (42.08±70.47) and non-diabetic controls 44.54 (41.44±53.32) ng/mL; p<0.001]. Urinary progranulin was decreased in advanced DKD cases compared to albuminuric cases [10.62 (6.30±16.08) vs. 20.94 (12.35±30.22); diabetic controls 14.06 (9.88±20.82) and non-diabetic controls 13.51 (7.94±24.36) ng/mL; p = 0.017]. There was a positive correlation between serum progranulin and body mass index (r = 0.27; p = 0.004), waist circumference (r = 0.25; p = 0.007); body fat percentage (r = 0.20; p = 0.042), high-sensitive C reactive protein (r = 0.35; p<0.001) and interleukin-6 (r = 0.37; p<0.001) and a negative correlation with eGFR (r = -0.22; p = 0.023). Urinary progranulin was positively associated with albuminuria (r = 0.25; p = 0.010). In conclusion, progranulin is affected by a decrease in eGFR, being at a higher concentration in serum and lower in urine of DKD patients with T2DM and eGFR <60 mL/min/1.73m2. It is also associated with markers of obesity and inflammation