3 research outputs found
PRIMEIRO ANO DO MÓDULO DE ANEURISMA DA AORTA ABDOMINAL DO REGISTO NACIONAL DE PROCEDIMENTOS VASCULARES – IMPLEMENTAÇÃO, RESULTADOS E ORIENTAÇÕES FUTURAS
Introdução: Os registos clínicos são ferramentas fundamentais para a conhecer a realidade e poder auditar o tratamento de aneurismas da aorta abdominal (AAA). A Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular, promotora do Registo Nacional de Procedimentos Vasculares (RNPV), desenvolveu um módulo para esta patologia que iniciou o seu funcionamento em Dezembro de 2019. O objetivo deste artigo é apresentar dados referentes ao primeiro ano de funcionamento do módulo de AAA.
Métodos: O módulo de AAA do RNPV abriu a possibilidade (voluntária) de registo em Dezembro de 2019. Após formação específica aos investigadores, os centros participantes deram início aos registos, de forma progressiva, ao longo do ano de 2020. O registo é realizado numa ferramenta informática especialmente desenvolvida para o efeito. São registados todos os casos de AAA (incluindo justa- ou supra-renais), com ou sem envolvimento das artérias ilíacas, de etiologia degenerativa. São excluídos aneurismas toraco-abdominais e ilíacos isolados. São registados dados demográficos, anatómicos, co-morbilidades, modo de admissão, detalhes sobre o tratamento e seguimento até aos 30-dias/intra- -hospitalar. O seguimento aos 1 ano e 5 anos é opcional. Para a finalidade deste relatório, foram apenas analisados dados referentes ao modo de admissão e tipo de tratamento, assim como a mortalidade aos 30-dias/intra-hospitalar.
Resultados: Entre Dezembro de 2019 e Dezembro de 2020, foram registados 350 doentes na plataforma do módulo de AAA do RNPV. A idade média dos doentes registados é de 74.3 ± 13.7 anos, e 92.0% são do sexo masculino. O modo de admissão foi eletivo em 76,9% dos casos. O diâmetro máximo do aneurisma aórtico foi em média 63.9mm ± 19.9mm. A maioria dos doentes apresentava AAA infra-renal, numa percentagem semelhante em casos eletivos e em urgência (79% vs 76%), p=0.16. A indicação para tratamento foi o diâmetro aórtico em 59.4% dos casos. O tratamento endovascular (EVAR) foi utilizado em 68.9% dos casos. Em cirurgia eletiva, a percentagem de EVAR foi 75.7% e em urgência 45.7%, p < 0.01. Em cirurgia eletiva, a mortalidade aos 30 dias ou intra-hospitalar foi de 3.3% (8 doentes). Para doentes tratados por EVAR foi de 2.8% e para cirurgia aberta 5.2%, p<0.01. A mortalidade aos 30 dias ou intra-hospitalar em urgência foi 41.9%, por EVAR foi 20.0% e por cirurgia aberta 61.6%, p<0.01.
Conclusão: No primeiro ano de funcionamento, o módulo AAA do RNPV produziu importantes dados que ajudam a compreender os padrões de tratamento desta patologia em Portugal. Estes dados podem ajudar os diferentes Serviços a melhorar a sua prática, através da comparação com os valores de referência gerados
Recommended from our members
Documenting the Recovery of Vascular Services in European Centres Following the Initial COVID-19 Pandemic Peak: Results from a Multicentre Collaborative Study
ObjectiveTo document the recovery of vascular services in Europe following the first COVID-19 pandemic peak.MethodsAn online structured vascular service survey with repeated data entry between 23 March and 9 August 2020 was carried out. Unit level data were collected using repeated questionnaires addressing modifications to vascular services during the first peak (March - May 2020, "period 1"), and then again between May and June ("period 2") and June and July 2020 ("period 3"). The duration of each period was similar. From 2 June, as reductions in cases began to be reported, centres were first asked if they were in a region still affected by rising cases, or if they had passed the peak of the first wave. These centres were asked additional questions about adaptations made to their standard pathways to permit elective surgery to resume.ResultsThe impact of the pandemic continued to be felt well after countries' first peak was thought to have passed in 2020. Aneurysm screening had not returned to normal in 21.7% of centres. Carotid surgery was still offered on a case by case basis in 33.8% of centres, and only 52.9% of centres had returned to their normal aneurysm threshold for surgery. Half of centres (49.4%) believed their management of lower limb ischaemia continued to be negatively affected by the pandemic. Reduced operating theatre capacity continued in 45.5% of centres. Twenty per cent of responding centres documented a backlog of at least 20 aortic repairs. At least one negative swab and 14 days of isolation were the most common strategies used for permitting safe elective surgery to recommence.ConclusionCentres reported a broad return of services approaching pre-pandemic "normal" by July 2020. Many introduced protocols to manage peri-operative COVID-19 risk. Backlogs in cases were reported for all major vascular surgeries
Global impact of the first coronavirus disease 2019 (COVID-19) pandemic wave on vascular services
This online structured survey has demonstrated the global impact of the COVID-19 pandemic on vascular services. The majority of centres have documented marked reductions in operating and services provided to vascular patients. In the months during recovery from the resource restrictions imposed during the pandemic peaks, there will be a significant vascular disease burden awaiting surgeons. One of the most affected specialtie