Rastreio de anemia em gestantes atendidas nas consultas pré-natais no Hospital Municipal de Benguela

Introdução: A anemia é considerada um problema de saúde pública global, as gestantes representam um dos grupos mais vulneráveis a deficiência do ferro devido a elevada necessidade deste mineral exigido pelo crescimento acentuado dos tecidos no desenvolvimento do feto. A Organização Mundial de Saúde estima que 22,7% das gestantes dos países industrializados são anémicas, enquanto, nos países em desenvolvimento, essa quantidade está na ordem de 52%. Contudo, ainda são escassas as publicações feitas em Angola consistentes sobre os níveis de prevalência de anemia em gestantes. Objetivo: Realizar o rastreio de anemia em gestantes atendidas no Hospital Municipal de Benguela em 2022. Materiais e Métodos: O estudo foi do tipo descritivo transversal com abordagem qualitativo e quantitativo, participaram 92 gestantes que recorreram as consultas pré-natais. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário estruturado com variáveis sócio demográficas, obstétricas e epidemiológicas, como também, realizou se a coleta de sangue venoso periférico para determinação da concentração de hemoglobina e hematócrito. A classificação do nível de gravidade da anemia seguiu os critérios da OMS. Resultados: O resultado do rastreio demonstrou uma prevalência de anemia em gestantes de 66%, com uma média de concentração de hemoglobina de 10g/dl e com 30,4% como o valor médio do hematócrito. Os fatores que influenciaram na alta prevalência da anemia de acordo resultados obtidos foram: faixa etária, a escolaridade, estado civil, idade gestacional, início do pré-natal, número de gestação, tabagismo, exercícios físicos. Conclusão: Os dados encontrados neste estudo ressaltam a importância de uma assistência pré-natal mais eficiente, pois, o monitoramento da concentração de hemoglobina em grávidas é de extrema importância, não apenas pela prevenção e controle da anemia, mas também para evitar o desfecho adverso da gestação, podendo acarretar a morte materna e infantil