23 research outputs found

    Avaliação da cultura de segurança do paciente na organização hospitalar de um hospital universitário

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    This article has the objective of addressing the assessment of nurse caretakers about the patient safety culture within the hospital organization of a university hospital. It was adopted the descriptive method with quantitative approach with data  collected from September to November 2014. The study sample consisted of 203 nurse caretakers who responded to the questionnaire Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC) available at Proqualis, translated into Portuguese. The questionnaire consists of 12 dimensions to evaluate the Safety Culture, the degree of agreement is scored by the scale Likert whose responses vary from “totally agree” to “strongly disagree”. In the herein manuscript, we used 3 (three) dimensions of safety culture within an organization. The data indicate that the manager and leaders of the institution need to demonstrate commitment and take concrete actions that favor and prioritize patient safety issues within the study hospital setting.Este artículo tiene como objetivo conocer la evaluación de los profesionales de enfermería sobre la cultura de seguridad del paciente en la organización hospitalaria de un hospital universitario. Método descriptivo con enfoque cuantitativo, cuya recolección de datos ocurrió entre septiembre y noviembre de 2014. La muestra del estudio estuvo compuesta por 203 enfermeras que respondieron al cuestionario traducido al portugués del Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC)), disponible en Proqualis, compuesto por 12 Dimensiones para la evaluación de la cultura de seguridad, cuyo grado de acuerdo se mide por medio de una escala Likert, las respuestas van desde "muy de acuerdo" a "totalmente en desacuerdo". En este manuscrito, nos informan las 03 dimensiones de la cultura de seguridad en el nivel de organización hospitalaria. Los datos indicaron la necesidad de la participación y acciones concretas por el gerente y los líderes de la organización, para fomentar y priorizar los temas de seguridad del paciente en el ámbito hospitalario del estudioEste artigo objetiva conhecer a avaliação dos profissionais de enfermagem acerca da cultura de segurança do paciente na organização hospitalar de um Hospital Universitário. Método descritivo, com abordagem quantitativa, cuja coleta dos dados ocorreu no período de setembro a novembro de 2014. A amostra do estudo foi composta de 203 profissionais de enfermagem que responderam ao questionário traduzido para o português do Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC), disponível no Proqualis, composto de 12 Dimensões para avaliação da Cultura de Segurança, cujo grau de concordância é aferido por meio de uma escala de Likert, cujas respostas variam entre "concordo totalmente" a "discordo totalmente". Neste manuscrito, nos reportamos as 03 Dimensões da cultura de segurança no nível da organização hospitalar. Os dados apontaram a necessidade do envolvimento e de ações concretas por parte do gestor e dos líderes da organização, que favoreçam e priorizem as questões da segurança do paciente no hospital cenário do estudo

    ESPECIALIZAÇÃO E GÊNERO: “A PREFERÊNCIA PELAS MULHERES” PARA O CURSO DE VISITADORAS SOCIAIS NO DISTRITO FEDERAL (1927-1943)

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O estudo inicia-se no ano 1927 quando ocorreu a reformulação no currículo da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras e criação do curso e como limite temporal final 1943, ano de aparente encerramento do curso de especialização de visitadoras sociais indicado pelo livro de registro de emissão de diplomas depositado no Arquivo Setorial Enfermeira Maria de Castro Pamphiro. A Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, atual Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP) foi criada no Rio de Janeiro pelo decreto nº 791 de 27/09/1890, aprovado pelo Chefe do Governo Provisório da República, Marechal Deodoro da Fonseca. A instituição, segundo o decreto de criação, tinha por fim preparar profissionais de ambos os sexos para que atuassem nos hospícios e hospitais civis e militares, funcionando nas dependências do Hospício Nacional dos Alienados, antigo Hospício de Pedro II (1852), situado na Praia da Saudade. Em 1921 ocorreu uma reforma na estrutura da Escola. Foram criadas as seções “Mixta”, no Hospital Psiquiátrico e Feminina na colônia do Engenho de Dentro.(MOREIRA,2010). Em 1927, foi introduzido um terceiro ano para a formação de Visitadoras Sociais, exclusivamente para mulheres que se destacassem entre as melhores. Este detalhe reforça a idéia da enfermagem como profissão feminina ou preferencialmente feminina veiculada em discursos de criação da Enfermagem moderna por Florence Nightingale e pelos precursores da profissionalização da enfermagem no Brasil, no início do século XX.   OBJETIVOS: Os objetivos deste estudo são: Identificar os discursos da preferência feminina para a enfermagem e Analisar a exclusividade pelo gênero feminino para o curso de visitadoras sociais da EEAP.   METODOLOGIA: O estudo é de natureza histórico-social (BARROS, J. A.; 2004), descritivo é de análise bibliográfica. As fontes utilizadas até o momento foram livros e artigos científicos sobre enfermagem, história da Enfermagem e História da EEAP em publicações impressas e eletrônicas, dissertações e teses acadêmicas integrantes de acervos localizados no Rio de Janeiro. A análise busca interpretar os dados obtidos através da categoria de gênero, nas concepções de Joan Scott (1991) e Michelle Perrot (2007).   RESULTADOS: A primeira escola de enfermagem do Brasil, fundada em 1890, destinava-se à formação de enfermeiros e enfermeiras. Contudo, já na proposta de fundação são apresentadas as vantagens da mulher no exercício desta profissão. Ao longo das primeiras décadas do século XX, são apresentados vários discursos sobre a conveniência ou superioridade das características femininas na enfermagem: doçura, delicadeza, meiguice, caridade, espírito de sacrifício e sinceridade, atividade de mulheres, nas falas dos médicos e outros que incentivavam a formação da enfermagem. José Cesário de Faria Alvim (1890), Adolpho Possolo (1920); que indicam a separação entre as características do pensamento e ação objetivas masculinas (médicos) e os atributos mais subjetivos para as enfermeiras (mulheres). CONCLUSÃO: A profissionalização da enfermagem no Brasil se iniciou indistintamente para ambos os sexos no campo da psiquiatria. Contudo, desde os seus primeiros momentos, foram enunciados discursos sobre a preferência do exercício da enfermagem por mulheres. A criação de uma seção feminina da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras em 1921 no Rio de Janeiro foi o ponto de partida para a implantação de um curso de especialização só para mulheres em 1927. Os discursos médicos sobre as características “naturais” das mulheres sustentam ideologicamente a preferência das mulheres para a enfermagem e a exclusividade destas num nível mais alto ou especializado da profissão. Este estudo demonstrou até o momento a operacionalização dos elementos constitutivos da categoria de gênero na definição de Joan Scott: gênero têm como núcleo a conexão entre relações sociais baseado nas diferenças percebidas entre os sexos, e uma forma primeira de significar as relações de poder.( SCOTT,1991). REFERÊNCIAS: BARROS, J. D’ASSUNÇÃO. O campo da história: especialidades e abordagens. 3 ed. -Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. BRASIL. Decreto nº791, de 27 de setembro de 1890. In: Decretos do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brazil, 9º fasc., set. 1890. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1890. (BCCBB) MOREIRA, A. A origem da enfermagem brasileira. In GEOVANINI, T. et al. História da enfermagem: versões e interpretações. 3 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2010. PERROT, M. Minha história das mulheres. – São Paulo: Contexto, 2007. POSSOLLO.A. Curso de Enfermeiros. Rio de Janeiro: Editora Leite Ribeiro & Murillo, 1920.   SCOTT, Joan. (1991), Gênero: uma categoria útil de análise histórica. (Tradução de Christine Rufino Dabat e Maria Betânia Ávila). Recife, SOS Corpo. (sd

    CARACTERÍSTICAS DAS ENFERMEIRAS CONCLUINTES DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM VISITADORAS SOCIAIS NA ESCOLA DE ENFERMEIRAS ALFREDO PINTO (1928 - 1943)

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    INTRODUÇÃO: Este estudo tem como objeto as características das enfermeiras concluintes do curso de especialização em visitadoras sociais da Escola de Enfermeiras Alfredo Pinto (EEAP) entre 1928 e 1943. O recorte temporal tem como marco inicial o ano de 1928, quando ocorreu a emissão dos primeiros diplomas de Visitadoras Sociais da Escola de Enfermeiras Alfredo Pinto (EEAP), e como marco final o ano de 1943, quando, supostamente, é encerrado o curso, segundo o livro de expedição de diplomas localizado no Arquivo Setorial Enfermeira Maria de Castro Pamphiro da EEAP. A profissionalização da Enfermagem no Brasil teve início a partir da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras (EPEE), atual Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP), criada em 1890, junto ao Hospital Nacional de Alienados, no Rio de Janeiro (MOREIRA, A. in GIOVANINI, T.; 1995). O curso de enfermagem era feito em dois anos para obtenção do diploma de enfermeiro ou enfermeira, havendo ainda uma terceira série para obtenção do título de "visitadora social" a partir de 1927.OBJETIVOS: Descrever as características das enfermeiras concluintes do curso de visitadoras sociais entre 1928 e 1943 e analisar as características das mesmas no contexto dos primórdios na profissionalização da enfermagem.METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de cunho histórico-social (BARROS, J. A.; 2004.), quanti-qualitativo, embasado na análise documental. Como fontes primárias estão sendo utilizados documentos textuais, principalmente do Arquivo Setorial Enfermeira Maria de Castro Pamphiro - EEAP/UNIRIO, e outros localizados em bibliotecas e centros de documentação das escolas de enfermagem da cidade do Rio de Janeiro. Neste sentido, já foram localizados o livro de registro de expedição de diplomas e os dossiês das enfermeiras que realizaram o curso na EEAP. Como fontes secundárias estão sendo utilizadas dissertações e teses, artigos impressos e em bases de dados eletrônicos e livros sobre a história do Brasil e a história da enfermagem.RESULTADOS: Com base nos dados coletados até o momento no Livro de Expedição de Diplomas da Seção Feminina armazenado no Arquivo Setorial Maria de Castro Pamphiro, foi possível quantificar o número de concluintes do Curso de Visitadoras Sociais da EEAP a cada ano. Foram encontrados registros de expedição de 102 diplomas no período de vigência do curso (1928-1943), sendo possível estabelecer uma média de 6,8 concluintes por ano. A primeira expedição do diploma de Enfermeira Visitadora Social ocorreu em 20 de dezembro de 1928 e a última em 05 de janeiro de 1943.CONCLUSÃO: Constatou-se existência de um curso de especialização em Visitadoras Sociais para Enfermeiras que funcionou na EEAP - Seção Feminina - entre 1928 e 1943. O curso era só para mulheres escolhidas entre as de melhores desempenhos.O livro de expedição mostra a emissão de 102 diplomas no período estudado e a média de 6,8 Enfermeiras Visitadoras Sociais formadas por ano. Este parece ter sido o primeiro curso de Especialização que representa um elemento relevante na profissionalização na enfermagem no Brasil.REFERÊNCIAS:BARROS, J. A. O campo da história: especialidades e abordagens. 3 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.MOREIRA, A. A origem da enfermagem brasileira. In GEOVANINI, T. et al. História da enfermagem: versões e interpretações. 3 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2010.Fonte Primária: Livro de Expedição de Diplomas da Seção Feminina. Acervo do Arquivo Setorial Enfermeira Maria de Castro Pamphiro. Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

    AS RAZÕES DOS PSIQUIATRAS DA EPEE, PARA A CRIAÇÃO DO CURSO DE VISITADORAS SOCIAIS (1927)

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    INTRODUÇÃO: O presente estudo trata das razões apresentadas pelos psiquiatras brasileiros para a criação do curso de visitadoras sociais na Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras (EPEE). O recorte temporal compreende como marco inicial o ano de 1927, com a criação do curso, e como final o ano de 1943, quando ocorre aparentemente o encerramento do curso de “especialização” de visitadoras sociais indicado pelo livro de registro de emissão de diplomas da Escola. A criação da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeirtas, hoje Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP), em 27 de setembro de 1890 dentro do campo psiquiátrico do Hospital Nacional dos Alienados (HNA), foi resultado de uma tentativa de solucionar a dificuldade encontrada na assistência aos alienados, decorrente da saída das irmãs de caridade do Hospital Psiquiátrico no início da república. Este fato fez com que desse inicio à profissionalização da enfermagem no Brasil, com fortes influências da clínica psiquiátrica. O desenvolvimento da escola de enfermagem e a criação do curso de visitadoras sociais se mostram como conseqüências dessa origem. OBJETIVO: Analisar as razões apontadas pelos psiquiatras para a criação do curso de “especialização” de visitadoras sociais na Seção Feminina da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras em 1927. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo histórico-social analítico, que conforme definido por Barros (2004), é uma categoria transcendente que engloba inúmeras outras especialidades da história, entre outros. É um estudo bibliográfico que busca analisar através das fontes disponíveis até o momento, o contexto e as razões da criação do referido curso. RESULTADOS: É relevante o fato de que a Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras encontrava-se inteiramente dentro do campo psiquiátrico. Por esse motivo, todas as reformas implantadas neste local tinham por finalidade atender aos interesses corporativos dos psiquiatras e consolidar o modelo por eles adotado. A criação do curso de visitadoras se deveu às reformas que ocorreram na Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras para que fossem atendidos os interesses corporativos dos psiquiatras. A primeira reforma ocorreu em 1921 através da Portaria n° 1 assinada em 1 de setembro de 1921, onde através da mesma se operou a divisão dessa instituição em seções escolares, das quais uma “mixta”, no Hospital Nacional dos Alienados, na Praia Vermelha; uma feminina, na Colônia do Engenho de Dentro, da Assistência a Psicopatas do Distrito Federal, e uma masculina, da qual não encontramos registro. A segunda reforma, em 1927, ocorreu através do decreto nº 17.805 de 23 de maio de 1927, quando da aprovação de um novo regulamento para os serviços da Assistência a Psicopatas no Distrito Federal. Através desse decreto ampliou-se o curso de enfermeiras, a fim de proporcionar às profissionais a habilitação de visitadoras sociais. O curso de enfermagem era feito em dois anos para obtenção do diploma de enfermeiro ou enfermeira, havendo ainda uma terceira série para obtenção do título de "visitadora social". Em 1923 o Dr. Gustavo Riedel fundou a Liga Brasileira de Higiene Mental (LBHM), pelo Decreto n° 4.778 de 27 de dezembro de 1923, e tendo sua localização administrativa na Colônia de Mulheres Psicopatas no Engenho de Dentro. O objetivo inicial da Liga Brasileira de Higiene Mental era o de melhorar a assistência aos doentes mentais através da renovação dos quadros profissionais e dos estabelecimentos psiquiátricos. A clínica psiquiatra brasileira foi edificada com influência notável da medicina francesa, em conjunto com uma política assistencial asilar, não cabendo ao campo dos avanços científicos, mas sim da problemática da assistência pública a construção de uma competência médica. Os estudos mostram que recorrendo às noções de higiene psíquica e racial, a partir dos anos 1920, apoiando-se em conceitos das ciências naturais e utilizando-se dos métodos das ciências exatas, os higienistas identificados com os ideais eugênicos propunham-se a explicar e prevenir a incidência das doenças mentais e tantos outros problemas (COSTA, 2007). Para estes, interessava a possibilidade apontada pelo eugenismo de utilização de todos os conhecimentos, no sentido de melhorar física, mental e racialmente as futuras gerações brasileiras Mediante o exposto acima, pode-se inferir que o fato da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras estar localizada dentro do campo psiquiátrico do Hospital Nacional dos Alienados e na Colônia do Engenho de Dentro, supõe-se que o conceito de higiene mental fazia parte da formação das enfermeiras visitadoras sociais, sendo posteriormente esse conhecimento aplicado na prática durante o tratamento realizado pelas mesmas nas Colônias. CONCLUSÃO: O modelo organicista (somático) e psicológico de cunho preventivo, segundo os preceitos de higiene mental, gradativamente substituiu o tratamento moral e produziu transformações na assistência, demandando pelos médicos psiquiatras profissionais mais qualificados, e a necessidade de formar pessoal de enfermagem para a nova assistência aos alienados. A partir desse contexto ocorre a criação do curso de visitadoras sociais, a fim de que sejam atendidos os requisitos dos médicos psiquiatras. Embora a enfermeira tivesse seu trabalho considerado honroso, ainda trabalhava subalterna ao médico, servindo-o como auxiliar. Seu trabalho era mais valorizado à medida que contribuía para o sucesso médico e a difusão destes ideais eugênicos. REFERÊNCIAS: AMORIN W.M. A reconfiguração da primeira escola de enfermagem brasileira: A missão de Maria de Castro Pamphiro, 1937-1949. 2004. 218f. Tese de doutorado em enfermagem - Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. BARROS, J.A. O campo da história: especialidades e abordagens. Petrópolis, RJ, Vozes, 2004, p.222. BRASIL. Decreto n. 4778, de 23 de maio de 1923. Considera de utilidade pública a liga brasileira de higiene mental, com sede nesta capital. Coleção de Leis do Brasil (CLBR), Rio de Janeiro, v. 1, p. 197, c. 1, 1923. BRASIL. Decreto n. 17805, de 23 de maio de 1927. Aprova o regulamento para execução dos serviços da assistência a psicopatas no Distrito Federal. Coleção de Leis do Brasil (CLBR), Rio de Janeiro, v. 2, p. 198, c. 1, 1927. COSTA, J. F. História da psiquiatria no Brasil: um corte ideológico. In:_____. As origens históricas da Liga Brasileira de Higiene Mental. Rio de Janeiro: Garamond, 2007. Cap. 1, p. 39-44. KIRSCHBAUN, Débora Isane Ratner. Análise histórica das práticas de enfermagem no campo da assistência psiquiátrica no Brasil - Período compreendido entre as décadas de 20 e 50. Escola Anna Nery. Rev. Latino Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto (SP), v. 5, número especial - p. 19-30, maio, 1997. Fonte Primária: Livro de Expedição de Diplomas da Seção Feminina. Acervo do Arquivo Setorial Enfermeira Maria de Castro Pamphiro. Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – Universidade Federal do Estado do Rio de janeiro

    SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE AS ENFERMEIRAS DE SAÚDE PÚBLICA E AS ENFERMEIRAS VISITADORAS SOCIAIS, NO RIO DE JANEIRO EM MEADOS DO SÉCULO XX (1927-1943).

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    I- INTRODUÇÃO: O presente estudo trata da comparação entre a criação do curso de Enfermeiras de Saúde Pública e as Visitadoras Socias, tendo como delimitação temporal, o marco inicial no ano de 1927, ano em que ocorreu a regulamentação do novo currículo da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, que introduziu o curso de Visitadoras Sociais e 1943 quando se deu o aparente encerramento do curso de “especialização” de visitadoras sociais indicado pelo livro de registro de emissão de diplomas da Escola, armazenado no Arquivo Setorial enfermeira Maria de Castro Pamphiro/ EEAP- UNIRIO.  A Escola de Enfermagem Anna Nery surgiu em 1923 no campo da saúde pública, como Escola de enfermagem do Departamento Nacional de Saúde Pública e desde o início incorporou a visitação sanitária como parte de suas atividades. Antes da formação desta escola, o Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP) realizava a visitação através de mulheres de origem social popular, praticamente iletradas e de preparo insuficiente e orientadas por médicos. O DNSP tinha como objetivo propiciar à população oportunidade de proteção, oferecendo tratamento precoce aos já contaminados ou evitando a contaminação dos “sadios” esclarecendo quanto aos perigos da contaminação e a ameaça quanto ás futuras descendências. As visitadoras e, mais tarde, as enfermeiras de saúde pública, ficavam encarregadas de levar às mães todos os preceitos necessários à criação de seus filhos. Ficavam encarregadas ainda de verificar quaisquer condições patológicas ou anomalias orgânicas existentes nas crianças, e finalmente responsabilizava-se por todas as providências relativas aos problemas de higiene em um distrito sanitário. No campo psiquiátrico, em 1890 houve a ruptura da aliança entre a corporação médica psiquiátrica e a Igreja Católica, culminando com a saída das Irmãs de Caridade do Hospital Nacional de Alienados (HNA). Para atender a crise de mão-de-obra no HNA nesse dado momento, e portanto com objetivos direcionados principalmente à psiquiatria, foi criada a primeira escola de Enfermagem através do Decreto n° 791 de 27/09/1890, no  próprio estabelecimento psiquiátrico HNA e sob a tutela médica psiquiátrica, denominada "Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados" (EPEE), atualmente Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP). Desta forma nasce a Enfermagem Psiquiátrica. A segunda reforma, em 1927, ocorreu através do decreto nº 17.805 de 23 de maio de 1927, que ampliou o curso de enfermeiras, a fim de proporcionar às profissionais a habilitação de visitadoras sociais. O curso era feito em dois anos para obtenção do diploma de enfermeiro ou enfermeira, havendo ainda uma terceira série para obtenção do título de "visitadora social". Os dois anos iniciais compreendiam as seguintes matérias: 1º ano: noções gerais de ciências físicas e naturais; noções gerais de anatomia e fisiologia; noções gerais de higiene e patologia; enfermagem elementar; administração e organização sanitárias; ética enfermeiral; 2° ano: noções práticas de propedêutica clínica e farmácia; técnica terapêutica geral e especializada, dietética, enfermagem médica; noções práticas de pequenas cirurgias, ginecologia e obstetrícia, enfermagem cirúrgica; noções de medicina social, serviços de assistência médico-social (MOREIRA, 1995). O curso era teórico e prático. A terceira série visava à formação das visitadoras sociais, compreendendo, as seguintes matérias, consideradas indispensáveis a sua educação médico-social: higiene social; puericultura; organização da vida social: legislação social e leis de assistência; diagnóstico, profilaxia e terapêutica das doenças sociais; e noções gerais de psicologia. II- OBJETIVOS: 1. Comparar as semelhanças e diferenças entre a formação das Enfermeiras de Saúde Pública e a Enfermeiras visitadoras sociais e 2. Analisar as semelhanças e diferenças para a profissionalização da enfermagem nas primeiras décadas do século XX no Distrito Federal III- METODOLOGIA: Teoricamente o estudo tem respaldo na abordagem proposta pela história social. uma categoria transcendente que engloba inúmeras outras especialidades da história. A história social pode direcionar seu foco para uma classe social, para um grupo profissional, entre outros. Além disso, o autor acrescenta que o historiador social está mais preocupado em perceber como as variações conjunturais alteram diretamente os vários grupos sociais e que alterações elas provocam nestes grupos (Barros, 2004). Esta pesquisa tem caráter comparativo a fim de que se possa descobrir regularidades, perceber deslocamentos e transformações, construir modelos e tipologias, identificando continuidades e descontinuidades, semelhanças e diferenças, e explicitando as determinações gerais que regem os fenômenos sociais (SCHNEIDER & SCHIMITT, 1998).Pretende-se inicialmente construir um quadro síntese comparativo entre a formação desses dois grupos profissionais: Visitadoras de Saúde Pública e Visitadoras Sociais. As fontes documentais utilizadas até o momento foram dissertações e teses acadêmicas tendo como descritores nas bases eletrônicas os termos Visitadoras Sociais, Saúde Pública; Visitadoras; livros de História da Enfermagem; e livros de registros do acervo da EEAP e o livro de registro das disciplinas ministradas no curso de Visitadoras Sociais localizado no Arquivo Setorial enfermeira Maria de Castro Pamphiro/ EEAP- UNIRIO. Para a coleta de dados foi utilizado um instrumento preliminar, que permitiu a organização dos dados e os primeiros resultados. IV- RESULTADOS PRELIMINARES: O estudo comparativo entre as Enfermeiras de Saúde Pública idealizado por Parsons (diretora do curso) e as Visitadoras Sociais após o decreto de número 17.805, observa-se que o primeiro apresentava um total de dezoito disciplinas e o segundo apresentava em seu currículo, um total de treze disciplinas. As disciplinas identificadas no curso de Saúde Pública foram as seguintes: Anatomia, Bacteriologia, Matéria Médica, Moléstias, Tuberculose, Higiene individual e saúde pública, Higiene infantil, Ortopedia, Doença epidêmica, Doença cirúrgica, Dietética, Técnica cirúrgica, Ouvido, nariz e garganta, Farmácia, Obstetrícia e ginecologia, Doença venérea, Doenças das crianças e lactentes e Drogas e soluções. As disciplinas identificadas no curso de Visitadoras Sociais foram: Psicologia, Medicina social, Puericultura, Diagnóstico, profilaxia e terapêutica das doenças sociais, Organização da vida social- legislação social- Leis de assistência, Higiene social, Psicologia normal e patologia, Neuriatria, Higiene mental, Psiquiatria clínica, Neuropsiquiatria infantil e pedagogia médica, Técnica, organização e administração de enfermagem psiquiátrica e Terapêutica psiquiátrica e praxiterapia. Diante do exposto fica claro que o objetivo do curso de Saúde Pública era atender às necessidades da sociedade, na visão do DNSP, ou seja, direciona toda a sua temática para o campo da saúde pública, enquanto o curso de formação das Visitadoras Sociais destinava o total de disciplinas para atender ao campo da psiquiatria, com disciplinas como Higiene Mental e Psiquiatria Clínica. Deste modo, analisando ambos os currículos, ratifica-se a preocupação com a qualidade da capacitação das Enfermeiras para atuar em cada âmbito social: Saúde Pública e Psiquiatria. Em relação aos profissionais que ministravam as disciplinas supracitadas, em ambos os cursos, estas tinham como mestres médicos, exceto nas disciplinas de Dietética (Miss James) e farmácia (Sr. Luís Gonçalves) do curso de Enfermeiras de Saúde Pública. A partir da comparação, quanto ao gênero, constatou-se que o percentual de docentes do sexo masculino no curso do DNSP era igual aproximadamente a 94,5 % enquanto no curso de Visitadora Social era de 100%.   V- CONCLUSÕES: As transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas na sociedade brasileira exigiram a reformulação da prestação dos serviços de saúde, de modo a disseminar novas formas de conduta, onde os agentes designados para tal foram as enfermeiras de saúde pública e as visitadoras sociais. O atendimento em domicílio permite maior contato com a realidade concreta do paciente, havendo a possibilidade de se observar características da dinâmica familiar que não aparecem nos atendimentos nas instituições de saúde. Por serem profissões que englobavam atividades desenvolvidas por mulheres, ao se constituírem como profissões caracteristicamente femininas, elas favoreceram o aumento do número de mulheres no mercado de trabalho qualificado na área da saúde. Assim, este estudo pretende  contribuir para o conhecimento das raízes históricas comuns às duas diretrizes iniciais da Enfermagem no Brasil e de como elas contribuíram para o processo de formação da Enfermagem Brasileira. VI- REFERÊNCIAS 1.        BARROS,J.A.  O campo da história: especialidades e abordagens. Petrópolis, RJ, Vozes, 244, p222.2.        MOREIRA, A. In GEOVANINI, T. et all. História da Enfermagem: Versões e Interpretações. Rio de Janeiro; Revinter; 1995. 3.        SCHNEIDER, S.; SCHIMITT, C. J. O uso do método comparativo nas Ciências Sociais. Cadernos de Sociologia, Porto Alegre, v. 9, p. 49-87,1998.4.        Fonte primária: Livro de registro – Escola de Enfermeiras Alfredo Pinto- Curso de especialização. Acervo do Arquivo setorial Enfermeira Maria de Castro Pamphrio. Escola de Enfermagem Alfredo Pinto- Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.   

    The performance of the social visiting nurse as a Monitor of mental hygiene (1927-1942)

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    Objectives: To analyze the insertion of the social visiting nursing as monitors of mental hygiene in the assistance to psychopaths in the Distrito Federal and discuss the performance of the social visiting nursing as monitors of mental hygiene in the assistance to psychopaths in the Distrito Federal. Methods: Historical-social study, approach with the documentary analysis. Results: The Social Visiting was specialists nurses in the area of psychiatry. They were inserted in the assistance to psychopaths when substituted the monitors of mental hygiene, who was nurses graduates without specialization. The visiting nursing acted as monitors of mental hygiene when performed the visitation, orientation to the patients, family and assisting to the doctors. Conclusion: Although the expectations about their work, the no recognition of title was strategic to maintain them in low position in comparison to their title

    THE WORK OF NURSING AGAINST SYPHILIS IN RIO DE JANEIRO IN THE 1920S

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    The objectives of this study are to describe the problem of syphilis in Brazil in the 1920s, identifying both the state and private initiative to combat syphilis with the creation of the Hospital Gaffrée e Guinle and discuss the integration of nursing in combating syphilis. Methodologically this is a qualitative study of social history type. Data collection was performed through the operation of primary and secondary sources. The results indicate the great difficulty in detecting syphilis in season, hence the great inconvenience of the disease, involvement of nurses visited in combating syphilis in the confidence of the National Department of Public Health, working with the community and in the hospitals of Rio de Janeiro, highlighting the Hospital and Gaffrée Guinle. The results generated from this study were positive for the profession and thereby contribute positively to the scientific community and especially to build the history of nursing. Descriptors: Nursing – Syphilis – History.Os objetivos deste estudo são descrever a problemática da sífilis no Brasil na década de 1920; identificar as iniciativas do Estado e da iniciativa privada no combate à sífilis com a criação do Hospital Gaffrée e Guinle e discutir a inserção da enfermagem no combate à sífilis. Metodologicamente trata-se de um estudo qualitativo do tipo histórico social. A coleta de dados foi realizada através da exploração de fontes primárias e secundárias. Os resultados apontam para a grande dificuldade em se detectar a sífilis na época, o que justifica o grande inconveniente da doença, a participação das enfermeiras visitadoras no combate à sífilis sob a confiança do Departamento Nacional de Saúde Pública, atuando junto à comunidade e nas instituições hospitalares do Rio de Janeiro, destacando-se o Hospital Gaffrée e Guinle. Os resultados gerados a partir deste trabalho foram positivos para a profissão e desta forma contribuem positivamente para a comunidade científica e principalmente para a construção da história da enfermagem. Descritores: Enfermagem – Sífilis – História

    Preservation for building Collection Memory of Nursing in UNIRIO / Preservação para a Construção da Coleção Memória da Enfermagem na UNIRIO

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    Objetivo: Mostrar os resultados do projeto de digitalização e publicação on-line dos acervos da Coleção Memória da Enfermagem (BSEN). Método: Foi realizada pesquisa do material bibliográfico existente no acervo, com as etapas de seleção, preparação dos itens, digitalização e publicação no catálogo on-line. Resultados: Criação da biblioteca digital da Coleção Memória da Enfermagem da UNIRIO. Conclusão: A digitalização dos acervos especiais é processo indispensável para a preservação da memória e disseminação da informação histórica. Descritores: Coleção especial, Coleção Memória, Preservação, Preservação digital

    Preservation for building Collection Memory of Nursing in UNIRIO / Preservação para a Construção da Coleção Memória da Enfermagem na UNIRIO

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    Objetivo: Mostrar os resultados do projeto de digitalização e publicação on-line dos acervos da Coleção Memória da Enfermagem (BSEN). Método: Foi realizada pesquisa do material bibliográfico existente no acervo, com as etapas de seleção, preparação dos itens, digitalização e publicação no catálogo on-line. Resultados: Criação da biblioteca digital da Coleção Memória da Enfermagem da UNIRIO. Conclusão: A digitalização dos acervos especiais é processo indispensável para a preservação da memória e disseminação da informação histórica. Descritores: Coleção especial, Coleção Memória, Preservação, Preservação digital

    CARACTERÍSTICAS DAS ENFERMEIRAS CONCLUINTES DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM VISITADORAS SOCIAIS NA ESCOLA DE ENFERMEIRAS ALFREDO PINTO (1928 - 1943)

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    INTRODUÇÃO: Este estudo tem como objeto as características das enfermeiras concluintes do curso de especialização em visitadoras sociais da Escola de Enfermeiras Alfredo Pinto (EEAP) entre 1928 e 1943. O recorte temporal tem como marco inicial o ano de 1928, quando ocorreu a emissão dos primeiros diplomas de Visitadoras Sociais da Escola de Enfermeiras Alfredo Pinto (EEAP), e como marco final o ano de 1943, quando, supostamente, é encerrado o curso, segundo o livro de expedição de diplomas localizado no Arquivo Setorial Enfermeira Maria de Castro Pamphiro da EEAP. A profissionalização da Enfermagem no Brasil teve início a partir da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras (EPEE), atual Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP), criada em 1890, junto ao Hospital Nacional de Alienados, no Rio de Janeiro (MOREIRA, A. in GIOVANINI, T.; 1995). O curso de enfermagem era feito em dois anos para obtenção do diploma de enfermeiro ou enfermeira, havendo ainda uma terceira série para obtenção do título de "visitadora social" a partir de 1927. OBJETIVOS: Descrever as características das enfermeiras concluintes do curso de visitadoras sociais entre 1928 e 1943 e analisar as características das mesmas no contexto dos primórdios na profissionalização da enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de cunho histórico-social (BARROS, J. A.; 2004.), quanti-qualitativo, embasado na análise documental. Como fontes primárias estão sendo utilizados documentos textuais, principalmente do Arquivo Setorial Enfermeira Maria de Castro Pamphiro - EEAP/UNIRIO, e outros localizados em bibliotecas e centros de documentação das escolas de enfermagem da cidade do Rio de Janeiro. Neste sentido, já foram localizados o livro de registro de expedição de diplomas e os dossiês das enfermeiras que realizaram o curso na EEAP. Como fontes secundárias estão sendo utilizadas dissertações e teses, artigos impressos e em bases de dados eletrônicos e livros sobre a história do Brasil e a história da enfermagem. RESULTADOS: Com base nos dados coletados até o momento no Livro de Expedição de Diplomas da Seção Feminina armazenado no Arquivo Setorial Maria de Castro Pamphiro, foi possível quantificar o número de concluintes do Curso de Visitadoras Sociais da EEAP a cada ano. Foram encontrados registros de expedição de 102 diplomas no período de vigência do curso (1928-1943), sendo possível estabelecer uma média de 6,8 concluintes por ano. A primeira expedição do diploma de Enfermeira Visitadora Social ocorreu em 20 de dezembro de 1928 e a última em 05 de janeiro de 1943. CONCLUSÃO: Constatou-se existência de um curso de especialização em Visitadoras Sociais para Enfermeiras que funcionou na EEAP - Seção Feminina - entre 1928 e 1943. O curso era só para mulheres escolhidas entre as de melhores desempenhos. O livro de expedição mostra a emissão de 102 diplomas no período estudado e a média de 6,8 Enfermeiras Visitadoras Sociais formadas por ano. Este parece ter sido o primeiro curso de Especialização que representa um elemento relevante na profissionalização na enfermagem no Brasil. REFERÊNCIAS: BARROS, J. A. O campo da história: especialidades e abordagens. 3 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. MOREIRA, A. A origem da enfermagem brasileira. In GEOVANINI, T. et al. História da enfermagem: versões e interpretações. 3 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2010. Fonte Primária: Livro de Expedição de Diplomas da Seção Feminina. Acervo do Arquivo Setorial Enfermeira Maria de Castro Pamphiro. Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
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